TEORIA DO SUBJUGO NACIONAL (3ª. Parte)
A compra de armamentos por um país, pelas vias legais é claro, é caracterizada por uma série de providências tomadas pelas partes envolvidas e é tratada como uma verdadeira questão de Estado e de segurança nacional.
Geralmente só se bate o martelo, após uma série de pareceres das diversas esferas de governo que vão aos mínimos detalhes. Assim, não foi estranhável a grita geral quando Lula alegremente, ao lado de um não menos alegre Sarkozy, presidente da França, apartado da linda Carla Bruni, anunciou a compra dos trinta e seis caças franceses, no módico valor de vinte e seis bilhões de dólares, como se comprasse com o “Cartão Corporativo” sem licitação, lençóis egípcios para a alcova presidencial.
A alegação do alegre comprador para a abrupta decisão foi a singela afirmativa francesa de que iria transferir a nós brasileiros a tão importante tecnologia. Restando-nos perguntar: qual tecnologia?
Na década de cinqüenta do século passado, o governo canadense encomendou a AVRO um avião de caça, que deveria ser a garantia para a defesa do território nacional e americano, protegendo-os dos russos, com os quais andavam às turras.
Estávamos no auge da guerra fria, a guerra da Coréia terminara há pouco. Neste ambiente propício nasceu o ARROW.
Milhares de engenheiros aeronáuticos, técnicos e operários foram mobilizados e tornaram realidade uma verdadeira revolução da aviação de caça, avançado em seu tempo, capaz de voar à velocidade MACH 2, equivalente dois mil e quinhentos/hora e totalmente nacional.
Mas a doutrina do subjugo faz vítimas também no Canadá. Quatro anos depois de iniciado, o governo canadense determinou abruptamente, o fim do projeto ARROW, dispensando engenheiros, técnicos e operários, desativando fábricas e determinando a destruição de protótipos, projetos, plantas, informações e patentes, enterrando o sonho canadense em tornar-se uma potência mundial em aviação de caça.
Não muito tempo depois, toda a tecnologia desenvolvida pela AVRO na fabricação do ARROW ressurgia misteriosamente, nas mãos de ingleses, franceses e americanos.
Graças a ela, um consórcio franco-britânico construiu o Concorde, o maior e mais potente avião comercial do mundo e que por questões ambientais, entre elas, deixou de voar.
Há noventa e três anos, como informam os compêndios de História, o brasileiro Alberto Santos Dumont fez o primeiro vôo, que coincidentemente contornou a Torre Eiffel em Paris, sendo por isso considerado o “Pai da Aviação”. No mesmo tempo depois, Lula vai adquirir aviões da França por quê diz, que haverá transferência de tecnologia, ou seja, a invenção do “mais pesado que o ar”, que até isso os americanos contestam, não trouxe para nós conhecimento e independência alguma. Até quando vamos continuar assim?
Seria mais lógico e viável que deixássemos de importar aeronaves produzidas no exterior e os bilhões que seriam gastos fossem aplicados na compra de pacotes e na produção genuinamente nacional.
Resta saber, se a teoria do subjugo permitiria, pois na falta de brasileiros legítimos, isto nos parece difícil, como veremos na edição de no. 4.
Continua
Luiz Bosco Sardinha Machado
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O LEITOR FALA
Meu caro, isto aqui é uma colônia, base de exportação de produtos primários. Não temos qualquer possibilidade de enfrentar uma guerra; é melhor rezar para Nossa Senhora para que nunca aconteça, pois se acontecer, estamos assados.
Max F. Ribas
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Sardinha:
Parabéns pelo seu trabalho
Estou aguardando ansioso a quarta parte
Abraços
Luiz Carlos
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Parabéns pelo texto Sardinha, vc. escreve muito bem.
O Brasil ainda é colônia. Hoje somos dominados por multinacionais que trascendem os limites de seus paises de origem. Isto será assim por muito tempo, pois a única forma disto mudar seria atravéz da educação, e como podemo ver, o ensino no Brasil é relegado a 2o, 3o. plano.