MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ECONOMIA


Economia do país para pagar juros da dívida chega a R$ 5,2 bilhões
30-Set-2010    
O setor público, formado pelos governos federal, estaduais e municipais, registrou superávit primário – economia feita para o pagamento de juros da dívida – de R$ 5,222 bilhões, em agosto deste ano, informou ontem (29/09) o Banco Central (BC). O esforço foi pouco maior do que o registrado em igual mês de 2009 (US$ 5,042 bilhões) e é o mais elevado desde agosto de 2008 (R$ 10,084 bilhões).

O Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 3,458 bilhões, enquanto os governos estaduais registraram superávit de R$ 1,146 bilhão. Os governos municipais apresentaram superávit primário de R$ 161 milhões. As empresas estatais, excluído o grupo Petrobras, registraram superávit primário de R$ 457 milhões.

“O resultado fiscal para agosto é bom. O importante é que esse superávit tem a contribuição de quase todas as esferas, exceto estatais municipais (que tiveram déficit primário de R$ 115 milhões)”, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. As estatais estaduais apresentaram superávit primário de R$ 351 milhões.

Na terça-feira (28/09), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o Governo Central obterá em setembro o maior superávit primário da história em consequência da capitalização da Petrobras.

O pagamento de juros chegou a R$ 15,698 bilhões, em agosto, contra R$ 13,204 bilhões registrados em igual período de 2009. O pagamento de juros é o mais alto para meses de agosto da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001.

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal, que teve déficit de R$ 10,476 bilhões no mês passado, contra R$ 8,162 bilhões registrados em igual período de 2009. O resultado nominal de agosto foi o mais elevado para o período da série histórica do BC.

De janeiro a agosto, o superávit primário ficou em R$ 47,781 bilhões ou 2,07% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
 
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Orçamento da União e dívida pública brasileira: lógica perversa


O Orçamento Geral da União (OGU) como qualquer orçamento reflete a prioridade de gastos, no caso o que Governo Federal estabelece para a União. Infelizmente é perversa a lógica expressa ali. O Governo e a Mídia sempre apontam os servidores públicos, ou a Previdência Social, ou aumento nos gastos correntes como vilões do Orçamento, porém, o verdadeiro rombo das contas públicas é a dívida para beneficiar os banqueiros, mas também os grandes empresários e as multinacionais.

À dívida tudo, ao social migalhas

Vamos aos fatos, em 2009 mais de um terço dos gastos OGU foram para pagamento da dívida pública (juros e amortizações da dívida). Enquanto que apenas 4,64% para Saúde, 2,88% para Educação, 0,61% para Segurança Pública e menos 0,25% para organização agrária (cuidar da agricultura familiar e reforma agrária) – vide o gráfico.

Por sua vez, no OGU de 2010, a dívida consumirá quase 50%. Há mais de 33% reservado para "refinanciamento da dívida pública mobiliária" (pegar emprestado de novo para pagar dívida velha), isto é, um terço do Orçamento, e ainda mais 16,36%, para "encargos financeiros" (pagamento de juros da dívida), totalizando assim quase metade do Orçamento, com repasses diretamente aos banqueiros.

A parcela do OGU de Encargos Financeiros corresponde a mais de 16% do OGU 2010, constituída de recursos pagos a detentores de títulos mobiliários e outros pagamentos financeiros, é o segundo maior item, atrás apenas de Refinanciamento da Dívida. A frente inclusive dos gastos com Previdência Social (14,63% do OGU 2010) e com as ações de Assistência Social do MDS (2,2%), responsável por exemplo, do bolsa-família e outras ações de combate a fome e pobreza.

Então encargos financeiros é o verdadeiro bolsa-família, o "bolsa família rica". O outros 33% restante dos 50% dos recursos da OGU que vão aos banqueiros, são recursos captados junto a eles e a eles, é a famosa “rolagem da dívida”. Mas são recursos que voltam a eles devidamente remunerados sob forma de novos juros pelo Encargos Financeiros ou no ano seguinte pelo Refinanciamento (nova rolagem). E assim, de rolagem em rolagem, a dívida vai aumentando e remunerando os banqueiros.

