MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

AS ULTIMAS ASNEIRAS DO JABOR, MAINARDI E PIZA



Nem Michael Jackson consegue derrubar



os ‘muros mentais’ que apequenam



Arnaldo Jabor, Diogo Mainardi e Daniel Piza


Veja também por que ainda há esperança neste mundo, apesar de estarmos sendo diariamente violentados por esse ‘muro mental’, o Festival de Asneiras que Assola a Intelectualidade Brasileira, em que se destacam Arnaldo Jabor, Diogo Mainardi e, bem... Daniel Piza. Os três já encheram. Ilustradas sumidades que exalam despreparo nada condizente com o tanto que aparentam ter estudado, não se dão mais nem ao trabalho de mudar a forma como deitam e rolam na própria mesmice. Não se dão conta de que são uns pentelhos. Continuam provando --- como articulistas reféns de um mesmo assunto, que é encontrar a melhor maneira de desestabilizar o governo Lula --- não terem entendido nada até aqui, imaginando terem entendido tudo. Por exemplo, em sua coluna Sinopse deste domingo no Estadão (‘Muros Mentais’, Caderno Cultura, de 8/11, p. D3), Piza pede para que todos os “muros mentais sejam derrubados”. O mesmo pedem Jabor e Mainardi todos os dias. Como, se não conseguem derrubar nem mesmo o muro mental da ignorância em que se confinaram? Aqui, as mais recentes asneiras dos três, em lalarilará menor.


Quando vejo This Is It, me encho de esperança na humanidade. A ponto de achar que aquele que morrer sem ter visto o filme não terá vivido tudo nem o suficiente. Michael Jackson nele grita: “O Planeta está doente, é preciso fazer alguma coisa já, do contrário sucumbiremos!” E está claro no filme que o Planeta se encontra assim enfermo porque as forças que o regem atualmente, movidas pelo capital --- e que tanto progresso trouxeram no passado, o suficiente para dar novo fôlego à Terra e nos salvar da miséria física e mental ---, acabaram também por apequenar o homem, a ponto de transformar até mesmo intelectuais em moluscos, se não em paquidermes, como aconteceu com Jabor, Mainardi e Piza.


E, de uns tempos para cá, essas forças deflagraram um processo de devastação tão grande que poderá acabar com a vida na Terra. Porém, quando leio ‘Muros Mentais’, texto em que Daniel Piza consegue reunir suas maiores asneiras de uma só vez, sem dar a menor pelota ao que diz Michael Jackson, lá se vão as esperanças.


Aí, vejo À Procura de Eric, de Ken Loach, em que a polícia e o trabalhador são mostrados em toda a sua verdade, e as esperanças novamente se renovam. No filme, a polícia aparece como força conservadora guardiã e protetora do capital e do direito de propriedade (das classes dominantes, obviamente, que assim podem expropriar trabalho alheio livremente), ao passo que o trabalhador é mostrado como força imbatível quando se une para defender seus próprios interesses. Mas leio em seguida os últimos textos de Arnaldo Jabor e Diogo Mainardi, e as esperanças outra vez se esvaem. Fico imaginando o que será do mundo se tivermos de continuar sujeitos a esses porta-vozes da oficialidade tão decadentes e limitados, devotos de Nosso Senhor, O Capital.


Um leitor já me escreveu dizendo que, quando coloco Daniel Piza, medíocre colunista do Estadão, no mesmo saco em que estão Arnaldo Jabor e Diogo Mainardi, só engrandeço Piza e ele não merece. Não é verdade. Jabor e Mainardi estão muito abaixo de Piza. São apenas mais conhecidos porque mais corajosos: dizem as próprias asneiras com maior convicção e de forma mais espalhafatosa, até porque sabem vender melhor o peixe. Mas são tão ou mais despreparados e medíocres do que Piza. É fato: por ser mais raso que Mainardi e Jabor, Piza é “menos ruim” que os dois.


