MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

terça-feira, 3 de novembro de 2009

HITLER ESTAVA CERTO? PARA TARANTINO, SIM




Tom Capri

Filme de Tarantino dá razão a Hitler.
Conheça também toda a verdade sobre
Hitler, o nazismo e o antissemitismo.
Textos dedicados a Roni Gotthilf. Jornalistas criticados: Arnaldo Jabor e Daniel Piza.

Inglourious Basterds é mais uma gafe de Tarantino. Ao mostrar o judeu e seus aliados --- os bastardos --- como psicopatas assassinos movidos unicamente pelo desejo de vingança, o diretor insinua que Hitler podia estar certo. No filme, é Hitler quem leva a melhor e acaba com Tarantino. Conheça também toda a verdade sobre Hitler, o nazismo e o antissemitismo.

Não foi desta vez que a comunidade judaica e toda a humanidade conseguiram fazer a tão ansiada catarse e acabar com Hitler antes do Holocausto, como gostaríamos que tivesse ocorrido. No filme Inglourious Basterds, em que Quentin Tarantino se propõe justamente a isso, o feitiço vira contra o feiticeiro e acontece o contrário: é Hitler quem leva a melhor e acaba com diretor.
Não que esperávamos um Tarantino politicamente correto. Longe disso. Mas os judeus e aliados --- os bastardos --- são mostrados no filme como psicopatas assassinos e sanguinários, sem sentimentos e incapazes de amar. Pior, não têm nada na cabeça nem no inconsciente, a não ser a vingança como forma legítima de expurgo e catarse, tudo o que o judeu não é, apesar do velho estigma do “olho por olho...”
Ao agir assim, Tarantino abre uma porta para acharmos que Hitler podia estar certo: se o judeu é tudo isso, assassino frio do “olho por olho incondicional e irrestrito”, Hitler não estava errado, a saída é imputar ao judeu a pena de morte e dizimar seu povo.
O filme é menor, sem graça, não tem charme e não convence. Se vem agradando ao ‘publicão’ --- que inclui críticos, celebridades, intelectuais e até cineastas de renome, inclusive alguns judeus ---, é porque estes são tão alienados e medíocres quanto Tarantino. Para gente séria, não serve nem como diversão.
Inglorious... está a anos luz dos melhores trabalhos de judeus como Woody Allen e Mel Brooks. Ou seja, é mais um filme raso feito para agradar àqueles que se deixaram embalar pelos clichês vindos do que há de pior em Hollywood, gente tão doente quanto os judeus e aliados bastardos mostrados na fita. Prova de que --- do diretor ao ‘publicão’ --- nenhum entendeu Hitler nem o nazismo e muito menos o antissemitismo. (Leia abaixo texto mostrando toda a verdade sobre Hitler, o nazismo e o antissemitismo).
Entre os clichês mais execráveis de Hollywood, já incrustado na mente de Tarantino, está o desejo de vingança tal qual aparece distorcido e muito mal costurado e urdido, por exemplo, nos piores westerns americanos e nos ‘spaghetti’ mais rasteiros do cinema italiano (quando falo em maioria alienada e medíocre, refiro-me a esse mesmo ‘publicão’ que inclui, repito, celebridades e intelectuais como Arnaldo Jabor e, num outro patamar, Daniel Piza, ambos do Grupo Globo e do Estadão --- os dois gostaram do filme).
Além de burra, toda vingança é inútil e desnecessária. Parte sempre da premissa de que determinado indivíduo agiu criminosamente, despertando o desejo de vingança que precisa ser satisfeito para não fazer mal. Acontece que nenhuma ação criminosa é de responsabilidade do indivíduo que a comete --- ele é apenas seu executor ---, mas sim de uma situação social que a cria e a reproduz diariamente.
Ao se vingar do indivíduo que agiu criminosamente, matando-o, o vingador não chega a lugar nenhum e não consegue absolutamente nada, a não ser satisfazer seu desejo de vingança, uma vez que a verdadeira usina reprodutora da criminalidade continuará lá fora, na sociabilidade, gerando em progressão geométrica ações criminosas individuais. Ou seja, nenhum indivíduo é responsável pelos seus crimes. E o vingador, além de agir de forma burra e doentia --- como os bastardos de Tarantino ---, comete crime mais hediondo ainda. A pena de morte nada mais faz do que transformar o Estado em serial killer.
