Agora é oficial. O presidente Lula do alto de seu cargo, falando em nome do Estado, confirmando aliás, o que foi dito por esta COLUNA na semana passada, afirmou que realmente, é o Tesouro Nacional, ou seja, nós os que somos sempre chamados a pagar a conta é que iremos suportar as despesas bilionárias para patrocinar a Copa de 2.014.
Produto perfeito e acabado de aventura terceiro-mundista, soou até cômica a participação de um deputado do PSBD, esta semana na TV Câmara criticando governadores e prefeitos que não fizeram saques no BNDES para dar andamento em obras imprescindíveis para tão importante evento. Arrematando ainda, que o representante da FIFA, que aqui estivera semana passada, demonstrara-se preocupado com a morosidade das obras.
Nas mãos de quem estamos! Situação e oposição unidas para garantir um grande e desnecessário rombo nas contas públicas, permitindo ainda que o representante da FIFA, muito lembrando os representantes do FMI que para aqui vinha para reclamar cumprimento de metas, arvore-se em feitor de obras para exigir o que é de interesse meramente comercial de uma empresa suíça.
Só a título de parêntesis, a abertura da Copa do Mundo na África do Sul, mais pareceu um programa televisivo de show de calouros, que temos aos montes. Uma carência de tudo.
O show pareceu propaganda de SPA, as africanas focalizadas, todas elas estavam seguramente uns cinqüenta quilos acima do peso.
Será que pensavam em desmentir as estatísticas que apontam para 30% o número de desempregados entre a população econômicamente ativa?
Fica aqui mais uma interrogação, porquê as câmeras de televisão insistem em mostrar os sul-africanos rindo e de olhos esbugalhados?
Quem ri a toa é rico e esse não é bem o caso sul-africano.
Será que é isso que nos espera para 2.014?
Acreditamos que não. E acreditamos também, que não é com a realização de Copa do Mundo que o país ganhará respeito e admiração no concerto das nações.
E também por certo não é com a encenação de acordos tipo Irã/Turquia/Brasil, que seremos colocados no Primeiro Mundo.
Neste caso, particularmente, o Itamarati não honrou a tradição de Rio Branco.
Lula, que se achava “o cara”, pelo menos para Obama, foi brindado com um verdadeiro carão proporcionado pela nossa diplomacia.
Se pretendia ocupar um cargo de destaque em algum organismo internacional, tipo secretário-geral da ONU, o presidente Lula, deveria ter avaliado melhor, as probabilidades de sucesso para jogada tão arriscada. Agora, pode ir pensando em coisa melhor para quando deixar o cargo.
Tanto no caso de uma Copa do Mundo, como no caso do acordo frustrado, o que chama a atenção é a falta de amor ao dinheiro público.
O que não foi pelo ralo de milhões de reais com anistia de dívidas de países estrangeiros para com o Brasil, com a abertura de embaixadas em pequenas ilhas da America Central e com viagem desnecessárias típicas de turista novo-rico, com hospedagens nos hotéis mais caros do mundo, para conseguir o aval para mais uma aposentadoria precoce. Em vão.
Obama em sua humildade puxou-lhe o tapete, derrubando-o do pedestal.
O que é inadmissível é a passividade como o brasileiro aceitou tudo isso.
Fez tipo de bobo, papel de bobo e sempre está na roda como tal.
E vai continuar sendo, pois afinal teremos Copa do Mundo em 2.014, quando poderemos provar ao mundo que fazemos parte do primeiro time e conosco nem americano pode, com Obama e tudo e nosso dinheirinho vai continuar fazendo a alegria de quem dele gasta e não deve contas.
Luiz Bosco Sardinha Machado, advogado e jornalista.