Onde está a esperança, então? Na crise de credibilidade de nossa mídia, em especial, dos quatro grupos gigantes: Abril, Folha, Estadão e Globo. Não falo de crise financeira. Os quatro vivenciam, na alma, a completa falência da razão, da qual são coveiros exemplares. Não sabia que Jabor, Mainardi e Piza estão entre os maiores carrascos do conhecimento? Mais abaixo você vai poder ver que sim.


A única chama que ainda mantém a esperança acesa está na constatação de que essas vozes vêm deixando de reverberar e não estão mais sendo ouvidas. Prova de que a mídia brasileira, seguindo os passos da mundial, faliu no seu papel de porta-voz e guardiã do capital e deixou de ser o quarto poder. Ao contrário, é o quarto onde tenta foder com aqueles que imagina serem seus inimigos, razão pela qual vem caindo em descrédito.


Só o que os três articulistas (e seus veículos) já disseram de Lula --- como “é o governo mais corrupto da história do País”, e por aí vai --- seria suficiente para dar voz de prisão (perpétua) ao presidente e a todo o seu estafe. Em outro país, daria até pena de morte. No entanto, Lula se reelegeu com grande facilidade, ainda goza de popularidade incomum e jamais foi abalado por essas “denúncias”. Parece só ter a ganhar com elas e demonstrar que nossos veículos não apitam mais nada.


Não espanta que os três jornalistas, e seus veículos, não tenham feito outra coisa, até hoje, senão achincalhar aqueles que, para eles, são inimigos do capital. Também não espanta que não tenham a menor consciência disso nem de que esse é o verdadeiro papel da mídia: fiscalizar e tomar conta, como leão-de-chácara, das instituições que protegem o capital. O problema é que não sabem distinguir quem é e quem não é verdadeiramente inimigo do capital. Reza a cartilha de seus patrões (quer leitura mais rasa e oblíqua?) que Lula é um deles e que um dia vai fazer do Brasil país comunista. Como funcionários fiéis, os três escribas há anos tentam desestabilizar o atual governo, sem se dar conta de que Lula é o presidente mais pró-capitalista de nossa história.


Em total sintonia com as economias dos países ricos, com quem estabeleceu pactos de fidelidade, Lula é tudo aquilo com que nossa grande mídia sempre sonhou. Os Civita, Marinho, Frias e Mesquita há décadas ansiavam por um presidente que estivesse assim afinado incondicionalmente com o projeto de globalização do capital, inclusive do deles.


E agora que ele aí está, pleno de sucesso, o malham, pelas mãos de seus escribas, demonstrando não terem competência para uma leitura minimamente correta da realidade brasileira. Ou seja, não entenderam nada ainda, nem o País, nem a política e muito menos Lula. Resultado: combateram Lula onde ele menos pode e deve ser combatido, com o que só conseguiram aumentar ainda mais a popularidade do presidente.


Sim, Lula oferece motivos para ser combatido, mas não pela via do politicismo, esse escarro teórico que consiste em se acreditar na racionalidade da política. Toda a nossa mídia é hoje polititicista, em especial, seus três escribas-moluscos Mainardi, Jabor e Piza. Ela ainda não sabe ainda que a política é, desde sua origem e principalmente hoje, instrumento de proteção e conservação da realidade oficial, essa regida pelo capital que aí está. Não percebeu que a política não é a panacéia para todos os nossos males nem a solução para as grandes questões que nos afligem.


Para a mídia brasileira (e também para a mundial), na sua ingenuidade exemplar, se pudéssemos contar com bons políticos, honestos e de bom caráter --- e se pudéssemos ‘varrer’ do parlamento a corrupção, como tanto desejava Jânio Quadros e almejam esquizofrenicamente Jabor, Mainardi e Piza ---, todos os nossos problemas estariam resolvidos. Não imaginam quanto essa percepção é furada.


Espanta, sim, é ver que tal discurso, pseudocientífico e eivado de impropriedades, nunca emplacou. A revista Veja já mostrou Lula como o maior dos ladrões, e nada aconteceu nem acima nem abaixo da linha do equador. Como pode isso, se a maioria silenciosa brasileira ainda se embala nessa forma rasa de pensar? O que explica o fenômeno?