Outro clichê abominável típico de Hollywood é o que reduz tudo à luta entre o bem e o mal. No caso de Inglorious Basterds (a grafia está errada de propósito porque o correto, Inglorious Bastards, é título de um ‘spaghetti western’ de Enzo Castellari), o filme acaba heroicizando de forma maniqueísta o judeu e ‘vilanizando’ de forma ainda mais maniqueísta o nazista. Ora, não existem heróis e vilões, o bem e o mal. São percepções arquetípicas equivocadas, ainda que muito presentes nas mentes simplórias como a desses intelectuais e celebridades a que me referi.
Os judeus sérios devem ter ficado constrangidos e envergonhados. Não gostaram de ser mostrados no filme como monstros psicopatas à espera da tão ansiada vendeta que nunca aconteceu. E sabemos que nem o judeu mais raso e medíocre é assim, da mesma forma que Hitler também não era tão pobre de espírito quanto nos mostra o filme. Portanto, o resultado é frustrante: em razão da fragilidade do filme, é Hitler quem leva a melhor, dirimindo as pretensões de Tarantino de um dia se tornar cineasta sério e de peso.
Nada contra a idéia central de fazer com que americanos, franceses e judeus se unam para matar Hitler e sua entourage, antes de eles terem cometido os crimes que cometeram. Nada contra agraciar os judeus com uma catarse desse tipo. Mas que o produto final tivesse resultado em algo bem feito e inteligente, à altura do povo judeu.
Sim, o filme prende a atenção de qualquer um. Porém, o faz pelo pior dos motivos: o compromisso que tem com o que há de mais alienado e raso em Hollywood, os velhos clichês, a ponto de não servir nem mesmo como comédia barata feita só para rir. Prova de que prender a atenção não é atestado de qualidade.
Marlon Brando estava coberto de razão quando disse a Larry King que Hollywood sempre foi dominada pelos judeus, donos dos grandes estúdios. E que, na Meca do Cinema, os judeus sempre privilegiaram os seus, enquanto não-judeus como ele eram discriminados. Mas o mesmo Marlon Brando reconhecia que os judeus fizeram o melhor cinema de que se tem notícia na história da humanidade.
E só temos a agradecer à comunidade judaica por isso. Fosse outro povo, não sei se teríamos a qualidade que tanto marcou o bom cinema de Hollywood nem se o cinema teria florescido como grande arte, de Chaplin a Billy Wilder. Mas temos igualmente do que lamentar, pois os judeus também respondem, por outro lado, pelo que há de pior em Hollywood. Se foram os gigantes responsáveis por muitos dos grandes filmes, o foram igualmente por parcela considerável de todo o lixo hollywoodiano, e que tem sido imenso.
O povo judeu tornou-se essa fortaleza que é não por força da cor de sua pele nem por possuir inteligência superior, mas por necessidade, advinda de razões históricas já suficientemente esclarecidas. Por terem sido sempre subjugados (por exemplo, como escravos no passado dos egípcios e também dos romanos, o que vitimou até Jesus), os judeus perderam cedo suas terras e foram obrigados a sair pelo mundo globalizando o comércio para sobreviver. Por isso, estão entre os primeiros a se internacionalizar, tendo se estabelecido, depois de muito rodar, em todos os cantos do Planeta.
Foram quase sempre bem-vindos porque espalharam pelo mundo o que havia de melhor da produção, que os povos visitados até então não conheciam. Mas foram também execrados e rechaçados, por dois motivos que acabaram dando origem ao antissemitismo como o que tomou conta de Hitler, e persiste até hoje.
O primeiro motivo está associado ao fato de o judeu precisar comercializar o mais rápido possível tudo o que tinha disponível para a venda (até mesmo a mãe, diz a lenda), para poder sustentar a família que havia ficado para trás. Inclusive, esta é uma das razões pelas quais a mãe judia --- que ficava cuidando dos filhos em meio a todas as dificuldades, enquanto o pai saía para vender --- tornou-se esse mito da matriarca superprotetora e possessiva que impõe tudo aos seus.
A segunda razão é porque, ao se espalharem pelo mundo, os judeus foram tomando conta do comércio de cada região (especialmente, do comércio de dinheiro, passando a controlar até mesmo bancos e depois a produção etc.), sem serem verdadeiramente nacionalistas, uma vez que sempre clamaram por ter território próprio onde pudessem se estabelecer (isto até a criação do Estado de Israel/1948).