A consequência disso é a disponibilidade de apenas migalhas para Defesa Civil, Habitação (ridículos 0,01%), Saneamento e Urbanização. O descaso dos últimos anos só pode resultarem catastrófe, como foi as tragédias das enchentes, inundações e deslizamentos de encostas agora em 2010 no RJ, BA, PE e AL.

Mas esse não é um fenômeno isolado. Esse “autismo orçamentário” não vem de agora e é prática também por todos os estado e municípios.

Ao longo dos anos o crescimento das despesas com pagamento de juros e dívida federal são sempre maiores (exponecialmente crescentes!) do que a evolução com salários dos servidores (Pessoal) e gastos com Saúde e Saneamento, Educação e Cultura, etc.

Para piorar, há a limitação dos gastos com pessoal e outros gastos sociais da União pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Muito embora, a mesma LRF, indica que caberia ao Congresso Nacional estabelecer os limites para a dívida da União, o que até hoje não foi feito. Enquanto aos trabalhadores é aplicada política de arrocho salarial, a dívida pública tem atualização monetária garantida por lei.

Superávit primário

Contudo, isso não é um defeito apenas do governo federal. Em 2009, os governos federal, estaduais e municipais geraram juntos um superávit primário (isto é, a economia de recursos para o pagamento da dívida, obtida por meio de aumento de arrecadação de tributos e corte de gastos públicos) equivalente a R$ 64,5 bilhões ou 2,06% do PIB (Produto Interno Bruto, ou seja, tudo que o país produziu durante 2009). Porém, este superávit não foi suficiente para pagar sequer os juros da dívida, que atingiram 5,4% do PIB no período.

O mais grave é que todo sacrifício social que vem sendo exigido para se atingir a meta de superávit primário não foi suficiente para impedir o crescimento explosivo da dívida interna federal. Em 2009, esta dívida interna cresceu para R$ 1,8 trilhão, ou seja, um crescimento de nada menos que 17% no ano. Em valores absolutos, esta dívida cresceu a mais de 5 x (cinco vezes) do que todo o gasto com Saúde no ano passado.

Essa lógica é tão firme que em março o Governo emitiu o decreto de contingenciamento, cortando despesas, pois haveria um déficit não previsto à medida que as previsões de despesas para 2010 no OGU. Contudo, paralelamente ocorreram duas coisas, uma que nega esse anúncio, e outra que explica a real intenção do Governo. A Receita Federal havia em fevereiro anunciado que, pelo segundo mês consecutivo, uma arrecadação recorde de impostos, e o que tudo indica é que até o fim do ano haverá uma arrecadação superior a própria previsão da OGU. 

Porém, o Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic, depois dos banqueiros muito acossarem, exigindo aumentos nos juros sob a alegação da "ameaça da inflação"e os economistas pró-bancos proclamarem após meses a fio que a economia correria o risco de superaquecimento. Contudo, aumentando a Selic, acelera o crescimento da dívida.

Por isso, o próprio Ministério do Planejamento se moveu nessa direção, com os cortes no Orçamento 2010, para aumentar o dinheiro reservado para o superávit primário. Recursos que deveriam ir para Saúde, Educação, reajuste dos servidores, etc, serão - sob a justificativa mentirosa de queda na arrecadação de impostos - na verdade, reservados para o pagamento de juros maiores na dívida pública com a elevação da Selic.

Dívida externa

No que se refere à dívida externa, ela cresceu fortemente em 2009, apesar da política de pagamentos antecipados. A Dívida Externa, que era de US$ 262 bilhões em dezembro de 2008, cresceu para US$ 282 bilhões ao final do ano passado.

Importante ressaltar que tanto a dívida externa pública como a privada cresceram significativamente em 2009, apesar dos vultosos pagamentos. E nunca é demais repetir que é o governo que deve fornecer os dólares para as empresas quitarem seus débitos com o exterior. Por isso, a dívida externa “privada” causa tantos danos ao país como a dívida externa pública.