Só pode ser porque os veículos e os três articulistas já perderam por completo o senso e a racionalidade: deixaram o ponto de vista correto escorrer bueiro adentro e se tornaram pra lá de intragáveis. O brasileiro já percebeu que, se fosse FHC a fazer tudo o que Lula vem fazendo e alcançado todo o seu sucesso, nossa mídia --- em especial, Jabor, Mainardi e Piza --- estariam alardeando agora: “FHC é o maior presidente que o Brasil já teve”.

(Conheça a seguir toda a pseudociência desses três


moluscos do conhecimento (tampinhas, se preferir)

As últimas pérolas de Diogo Mainardi

Em uma das mais rasas e infames interpretações de texto que já tive oportunidade de conhecer, Mainardi diz (em sua coluna de Veja, edição do fim de semana de 7 e 8 de novembro de 2009, sob o título ‘Os Moluscos do Brasil’), que Claude Lévi-Strauss, antropólogo recentemente falecido, descobriu no Brasil o homem reduzido à sua condição de molusco. E aí se vale de tal descoberta, já derrubada pela ciência como falsa, para dizer que o Brasil teve exemplos de moluscos como Getúlio Vargas, que simplesmente fechou as portas do País a Lévi-Strauss, por ser ele judeu.


Mainardi chega a tal conclusão a partir da seguinte afirmação de Lévi-Strauss, que ele mesmo cita em seu comentário: “A diferente estrutura do aparelho digestivo de homens, bois e moluscos não indica diferentes funções de seus sistemas digestivos. A função é sempre a mesma, podendo ser mais bem estudada e compreendida em suas formas mais simples, como a de um molusco.”


Começa que as teorias de Lévi-Strauss --- baseadas no estruturalismo que reduz tudo a estruturas que precederiam a história humana --- nunca se sustentaram e já foram derrubadas há muito tempo pela ciência, por serem incorretas. Ademais, o cientista em hipótese alguma teria descoberto no Brasil um tipo de homem (nós, os brasileiros) reduzido à condição de molusco.


Leitura minimamente apurada da afirmação do antropólogo demonstra que, se Lévi-Strauss descobriu alguma coisa nesse caso, foi que o ser humano (em geral), e não especificamente o homem brasileiro, teria funções digestivas semelhantes às do boi e do molusco, ainda que as estruturas de seus aparelhos digestivos sejam diferentes.


Não é preciso ser muito culto nem preparado para perceber que isto não é o mesmo que enxergar, no brasileiro, o homem reduzido à sua condição de molusco. Ao contrário, Lévi-Strauss reduziu o ser humano em geral, seja ele de onde for, não apenas o brasileiro, à condição de molusco. Isto é, a redução a molusco, que além de tudo não se sustenta e já caiu por terra como totalmente equivocada, não seria privilégio do homem brasileiro, mas sim de todos os seres humanos, sem exceção. Não só Getúlio Vargas seria um molusco, mas também Bush, Obama, Sarkozy, e, sobretudo, ele mesmo, Diogo Mainardi.

Além de tomar a afirmação de Lévi-Strauss como verdadeira, equívoco lamentável, Mainardi a deforma e a emprega mal, como argumento a seu favor, o que é mais lamentável ainda. E isto eu sei que Piza não faz.

Nessa, o escriba-molusco Mainardi se faz passar, ele sim, por molusco de primeira grandeza, garantindo lugar de honra no panteão do Festival de Asneiras que Assola a Intelectualidade Brasileira. E esta não é a única abobrinha de Mainardi só nesse seu comentário. Todo o seu texto está eivado de impropriedades, demonstrando que Mainardi não entendeu nada. E que moluscos somos todos nós, especialmente ele, Mainardi, e seus parceiros Jabor e bem... Piza. Novas vaias para Mainardi.