Nesse sentido, os judeus podem ser considerados os grandes impulsionadores --- ‘inventores’, mesmo --- do comércio internacional, o que possibilitou a afirmação, intensificação e globalização do capitalismo e ensejou o antissemitismo.
Por desejar ser uma homenagem a essa saga judaica, Inglourious Basterds é uma espécie de testamento de Tarantino. Só que testamento apressado e mal feito. O diretor, que é americano filho de índios com italianos, decidiu deixar, como legado, esse agradecimento aos judeus por eles terem dado vida a Hollywood. E também aos americanos por terem ganhado a Segunda Grande Guerra, ainda que tenham deixado aos russos a heróica tarefa de capturar Hitler (não há menção a isso no filme, se não estou enganado).
Tarantino é, assim, mais um entre os deslumbrados e apaixonados por aquela parcela de cinema escapista e alienante que a América produziu (refiro-me ao ‘cinemão-mercadoria’). Bebe na fonte do que há de pior de Hollywood. Não soube extrair as melhores lições dos gigantes do cinema, nem mesmo dos filmes “B” que fizeram história. Parece não ter aprendido nada com cineastas judeus como Chaplin, Billy Wilder, Otto Preminger, John Schlesinger, Hitchcock, Joseph L. Mankiewicz, Orson Welles, Sidney Pollack, Sidney Lumet, Sam Peckinpah, Mike Nichols, Martin Ritt, Arthur Penn, John Cassavets, entre outros, sem contar com não-judeus como John Ford, George Stevens etc.
É justo que seja grato aos judeus e aos americanos por estes lhe terem legado tudo isso e feito dele um cineasta. É válido, portanto, que lhes renda homenagem. Mas deveria ter tido a humildade de deixar a tarefa, ao menos do roteiro, a gente mais competente. Inglorious... acaba sendo uma louvação ao lado mais pobre e raso da produção judaica de Hollywood. Justamente aquele que fez dele o medíocre diretor de bobagens como Kill Bill 1 e 2, filmes ‘infantilóides’ destinados a quem não consegue apreciar o bom cinema. Tarantino havia começado bem, com Pulp Fiction, trabalho razoável, mas parou nisso e depois regrediu, sem perspectivas de avançar.
O humor de Inglourious... não é elegante nem inteligente como o de Chaplin e Woody Allen. É o das comédias mais rasas de Hollywood. Seu filme não chega nem mesmo a ser comédia “B”. Entertainer como Spielberg, Tarantino prova nesse novo trabalho que, a exemplo de Spielberg (e pior que Spielberg), não consegue fazer um filme adulto do peso, por exemplo, de Sunset Boulevard, a obra-prima de Billy Wilder. E que já se viciou (irreversivelmente, parece) nos clichês mais pavorosos de Hollywood.
Se tivesse visto Inglourious..., Hitler certamente o teria achado chato e rido no final, quando o ‘Caçador de Judeus’, nazista educado e inteligente, de repente se transforma num bobo alegre e se entrega ingenuamente daquele jeito. As novelas da Globo, que ainda fazem a mesma coisa, já não tropeçam tanto. A essa altura, o cineasta já deveria saber como abordar a vingança em seus filmes. Pelo menos, não teria feito essa ofensa ao povo judeu.
Aquilo que Tarantino tanto ironiza em seu filme --- a alienação do americano médio que mal e porcamente fala a própria língua --- também vitima o diretor. Nem mesmo as citações de filmes e diretores que fizeram história, como Pabst --- e toda a metalinguagem presente no filme ---, salvam essa mixórdia sem graça, que acabou resultando num trabalho para enganar trouxas. E há muitos críticos, intelectuais e celebridades que são trouxas e não sabem. Abraços a todos, Tom Capri.

