MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

terça-feira, 25 de agosto de 2009

COLUNA DO SARDINHA



TUDO NA MESMA

Nos anos FHC, que em verdade foram mais de dez, o Partido dos Trabalhadores empunhou tantas bandeiras, “Fora FHC” foi uma delas, com tanta veemência, que acreditava-se que o tempo das mudanças chegara.
Duas das bandeiras, pelo vigor que defendia-se, até autorizavam a votar-se no PT, ainda que isto não se aceitasse e eram a da reforma tributária e a da reforma política, que prometia-se para muito breve e que para a opinião pública eram imprescindíveis e impostergáveis.
A reforma tributária teoricamente iria beneficiar os contribuintes penalizados com uma das maiores cargas tributárias do mundo e também iria diminuir o número de impostos e consequentemente, a burocracia.
Já a reforma política era vista como uma verdadeira panacéia, que poderia diminuir o número de deputados, até acabar com o Senado, restringir os poderes do Executivo colaborando desta forma para o fim do fisiologismo e porquê não, da corrupção. Era a salvação da lavoura que o PT encarnava.
Encastelado no poder – note que o termo encastelado remete-nos à Idade Média, onde nobres e senhores feudais viam o povo que sustentavam-nos, do alto de seus castelos e de inominável arrogância – descobriu o partido da estrela vermelha, que entre a prática e a gramática existe uma distância abissal, que é bem maior do que a do pré-sal, onde o governo Lula está metido numa bilionária aventura, bem mais cara do que comprar petróleo dos árabes a setenta dólares o barril.
Assim, a administração lulista foi empurrando as reformas para o dia consagrado a São Nunca, o santo do dia impossível e que nunca chega. É bem verdade que apresentou uma tímida reforma tributária, mais para segurar a toda-poderosa FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que ameaçava mobilizar a população em protesto contra o governo.
O comportamento do governo quando trata-se de impostos ficou bem claro quando perdeu a CPMF, onde lutou de unhas e dentes, antevendo até a apocalipse na Saúde, que não contaria mais com tão importante contribuição. O fim da “contribuição” aconteceu e a Saúde continua precária como sempre.
Concluindo-se daí, que reforma tributária nunca esteve nos planos deste governo, como também qualquer outro tipo de reforma.
Há menos de três meses do final do ano legislativo, qualquer legislação por menos polêmica que seja, tem poucas chances de ser votada e em 2.010 menos ainda, que por ser ano eleitoral não deixaria margem para qualquer tipo de mudança profunda no que já está posto.
O governo Lula institucionalmente vai terminar exatamente como começou. Permanecem os mesmos vícios, que permitem que o Executivo, por exemplo, venda os bens do Estado sem consultar o povo que o elegeu; que admitem que uma empresa estatal torne-se o braço publicitário do governo, patrocinando até jogo de palitos em boteco e também sem redefinir o verdadeiro papel que deve ser representado pela União, que no atual sistema usurpa obrigações de Estados e Municípios com nítidos propósitos eleitoreiros, construindo até conjuntos habitacionais ou reformando casas em favelas.
O Poder Legislativo vai continuar sendo o que é, um balcão de negócios, onde barganha-se tudo e cada apoio tem um preço e ai do Executivo que não se apresse a pagá-lo.
A sucessão do Presidente da República, apesar de prematura, já está posta, as pesquisas de opinião comprovam.
Qualquer candidato que eleito for, não importando o sexo ou partido, a cor, preferência religiosa e até time de futebol para o qual torça, vai encontrar a mesma estrutura viciada, campo propício para o adesismo, o fisiologismo e a corrupção e pouco poderá fazer, a não ser continuar dançando conforme a música, ainda que essa esteja cada vez mais desafinada.
Luiz Bosco Sardinha Machado