As últimas pérolas de Arnaldo Jabor


Em texto escrito para sua coluna no Estadão de 22 de setembro, sob o título ‘Devo pedir champanhe ou ciaNUreto?”, o jornalista-cineasta se diz em crise e que não agüenta mais nada, como ver Lula dançando xaxado pelo pré-sal, Sarney mandando no País, a corrupção correndo solta etc. Abre evocando letra de música de Cole Porter, a qual usa como título do mesmo artigo e que diz: “Questões conflitantes rondam minha cabeça / devo pedir ciaNUreto ou champanhe?”


E conclui reiterando que nem ele se agüenta mais: “Estou de saco cheio de mim mesmo, desta minha esperançazinha démodé e iluminista de articulista do ‘bem’, impotente diante do cinismo vencedor de criminosos políticos. Daí, faço minha a dúvida de Cole Porter: devo pedir ao garçom uma pílula de ciaNUreto ou uma ‘flute’ de champanhe rosé?”

Você já deve ter notado que nem mesmo Vanilda, aquela milagrosa de Santo André que deve ser em breve canonizada pela Igreja de tão pura e santa que era, põe fé na sinceridade dessas palavras. Viceja falsidade aí, não é? Quem acredita que Jabor seja articulista do bem? Só as sogrinhas da Avenida Paulista e as mulheres da legião brasileira de assistência às putas carentes.

Eu, de minha parte, acredito muito mais em Cole Porter, que hesitava entre o ciaNUreto e o champanhe, e mais ainda em Michael Jackson, que clamava por morfina na veia para aplacar as (reais) dores do mundo, até morrer disso.


Jabor tomar CiaNUreto? Duvido. Só se for ‘CIA No Reto’ ou na bunda --- supositório preferido do inconsciente dessa galera intelectual que pensa ser de esquerda, mas é da ala mais rasa e burra da direita. Tente pôr ciaNUreto no champanhe ou no reto de Jabor, vamos ver se ele aceita, mesmo quando mergulhado na maior depressão da paróquia. Pois sim. Isto, por exemplo (rompantes assim de autocomiseração hipócrita), nunca vi em Piza.


Mas não é só deste comentário de Jabor que eu queria falar. Na última terça-feira (10 de novembro, Caderno 2 do Estadão, p. D12), fomos agraciados com outra pérola dele: “Olha o subperonismo aí, gente!” é o título de seu último comentário. Nele, Jabor faz menção ao artigo de FHC também publicado no Estadão, o qual dá conta do possível aparecimento de uma espécie de peronismo no Brasil, que ele chama de subperonismo, caso o candidato de Lula (Dilma ou outro) cresça e ganhe as eleições de 2010. Segundo Jabor, FHC acerta na mosca nesse seu diagnóstico sobre o futuro do País.


Não vou nem perder tempo em demonstrar a aberração teórica que está embutida em tal propositura. Peronismo e subperonismo com Dilma? Socorro! É coisa de quem não entendeu o peronismo e desconhece por completo a realidade brasileira, típica de FHC e de sua superada visão estruturalista. Desta vez, nem na trave bateu. Vou me ater a esse esforço hercúleo de desestabilização do lulismo, que já esteve muitas vezes próximo do golpe de estado e de outros expedientes espúrios, fruto da inveja de FHC e dos três moluscos.


E olhe que os três articulistas são grandes entusiastas da “liberdade”, do “estado de direito” e do “respeito às leis”. Mas fazem o possível e o impossível para deter o lulismo, sem medir esforços nem conseqüências. Está valendo tudo, minha gente! E aí exclamo: “Não é uma contradição braba?” Não são os nossos gigantes da comunicação que dizem sempre: todo o sucesso de Lula se deve ao fato de ele ter dado continuidade ao que sabiamente plantou FHC? Que Lula só alcançou esse êxito todo por ter sido discípulo fiel e seguidor de FHC?

Ora, se assim é, é porque Lula, na visão deles, agiu corretamente e acertou, só merece elogios e precisa ser apoiado. Afinal, fez tudo o que FHC teria feito, se tivesse permanecido na presidência, sonho que o ex-presidente com certeza acalentava secretamente. Não era para FHC, os três moluscos e seus veículos estarem agora elogiando Lula e, inclusive, o estimulando a um terceiro mandato ou, no mínimo, apoiando a candidatura de Dilma, para que ela desse continuidade também --- a exemplo de Lula --- à sábia política econômica semeada e plantada por FHC? Ou estou ficando louco?