As razões do antissemitismode Hitler, segundo ele próprio
Algumas razões levaram Hitler a odiar e a desejar exterminar os judeus: eles se espalharam pelo mundo, conquistando os comércios locais (inclusive de dinheiro, abrindo ou assumindo o controle de alguns bancos), como aconteceu na Alemanha. E não eram verdadeiramente alemães, segundo Hitler, pois haviam acorrido ao país por necessidade de sobrevivência, de onde pretendiam extrair o máximo possível de riquezas para poder tornar um dia real o sonho de ter sua pátria de volta, deles usurpada por alguns povos conquistadores do passado (egípcios, romanos etc.). Além disso, os judeus eram, para Hitler, maus capitalistas, justamente porque acumulavam as riquezas, na Alemanha, para levá-las embora a fim de reconstruir sua própria pátria. E mais: os judeus eram também, na visão de Hitler, os criadores e disseminadores do marxismo, que de acordo com Hitler “transgredia os mandamentos da natureza”, daí serem inimigos da Alemanha que precisavam ser banidos. Se você não acredita que esses eram os motivos de Hitler, vai passar a acreditar agora, pois eles estão bem claros em Mein Kampf (Minha Luta), obra que o próprio Adolf escreveu na prisão, antes de liderar o movimento nazista. Veja mais abaixo trecho do livro em que Hitler expõe tais pensamentos.
Muito se disse, até hoje, mas pouco se sabe a respeito dos reais motivos que levaram Hitler a odiar os judeus. Raros são os que entenderam Hitler, o nazismo e o antissemitismo. O que é de estranhar. Afinal, as razões de Hitler para pensar assim estão claramente expostas, com todas as letras, para quem quiser comprovar, em seu próprio livro, Mein Kampf (Minha Luta), no qual se encontra presente todo o seu pensamento.
Com colônias apenas no século 19 (inexpressivas) e tendo chegado tardiamente ao capitalismo, a Alemanha (a exemplo da Itália e do Japão) se sentia atrasada em relação a grandes nações européias, como Inglaterra e França. Seu povo vivia atormentado, em meio a um forte complexo de inferioridade, por causa do progresso alcançado por aquelas potências. O alemão era considerado inferior na Europa e havia saído com o orgulho bastante ferido da Primeira Grande Guerra, na condição de maior derrotada.
Um nacionalismo exacerbado começa então a se manifestar entre os alemães, que vão passar a reivindicar seu espaço, no Planeta, buscando igualar-se a essas grandes potências. Apoiado por parte expressiva da burguesia e da aristocracia alemãs, e com um discurso que enfatiza o nacionalismo, bem como a grandeza e a superioridade do povo alemão, Hitler emerge como liderança, é ouvido e chega ao poder justamente com esse objetivo: reerguer a Alemanha, conduzindo-a não na direção do capitalismo de rapinagem que via ser praticado pelo judeu, mas na de um capitalismo justo e saudável, que Hitler entendia ser o verdadeiro socialismo, daí chamá-lo de nacional-socialismo.
Assim, o mal maior da Alemanha era a presença dos ‘invasores’ judeus, vistos como maus capitalistas porque buscavam se locupletar amealhando riquezas que financiariam sua nova pátria. Eram na verdade ‘colonizadores’ predatórios que enriqueciam para levar embora tudo o que conquistavam, a fim de conseguir o novo território que tanto almejavam para nele se estabelecer.
Os judeus eram, portanto, não só maus capitalistas, mas maus alemães responsáveis pelo atraso do país e pela destruição e decadência da Alemanha. Além disso, haviam criado e disseminado, inclusive por toda a Alemanha, o marxismo, que era igualmente antinacionalista e, portanto, uma aberração (os princípios marxistas propugnam o fim das fronteiras e a internacionalização e globalização do socialismo).
Para Hitler, isto era um acinte. Por isso, os judeus eram considerados, por ele, mais do que inimigos da Alemanha. Eram estrangeiros dentro do país, sugando riquezas para construir sua própria nação: “Um judeu não é um alemão, sabia-o eu definitivamente, para repouso do meu espírito”, dizia.
Justamente por seu internacionalismo, o marxismo, segundo Hitler, transgredia as leis da natureza. Era preciso, assim, combatê-lo e reafirmar as qualidades dos alemães. Daí até montar toda uma teoria para provar a superioridade da raça ariana (do alemão) e a inferioridade dos judeus --- povo sem pátria, sem nada ---, um passo.
A eugenia, termo usado pela primeira vez em 1883 por Francis Galton (1822-1911), já era realidade no Ocidente. Significava “purificação da raça”, e já havia estudos avançados a respeito nos Estados Unidos, a partir de experiências com prostitutas e mendigos, visando a melhorar ou empobrecer as qualidades raciais do povo americano.
