ELEIÇÕES
Numa eleição marcada pela ausência de embates ideológicos, mais de cem milhões de brasileiros foram às urnas neste domingo para eleger o sucessor de Lula da Silva, o quarto presidente na nova ordem constitucional iniciada em 1.988.
Lula graças aos índices de popularidade espalhados aos quatro cantos pela mídia, conseguiu sufocar a oposição, retirando-lhe as bandeiras que poderiam apresentá-la como alternativa a um governo essencialmente populista, que tem no assistencialismo com programas tipo “Bolsa Familia” a grande arma para manter-se no poder.
Aliado a isto, Lula da Silva manteve nos oito anos de governo um poderoso esquema de publicidade e propaganda pronto para divulgar os feitos de seu governo, que na prática confundia-se com a grandiosidade e a pujança de um país enorme como o Brasil, que efetivamente, não é obra de governo algum.
Em plena campanha eleitoral na ultima semana, com a conivência da Justiça, Lula promoveu um confuso aumento de capital da Petrobras, quase todo ele feito à custa de verbas estatais, numa nítida promoção da candidata oficialista e ao mesmo a estatal anunciava um “recorde histórico” na produção de petróleo de dois milhões e oitenta mil (que precisão estranha!) barris diários.
Na ausência de questionamento do povo, que paga um dos mais caros e piores combustíveis, não sendo, portanto, beneficiário dessas conquistas, caberia à oposição fazê-lo. No entanto, como comprovam as ultimas declarações sobre o desempenho nas urnas de FHC, oposição no Brasil é sinônimo de composição, “La nave vá” e assim ficamos...
da Redação