MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

domingo, 4 de julho de 2010

O QUE TEM POR DENTRO

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 Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
    (A Hora da Estrela)

        Clarice Lispector


        Saúde, Luiz, muita saúde! Se recupere logo e volte para nós!

RECORDANDO AS MELHORES DO ANO


A ERA DELLE 3

A democracia ainda não chegou à Economia brasileira e se depender dos últimos governos – FHC e Lula – dificilmente chegará.
O primeiro FHC promoveu uma mal planejada privatização, que transferiu aos particulares, monopólios que antes pertenciam ao Estado e que agora ficaram sujeitos aos humores e misericórdia de empresários, a maioria estrangeiros, cujo escopo invariavelmente é o lucro – e se for fácil, melhor ainda.
Setores estratégicos como energia, comunicações e mineração foram privatizados em bloco, permitindo que pequenos grupos se apoderassem de setores vitais da economia, ferindo até a soberania do país.
Lula, ao contrário do prometido em campanha, concentrou ainda mais o poder econômico nas mãos de tais grupos, permitindo fusões – como a da BrasilTelecom/OI – estimulando com financiamentos do BNDES a formação de conglomerados com a finalidade única de fortalecer monopólios.
Para o lado que olharmos, impera a mais negra ditadura que se conhece a ditadura econômica, que subjuga à força do capital os menos favorecidos.
Principalmente, após a Segunda Guerra, o Estado apoderou-se dos meios de produção e da economia como um todo. Tudo gravitava em torno do Estado que controlava desde a Bolsa de Valores até os índices mais inusitados como natalidade e mortalidade de nascituros, por exemplo. Quem não se lembra da inflação do chuchu do Mario Henrique Simonsen e mais recentemente no governo Lula da proibição do IPEA de publicar projeções de índices futuros?
Só para relembrar: o governo divulga através de seus órgãos entre outros índices, a inflação, os juros (taxa SELIC), o cálculo do Produto Interno Bruto e até a cotação do dólar. Não queremos dizer com isso, que tais institutos que promovem tais levantamentos, não gozem de confiabilidade, mas pelas experiências passadas, a tentação política de manipular tais dados é muito forte.
O embaixador Rubens Ricupero, ministro do governo Itamar ficou célebre pela declaração "in off" na Rede Globo e que por descuido foi ao ar, mais ou menos assim: o que é bom (para o governo) a gente divulga e o que não presta a gente esconde…
Isto valeu para o ministro, o cargo. Mas, quantas vezes isto não ocorreu na história política do Brasil? Isto se deve em grande parte à falta de democracia na economia brasileira, onde o centralismo é a regra.
O governo Lula agravou tal fato e vai transmitir o poder ao novo presidente um Brasil mais "amarrado" ainda.
Além do Estado continuar "mandando" nos dados, importantes e cruciais para o desempenho da economia como um todo, pequenos grupos continuarão a impor ao país políticas que interessam apenas a eles, entravando a distribuição de riqueza e o desenvolvimento como um todo.
- A "estatal" Petrobras que recentemente adquiriu a Usina Santa Elisa de açúcar e álcool (!) vai continuar monopolizando o setor de combustíveis da produção à distribuição;
- cinco ou seis empreiteiras continuarão ditando regras para o setor de distribuição de energia elétrica e beneficiárias de contratos milionários para construção de hidrelétricas e com multas astronômicas para sua rescisão.
O mesmo irá repetir-se no setor de química fina, comunicações, mineração e muitas outras, deixando o novo governo, seja lá quem for o presidente, atados de mãos e pés e sem muitas opções.
Lula se vai, mas garantimos que será sempre lembrado, pois deixará um esquema amarradinho pelo menos até dois mil e vinte, que não permitirá que dele se esqueçam.
Luiz Bosco Sardinha Machado
                                                                                 A ERA DELLE 2

 
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No decorrer dos tempos o homem foi medido pela capacidade de produzir bens, serviços e valores. Compreendendo-se nestes últimos, não só os valores materiais, como também os éticos, morais e espirituais.
Perigosamente, o século XXI está sendo marcado pelo consumismo desenfreado e o objetivo maior passou a ser a acumulação de valores puramente materiais que o dinheiro permite comprar. Isto trouxe um achatamento na renda do cidadãos, que aumentou o fosso existente entre os mais ricos e os mais pobres. Isso é fácil de ser entendido se pensarmos que o mercado é correntemente dividido em formal, informal e invisível.

O mercado formal e informal aparecem nas estatísticas oficiais e servem como modelos para determinar, por exemplo, o cálculo do Produto Interno Bruto, da renda per capita, do Índice de Desenvolvimento Humano e assim por diante.

Por isto o mesmo os governos em geral, sem visão do conjunto da obra, emprestam grande valor apenas aos mercados formais e informais, no que são acompanhados pelos organismos internacionais como a ONU e o FMI.
Já ao mercado invisível não se confere grande importância, o que é um grande equívoco. Há anos atrás economistas diziam que a produção de bens e serviços pelo mercado invisível equivaleria ao Produto Interno Bruto, só não aparecendo nas estatísticas por não transitarem pelas vias normais do mercado e onde o dinheiro nem sempre é a moeda de troca. No mercado invisível impera a ordem de que "a necessidade é sempre a mãe da invenção".

Seria interessante ter números, ainda que relativos, para saber-se quanto movimentava o mercado invisível antes da era Lula e depois Delle. Isto porquê, após eleito o petista apressou-se em criar programas assistencialistas (tipo Bolsa Família), que preocuparam-se em distribuir dinheiro a torto e a direito, sem exigir contrapartida dos beneficiários, que acomodaram-se e contentaram-se com os caraminguás que lhes são destinados.