O nazismo entendia que, por não ter pátria e praticar a rapinagem social, buscando levar as riquezas da Alemanha, os judeus formavam uma raça inferior. Já os alemães, que acreditavam nos valores nacionalistas e amavam sua pátria --- o que era visto como normal e correto --- compunham uma raça superior, segundo Hitler. Nascia a eugenia nazista, que Hitler vai buscar nessas experiências nos EUA, para alcançar o melhoramento genético de ‘raças’ superiores como a alemã e a extinção de “inferiores e predatórias” como a do judeu.
De grande valia e notória influência nesse sentido foi a obra do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), que combatia os judeus por motivos mais ou menos semelhantes, em O Anticristo. Para Nietzsche, os judeus criaram e disseminaram o cristianismo, segundo ele “o veneno da doutrina dos ‘direitos iguais para todos’, que os cristãos semearam como princípio”.
O cristianismo é para Nietzsche, a “religião da piedade”. E a piedade, diz ele, “atua de forma depressiva”, pois “perde-se a força quando se tem dó”. “A piedade” – continua – “é obstáculo à lei da evolução, que é a da seleção natural. É ser compreensivo com tudo aquilo que já está maduro para desaparecer. É a defesa dos deserdados e condenados.”
Nietzsche prossegue: “O cristianismo tomou partido por tudo o que é fraco, baixo, falhado, vil. Fez, da oposição aos instintos de conservação da vida forte e saudável, um ideal. Estragou mesmo a razão das naturezas intelectualmente mais fortes, ensinando que os valores superiores da intelectualidade não passam de pecados, desvios e tentações”.
Como o cristianismo era, segundo Nietzsche, herança malévola deixada pelos judeus sobre a Terra, precisava ser combatido, tanto quanto o judaísmo. Hitler toma isso como ingrediente, acrescenta a ele o traço de mau capitalista que via no judeu e o fato de o judeu ter criado e disseminado o marxismo inclusive na sua Alemanha, para erguer toda a teoria nazista antissemita. A seguir, trecho de seu livro, Mein Kampf, em que Hitler coloca as razões pelas quais passou a odiar e a querer exterminar os judeus.
“Fui-me apercebendo, pouco a pouco, de que a imprensa social-democrata (leia-se, de esquerda) era dirigida principalmente por judeus. Mas não atribuí nenhuma significância particular a esse fato, já que o mesmo acontecia também com os jornais de outras tendências.
Somente uma coisa, talvez, podia atrair a atenção: não se encontrava, numa única folha desses jornais que tinham judeus como seus redatores, nada que se pudesse considerar verdadeiramente nacional, no sentido que a minha educação e as minhas convicções me faziam dar a essa palavra (Hitler refere-se aqui ao nacionalismo, que se traduz não só no amor à pátria, mas na necessidade de engrandecê-la, como ele de fato queria para a Alemanha).
Fiz um esforço e tentei ler as produções da imprensa marxista, mas a repulsa que elas me inspiravam acabou por se tornar tão forte, que procurei conhecer melhor os que urdiam essa coleção de canalhices.
Eram todos, sem exceção, a começar pelos editores, judeus.
... Era preciso salvar a grande massa, mesmo às custas dos mais pesados sacrifícios de tempo e paciência.
Nunca porém pude libertar um judeu de sua maneira de ver as coisas.
Eu ainda era suficientemente ingênuo para querer esclarecê-los sobre a absurdidade dessa sua doutrina (marxista). No meu pequeno círculo, eu falava a ponto de ficar rouco e com a língua esfolada, e persuadia-me de que conseguiria convencê-los do perigo e das loucuras marxistas.
Obtinha o resultado oposto. Parecia que os efeitos desastrosos, fruto evidente das teorias sociais-democratas (leia-se, de esquerda) e de sua aplicação, só serviam para fortalecer a determinação dessa gente.
Quanto mais discutia com eles, melhor aprendia a conhecer sua dialética (olhe aí Hitler insurgindo-se contra a dialética). Eles contavam, em primeiro lugar, com a estupidez do adversário e, quando já não conseguiam encontrar uma escapatória, procuravam eles mesmos fazer-se passar por tolos. Se isto não produzia efeito, eles já não compreendiam mais nada, ou, quando encostados à parede, saltavam para outro terreno.
Alinhavam obviedades que, uma vez admitidas, lhes serviam de argumento para questões inteiramente diferentes. Caso fossem de novo encostados na parede, escorregavam de nossas mãos. Ficava impossível arrancar, de cada um, uma resposta concreta.