Com relação às contas externas, nota-se o grande volume de remessas de lucros das filiais de transnacionais para suas matrizes no exterior, que em 2009 atingiram US$ 27 bilhões, ou seja, mais que o saldo comercial, que atingiu US$ 25 bilhões. Estamos dependentes do ingresso de capitais estrangeiros para fecharmos nossas contas externas, por isso, o Governo lança títulos públicos lá fora ou põe alta a taxa de juros aqui para atrair especuladores internacionais que trarão os doláres necessários para fechar essa diferença.

Empréstimos subsidiados para ricos

Por outro lado, enquanto isso, o Tesouro Nacional via BNDES faz empréstimos subsidiados para as grandes empresas e multinacionais. O Congresso Nacional aprovou um bilionário empréstimo do Tesouro Nacional ao BNDES e, em seguida, autorizado o mesmo banco a conceder financiamentos subsidiados sem perguntar quanto essas operações irão custar, e como sempre os trabalhadores que pagarão a conta ao longo das próximas décadas, na forma de dívida e cortes no Orçamento.

O Tesouro concedeu um empréstimo de R$ 100 bilhões ao BNDES em 2009 sob a justificativa que se temia que a efeitos da crise financeira internacional e sua recessão profunda no mundo pudesse ter dramáticas consequências sobre o nível de emprego e renda no país. 

Contudo, o pior da crise passou, mas como as taxas de juros dos bancos comerciais são muito altas, o BNDES empresta a baixo custo às grandes empresas para investimentos, cobrando apenas sob taxas de juros subsidiadas, a TJLP, enquanto o Tesouro é obrigado a captar recursos pagando a taxa Selic. 

Enquanto que, os trabalhadores e microempresários são obrigados a pegar financiamentos a prazo curto e juros altíssimos nos bancos comerciais. No OGU 2010 foram 1,71% para Operações Oficiais de Crédito enquanto para Organização Agrária (ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário no apoio a agricultura familiar e reforma agrária) foram meros 0,26%.

Por sua vez, no Brasil é muito mais fácil expandir a dívida pública em R$ 200 bilhões para financiar novos programas setoriais do que aumentar os gastos anuais com educação em R$ 500 milhões, já que neste caso a Lei de Responsabilidade Fiscal exige a definição de uma fonte permanente de recurso e, no caso de novas emissões de dívida, não há essa exigência.

Em suma, para os banqueiros e e grandes empresários tudo, para os trabalhadores migalhas! A realidade é essa. É necessário lutar para reverter tão estado de coisas. Colocar o Orçamento sob a lógica dos interesses e necessidades trabalhadores e da maioria do povo.

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FMI EXAMINARÁ SISTEMA FINANCEIRO DE 25 PAÍSES

O Fundo Monetário Internacional (FMI) realizará um rigoroso exame dos sistemas financeiros dos países de maior impacto a nível global. Anteriormente, este exame só realizava-se com consentimento dos países envolvidos.

A medida será obrigatória e se realizará pelo  uma vez a cada cinco anos com o objetivo de reforçar o controle sobre um aspecto chave da economia mundial, conforme esclareceu o organismo.

O exame da estabilidade financeira compreende três elementos: uma avaliação sobre a origem e o impacto potencial dos principais riscos associados ao setor financeiro; um exame sobre a de supervisão financeira do país e um estudo sobre a capacidade dos poderes públicos de gerir e resolver crises financeiras se os riscos chegarem a materializar-se.

Os maiores países desenvolvidos, entre eles os membros do G-7 e os doze países da Europa Ocidental, economias asiáticas em franco desenvolvimento (Coréia do Sul,Hong Kong e Cingapura) e os emergentes (Brasil, China, India, México., Russia e Turquia) terão que submeter-se a este controle.
Em estes países concentra-se quase 90% das operações do sistema financeiro mundial e 80% da atividade econômica global.

De RT

Tradução: Luiz Bosco Sardinha Machado