Em outras palavras, ilude-se o beneficiário de tais programas, dando-lhes alguns vintém que não suprem as suas necessidades, mas que abortam o seu poder de invenção. Um exemplo bem simples: Tião tinha um emprego formal, que não lhe rendia o suficiente para viver com seus "n" filhos.

Complementava sua renda com uma horta, criava galinhas, prestava serviços para os vizinhos, enfim "se virava". No mercado invisível faturava mais do que no mercado formal.

Com o advento dos diversos programas assistencialistas, Tião parou de "inventar" e também de trabalhar e produzir mais e também passou a ganhar menos. Só que pelas estatísticas do governo, formalmente, a renda de Tião aumentou, graças ao Bolsa não-sei-o-quê e assim ele passou a fazer parte dos tem que poder de consumir bens geralmente desnecessários.

Assim, como Tião milhões de brasileiros abdicaram da capacidade de criar e produzir, graças aos programas assistencialistas governamentais, o que deve ter provocado um rombo nas contas do mercado invisível e uma queda sensível na qualidade de vida do povo em geral.

Casos como o das costureiras do Ceará, cerca de duzentos e cinqüenta, que foram capacitadas pelo SEBRAE em convênio com as indústrias do setor e que não aceitaram o emprego formal, pois perderiam a Bolsa Família, são críveis e incríveis e espelham a mentalidade que o governo incumbiu-se de implantar no povo mais humilde.

Não trabalhe, não produza que o governo supre é a ordem. Estamos com isso criando uma horda de indiferentes, que não conhecem a cultura do trabalho, cujas conseqüências futuras ninguém pode prever. Seguramente, não serão as melhores.

O futuro governo, que virá depois da Era Delle, terá que administrar esta incrível herança maldita, que trará para o país problemas de toda ordem, tanto econômico-financeiros como até criminais e policiais.
Luiz Bosco Sardinha Machado

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  A ERA DELLE
Em homenagem ao 22 de abril, dia do descobrimento de nossa pátria amada salve, salve! resolvemos fazer uma projeção do futuro deste país.


Tão a gosto dos petistas vamos dividir este país em duas eras: Antes de Lula (A. Delê) e Depois dele (D. Delê). Mas aos apressadinhos recomendamos calma. Isto porquê não iremos fazer comparação entre este governo e o de FHC, portanto o ADelê não vai interessar muito, afinal ambos tem mais pontos em comum do que divergentes.
Apenas para exemplificar: FHC criou o Plano Real (na verdade, não foi ele, mas sim, Itamar Franco, sendo seu ministro da Fazenda, Ciro Gomes), Lula criou o país virtual dentro de um Plano Irreal.
Mas isto não interessa, o passado pertence à História.
Há pouco menos de oito meses da entrega da rapadura do poder, já está mais do que na hora de fazermos um apanhado sucinto ainda que muito modesto do que será o legado de Lula e o futuro que nos espera.
Assim, pegamos aleatoriamente alguns temas que iremos analisar, totalmente despidos de paixões, para pelo menos vislumbrar o que nos espera a partir de 2.011 e como o futuro presidente irá receber este país.
Comecemos pela Economia, pois o bolso é o órgão mais sensível do homem.
Carregando um imenso déficit público, que deve beirar a casa do um trilhão e oitocentos bilhões de dólares, o governo Lula, quando se viu liberto das garras do FMI, afrouxou a política fiscal em vigor e a partir de dezembro de 2.008, abandonou as rígidas metas de obtenção de superávit primário, necessárias para o pagamento dos juros da dívida e começou a sacar a descoberto. E o pior, idealizou projetos, despesas e isenções de impostos, que irão prolongar-se pela década toda, complicando em demasia a vida de seus sucessores.
O déficit público é tal e qual uma armadilha e uma bomba de efeito retardado, que o governo vai empurrando com a barriga, refinanciando-o com o saldo da balança comercial, que a médio prazo agrava ainda mais o déficit, com a entrada de capital especulativo, ou ainda com o refinanciamento puro e simples à taxa SELIC e também com a captação de recursos, que o governo havia abandonado e agora retoma, por nítidas imposições eleitorais.
A situação por enquanto está tranqüila, mas o mercado está de olho na Grécia, também em Portugal e porque não, Argentina. Qualquer deslize, as fontes podem secar e o governo ver-se-á a braços com uma revisão de expectativas, que podem espantar a aparente tranqüilidade.
No entanto, o que está preocupando os analistas é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Criado para fomentar a indústria e o comércio em projetos específicos, o Banco tinha no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) sua fonte de recursos.
O governo Lula alterou os estatutos do Banco, revisando as áreas em que poderia atuar e as fontes de financiamento, abrindo os cofres do Tesouro Nacional aos financiamentos de muito longo prazo para projetos de demorada maturação.
Assim, o Banco financiou socorro à Petrobras, no início da crise econômica, hidrelétricas do Madeira e mais recentemente, anunciou linhas de crédito para a controvertida Usina de Belo Monte.
O Banco deixou de ser social, passando a ser essencialmente financeiro, estando com seu orçamento comprometido para os próximos dez anos, deixando a indústria, principalmente a pequena, sem uma das principais fontes para sua expansão e pior que isso, comprometeu o Tesouro Nacional.
O quadro que desenha-se para o próximo governo, é dos mais negros, principalmente lembrando-se que teremos a complicação de uma Copa do Mundo em 2.014 que exigirá milionários investimentos e absurdas isenções de impostos exigidas pela FIFA.
A era D.Delê vai encontrar um país comprometido até o ultimo fio de cabelo, que vai exigir do futuro presidente, seja lá quem for, muito mais do que um mero e improvável "milagre econômico", difícil de acontecer.
Luiz Bosco Sardinha Machado, jornalista, MTE 58114/SP