De acordo com o raciocínio dos três moluscos, se Lula apoiou-se nas conquistas de FHC, como eles dizem, agiu corretamente e é digno de ser apoiado. Ou não? Ao contrário, ao procurar depreciar e desestabilizar o governo Lula, os três moluscos dão provas de que ou agem de má-fé e são desonestos ou são mesmo moluscos, para não dizer paquidermes. Não é paquidérmico condenar Lula por ter agido corretamente até aqui, ao dar os mesmos passos que o ídolo FHC daria na presidência, se nela tivesse continuado?

As últimas pérolas de Daniel Piza


Tais pérolas, as mais rasas dos três moluscos, estão em seu texto Muros Mentais, último publicado na coluna Sinopse do caderno Cultura, do Estadão de 8 de novembro, página D3. Aí vão, com meu comentário após cada passagem:


Diz Piza nesse seu artigo sobre o Muro de Berlim: “Naquele mundo dividido, toda tirania começava pela restrição à informação e à expressão, e mesmo os que lidavam com elas, como intelectuais, jornalistas e artistas, caíram em grande número na propaganda oficial de que a democracia era mais bem defendida por regimes autoritários, fossem ditos de esquerda, fossem ditos de direita.”


E acrescenta, mais adiante: “Há, em suma, um aspecto humanista na queda do muro que tem sido esquecido. Aquela foi uma festa da liberdade em todos os sentidos – econômica, política e moral. Não se tratava apenas de uma defesa do mercado e do consumo, mas também um alerta contra a natureza do poder.”


Tudo muito lindo, mas será que Piza estudou mesmo o que diz ter estudado? Ninguém contou para ele que a restrição à informação e à expressão acontece ainda hoje, em muito maior escala e proporção, no mundo em que ele vive, principalmente no nosso jornalismo e no jornal em que ele trabalha? Que aquela de Berlim não foi uma festa da liberdade em todos os sentidos, mas sim uma festa de quem acreditava ingenuamente haver, em todos os sentidos, liberdade do lado de cá do muro?


Sim, a queda do muro teve todos os aspectos humanistas possíveis, porque aquilo era uma aberração dentro de outra aberração, o socialismo real, que de socialismo verdadeiro nunca teve nada. A queda foi mesmo um grito de liberdade num mundo que havia se tornado insuportável, mas não dessa liberdade ilusória que aponta infantilmente Piza. É concebível tamanha ingenuidade em pleno século 21?


E conclui Piza: “A democracia não é apenas o sistema menos ruim que a humanidade concebeu, mas também aquele que mais resistência pode oferecer a suas próprias distorções. Que os muros mentais sejam derrubados.”


Ora, a democracia, pelo menos essa que está na cabeça de Piza, a exemplo do socialismo autêntico, nunca existiu em lugar nenhum do Planeta. O que conhecemos por democracia (como essa que hoje aí está, evocada sempre por Piza) são, na verdade, os mecanismos pelos quais as forças do capital determinam seu próprio destino e controlam a sociabilidade, que por sua vez controlam os indivíduos que nessa sociabilidade vivem, tolhendo-lhes toda a liberdade. E é difícil entender como Piza, que se julga ilustrado e culto, nunca tenha estudado isso nem se familiarizado com essa verdade que é absoluta.


Tais mecanismos incluem o Estado, a política, o poder, a polícia, as leis, o direito, a família tal como está instituída, a religião e todas as demais instituições. São eles (tais mecanismos) que garantem, a essa democracia defendida por Piza e que não existe, continuar se valendo da prática do roubo diário de força de trabalho que tanto progresso nos trouxe e até salvou o homem da miséria física e mental, só que já começou a fracassar.