Quando se queria agarrar um desses apóstolos, a mão limitava-se a agarrar uma matéria viscosa e pegajosa que escorria entre os dedos... Se fosse desferido num deles um golpe tão decisivo, de tal maneira que não pudesse deixar de se render à opinião dos presentes, e quando se julgava ter finalmente dado um passo à frente, não era pequena a surpresa no dia seguinte: o judeu já nada sabia o que havia se passado na véspera.
E recomeçava a divagar como antes, como se nada tivesse acontecido. E, quando, indignados, o intimássemos a explicar-se, ele fingia-se surpreendido, não se lembrava de absolutamente nada, exceto de ter comprovado na véspera o fundamento de suas afirmações.
Isto me deixava muitas vezes petrificado. Não se sabia o que mais admirar: se a abundância de seu palavreado ou se sua arte de dizer mentiras.
Acabei por odiá-los.
... As experiências que eu fazia todos os dias levaram-me a investigar as fontes da doutrina marxista. Conhecia agora claramente a sua ação em todos os seus pormenores. O meu olhar atento descobria a cada dia que passava o sinal de seus progressos. Bastava ter um pouco de imaginação para se fazer uma idéia das conseqüências que ela devia acarretar.
A questão era agora de saber se os seus fundadores tinham previsto o que devia produzir a sua obra, quando atingidos todos os objetivos, ou se eles próprios tinham sido vítimas de um erro. No meu entender, tanto uma coisa quanto outra eram possíveis.
No primeiro caso, era o dever de qualquer homem capaz de pensar opor-se a esse movimento funesto, para tentar impedir o pior. No outro caso, era preciso admitir que os autores responsáveis por essa doença, que havia infectado os povos, eram verdadeiros demônios. Afinal, só o cérebro de um monstro, não o de um homem, podia conceber o plano de uma organização, cuja ação devia ter, por resultado último, a ruína da civilização e, como conseqüência disso, a transformação do nosso mundo num deserto.
... Comecei então a estudar pra valer os fundadores dessa doutrina (leia-se, do marxismo), a fim de conhecer os princípios do movimento.
... Foi nessa época que se operou em mim a revolução mais profunda que alguma vez consegui levar a cabo.
O cosmopolita sem energia que eu tinha sido até então se tornou um antissemita fanático.
Outra vez ainda – mas seria essa a última vez –, uma angústia dolorosa oprimiu-me o coração. Enquanto estudava a influência exercida pelo povo judeu, através de longos períodos da história, perguntei-me subitamente com ansiedade se o destino, cujas intenções são insondáveis, não iria querer, por razões desconhecidas de nós, pobres homens, e em virtude de uma decisão imutável, a vitória final desse pequeno povo?
A este povo, que nunca viveu senão para a terra, teria sido acaso prometida a terra como recompensa? (Não havia ainda, na época, o Estado de Israel). O direito que julgamos ter, de lutar pela nossa conservação, tem um fundamento real? Ou existe somente em nosso espírito? O próprio destino deu-me a resposta, enquanto me absorvia no estudo da doutrina marxista e observava imparcialmente e sem pressa a ação do povo judeu.
A doutrina judaica do marxismo rejeita o princípio aristocrático observado pela natureza e substitui o privilégio eterno da força e da energia pela predominância do número e seu peso morto. Nega o valor individual do homem, contesta a importância da entidade étnica e da raça, e priva assim a humanidade da condição prévia da sua existência e civilização.
Admitida como base da vida universal, teria como efeito o fim de qualquer ordem humanamente concebível. E, da mesma forma que uma tal lei só poderia dar como resultado o caos neste universo, para além do qual se detêm as nossas concepções, também ela significaria, neste mundo, o desaparecimento dos habitantes de nosso planeta.
Se o judeu, com o auxílio de sua profissão de fé marxista, alcança a vitória sobre os povos deste mundo, seus louros serão a coroa mortuária da humanidade. Se assim for, nosso planeta recomeçará a percorrer o éter como o fez há milhões de anos: sem que haja homens à sua superfície.
A natureza eterna vinga-se implacavelmente quando se transgride os seus mandamentos. É por isso que creio agir segundo o espírito do Onipotente, nosso criador. Defendendo-me contra o judeu, combato para defender a obra do Senhor.” (Adolf Hitler).