Urge que ela (essa mesma democracia) seja agora demolida (de que forma, não sei, nem sei se isto é possível) ou que seja no mínimo contida na sua atual voracidade predatória, pois vive seu momento mais orgástico de devastação do meio ambiente, podendo acabar logo, logo, com a vida na Terra. Essa ‘democracia’ de efeitos nefastos apequenou o ser humano, transformando-o no molusco em que viraram Mainardi, Jabor e Piza, ou seja, em objeto alienado sem perspectivas programado somente para consumir e ser consumido até o dia de sua morte. Repito o grito de Michael Jackson: “O Planeta está doente, é preciso fazer alguma coisa já, do contrário sucumbiremos!” Por que os três moluscos são infensos ao que diz o ídolo pop? Por que se julgam superiores a ele?

Conclusão


Não é bizarro que Michael Jackson, mesmo sem ter estudado tanto, tenha percebido tudo isso com notável clareza, e que nossos três moluscos (Mainardi, Jabor e bem... Piza, novas sumidades in the block) ainda não?

A grande tragédia está no fato de que textos como esses, de Jabor, Mainardi e Piza, ainda que bem escritos, infestam a mídia brasileira em proporções cada vez mais assustadoras. O que marca essa intelectualidade, a que Gramsci chamava de orgânica (por estar organicamente entranhada nas forças que regem o capital, como a ala mais rasa e burra da direita), não é só o despreparo e a inconsistência do ponto de vista científico, mas a leviandade e a falta de seriedade. Um desastre para a humanidade.


Como no exemplo dos moluscos de Mainardi, essa intelectualidade é capaz de fabricar argumentos a partir de falsas premissas para utilizá-los na produção de mentiras que desejam e precisam fazer passar por verdades. É incalculável o desserviço que tais mentiras prestam ao homem, daí que esse bando precisa ser banido, ou que sejam derrubados os muros mentais nos quais esses intelectuerdas se confinaram, tarefa no mínimo inglória! Ou a gente acaba com eles ou eles (e toda essa ‘democracia’ que os faz delirar) acabam com a humanidade.

O que nos enche de esperanças é saber que essas inverdades que propalam não estão mais sendo ouvidas. Da mesma forma que o vírus não acaba com todo mundo a todo tempo, essas mentiras também não enganam todo mundo a todo tempo. A humanidade já começou a despertar e uma hora vai resolver esse problema que ela mesma se colocou, livrando-se do mal, amém. Mas isto depende muito de você. Tá acordado? 
 
Tom Capri.
 
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus subscritores  e não espelham exatamente a opinião dos editores

OPERAÇÃO PINÓQUIO - AMILCAR BRUNAZO FILHO



O título desta mensagem bem poderia ser: "e cadê os Partidos?"



Além das notas publicadas no sítio do Centro de Divulgação da Justiça Eleitoral, a estratégia de comunicação da autoridade eleitoral inclui produzir filmes institucionais de propaganda usando os testes de segurança nas urnas.
Para tanto, equipes de 3 TV foram montadas para capturar imagens e entrevistas com os presentes nos testes.
As equipes designadas são da TV TSE (era de se esperar), da TV Justiça (sempre muito sincronizada a TV TSE) e da TV Cultura (que também tem convênio de colaboração com o TSE).
Seus câmeras e reporteres já gravaram entrevistas com quase todos os presentes, como os representantes do: TSE (ministro e técnicos), TREs, STJ, PGR, CGU, MCT/CTI, OEA, UnB, ITA, Exercito (observador), Marinha (só imagens, sem entrevista), pesquisadores individuais e....
Vocês estão notando a falta de alguma entidade nessa lista?
Como tem lembrado a advogada Maria Cortiz, representante do PDT, o art. 14 da Constituição estabelece os direitos absolutos do cidadão brasileiro de votar e de ser votado. E para exercer seu direito de ser votado, o cidadão tem que pertencer a algum Partido Político.
Em outras palavras, Partidos Políticos são entidades de direito privado (dos cidadãos) ESSENCIAIS e com direitos FUNDAMENTAIS dentro do processo eleitoral, sem os quais simplesmente não pode haver eleições (e democracia, etc.) no Brasil.
A própria Justiça Eleitoral com todos os seus poderes absolutistas, existe apenas e tão somente para garantir exercício do direito constitucional dos eleitores e dos Partidos.
Mas.... e cadê os partidos... nas entrevistas das TV oficiais?
Na sua entrevista, o ministro Lewandowski, relator do processo, lembrou que os testes foram aprovados a partir de pedido dos partidos PT e PDT (posteriormente o PR aderiu ao pedido), mas que estes não indicaram pesquisadores.
Faltou o ministro explicar que ele próprio havia decidido unilateralmente excluir os partidos das comissões deliberativas.
Mas, embora ausentes das comissões deliberativas (por imposição da autoridade eleitoral absoluta) e das equipes de pesquisadores (por decisão própria, diantes das regras restritivas), representantes dos partidos PR e PDT, autores de petições dentro do processo formal, tem estado presentes todos os dias assistindo os testes...
... mas estão excluídos das "pautas" que os reporteres recebem prontas para cumprir.
Os reporteres das 3 emissoras informaram não estarem autorizados a entrevistar representantes dos partidos.
Eta! mentalidade tacanha neste meu país.


O fundo musical desta mensagem, sem dúvida, é a canção "O meu País" de João de Almeida Neto, que pode ser ouvida em:




A letra desta música de um cidadão brasileiro segue abaixo, a qual tivemos a ousadia de acrescentar estrofe a mais, não porque a obra-prima do João de Almeida Neto careça de reparo ou complemento, mas para incluir nosso lamento:
______________________________________

O Meu País

João de Almeida Neto

Um país que crianças elimina;
E não ouve o clamor dos esquecidos;
Onde nunca os humildes são ouvidos;
E uma elite sem Deus é que domina;
Que permite um estupro em cada esquina;
E a certeza da dúvida infeliz;
Onde quem tem razão passa a servis;
E maltratam o negro e a mulher;
Pode ser o país de quem quiser;
Mas não é, com certeza, o meu país.




Um país onde as leis são descartáveis;
Por ausência de códigos corretos;
Com noventa milhões de analfabetos;
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis
não têm voz, não têm vez, nem diretriz;
Mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis,
e o respaldo de um estímulo incomum;
Pode ser o país de qualquer um;
Mas não é, com certeza, o meu país.


Um país que os seus índios discrimina;
E a Ciência e a Arte não respeita;
Um país que ainda morre de maleita,
por atraso geral da Medicina;
Um país onde a Escola não ensina;
E o Hospital não dispõe de Raios X;
Onde o povo da vila só é feliz
quando tem água de chuva e luz de sol;
Pode ser o país do futebol;
Mas não é, com certeza, o meu país!


Um país que é doente, não se cura;
Quer ficar sempre no terceiro mundo;
que do poço fatal chegou ao fundo;
Sem saber emergir da noite escura;
Um país que perdeu a compostura;
Atendendo a políticos sutis;
Que dividem o Brasil em mil brasis;
Para melhor assaltar, de ponta a ponta;
Pode ser um país de faz de conta;
Mas não é, com certeza, o meu país!




Um país que perdeu a identidade;
Sepultou o idioma Português;
Aprendeu a falar pornô e Inglês;
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade;
De saber o que pensa e o que diz;
E não sabe curar a cicatriz
desse povo tão bom que vive mal;
Pode ser o país do carnaval;
Mas não é, com certeza, o meu país!


(Estrofe que acrecentamos)


Um país onde o eleitor é tratado como gado;
e a autoridade eleitoral é absoluta;
onde os canditados partem para luta
sem poder tem conferir o resultado;
Será sempre um país atrasado;
cuja autoriade camufla seus atos vis;
De porte de filial, jamais de uma matriz;
Pode ter biometria e biônica;
Pode ser o país da urna eletrônica;
mas não é, com certeza, o meu país!
_____________________________
nota: as mensagens anteriores desta série podem ser vistas em:

http://ww.groups.yahoo.com/group/votoseguro

http://www.ps.google.com/group/votoeletronico

Eng. Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP

Adv. Maria Aparecida Cortiz - São Paulo

http://www.votoseguro.com/
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Se a urna não imprimir, seu voto pode sumir