MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

COXA E FLAMENGO: CBF E MIDIA SÃO RESPONSÁVEIS PELA VIOLÊNCIA EM CURITIBA E NO RIO




(São responsáveis também pela atual decadência do futebol brasileiro. Temos tudo para dar novo vexame na Copa da África do Sul e fazer a pior Copa da história em 2014, e são mínimas as perspectivas de solução.)



A CBF e a mídia são responsáveis pela violência que vimos na invasão da torcida no Couto Pereira, em Curitiba, e no Maracanã e nas ruas do Rio, após a conquista do Flamengo. Há décadas, essa parceria imbatível --- CBF e Geni-Press, nossa mídia esportiva --- vem respondendo por essas barbaridades e tantas outras, como a decadência do futebol brasileiro e o fiasco em 2006, e as possibilidades de solução são remotas.

A CBF foi responsável pela violência em Curitiba porque é visível que voltou a ‘armar’ para que o Fluminense não fosse rebaixado, como faz há anos. Há mais de dez dias, a mídia já sabia que o Flu não seria rebaixado, depois que viu o árbitro Simon dar aquela mãozinha amiga, no jogo contra o Palmeiras. Há quanto tempo a arbitragem está sob suspeita no futebol brasileiro? Os árbitros envolvidos no escândalo de manipulação de resultados foram parar na cadeia? Por que não foram? Será porque a CBF estaria envolvida até o pescoço?

Neto, hoje comentarista, chegou a alertar o Coxa após aquela façanha de Simon, pedindo para que o clube tomasse cuidado, pois, disse, o Flu não seria rebaixado e o clube paranaense cairia justo no ano de seu centenário. Além disso, a arbitragem do jogo de ontem (6/12) visivelmente amarrou o jogo, favorecendo o Flu. Não fosse isso, é óbvio que a torcida do Coxa não invadiria o gramado, mesmo vendo seu time ser rebaixado.

É claro que o Fluminense teve méritos ao escapar do rebaixamento, da mesma forma que o Coxa errou muito nesta reta final do Brasileirão e não fez o suficiente para evitar a queda. Mas não fosse aquela mão amiga do Simon, e da arbitragem no jogo de ontem contra o Flu, o Coxa não teria caído. E não teríamos assistido a mais essas cenas de violência, incitadas claramente pela CBF, pelas razões já expostas, e pela mídia, que denuncia timidamente aqui e ali, mas acaba sempre se tornando conivente com tudo, ao silenciar-se em seguida.

Por isso, a CBF é a grande responsável por essa lenta destruição do futebol brasileiro, não só com desmandos dessa natureza, mas principalmente porque abandonou os clubes à própria sorte (a maioria está mortalmente endividada). Pior é que há anos a CBF não acena com soluções concretas. E a mídia esportiva --- nossa querida Geni-Press --- é também responsável porque late aqui e ali, mas não morde mais e se torna cúmplice nos desmandos. Isto é, a CBF e a Geni-Press fazem, incitando a violência, e os clubes pagam, afundando cada vez mais.

Lembra-se dos tempos de João Saldanha, Nélson Rodrigues? Nossa crônica esportiva pintava e bordava. Saldanha chegou a ser técnico da Seleção, jamais permitiu interferências. Montou aquela mágica Seleção de 70, que nas mãos de Zagallo foi tricampeã mundial e é considerada a maior de todos os tempos. O que temos hoje na mídia? Cães que ladram, mas não mordem. E não há nenhum saudosismo aqui. A Geni-Press tornou-ser parceira nesse grande negócio que é nosso futebol e nem pode mais morder.

Essa última mãozinha dada ao Fluminense é ótimo exemplo. Alguns falaram aqui e ali, até denunciaram, Belluzzo ameaçou distribuir porrada, mas logo a ajuda caiu no esquecimento. Foi visível para todos que o comando do futebol brasileiro vinha conduzindo o Brasileirão no sentido de dar sobrevida aos clubes cariocas. Como os times do Rio cresceram na reta final, e tiveram lá seus méritos, ficou o dito pelo não dito, e mais uma vez tudo terminou em pizza: a Geni-Press entrou na dança e os prejudicados acabaram se calando.

O Palmeiras não teria garantido ao menos a Libertadores não fosse aquela mãozinha dada ao Flu? O São Paulo não teria sido campeão se pudesse contar com seus principais jogadores na reta final, suspensos por critérios suspeitos? Quantas vezes você, torcedor, já viu a arbitragem (sutilmente ou não) mudar o curso do Brasileirão e não dar em nada? E clubes como o Coxa pagam o pato, porque sua torcida se revolta. Não é para se revoltar?

Pergunto: por que a Geni-Press não insiste em denunciar esses desmandos, acaba sempre esquecendo? Por que os clubes chiam (Belluzzo chegou a ameaçar bater em Simon), mas depois relaxam e esquecem? Por que o São Paulo, que podia também fazer barulho maior, calou-se, contente com a Libertadores?

E assim vamos, CBF e Geni-Press, inimigas só de mentirinha, afundando a cada dia mais o futebol brasileiro. Vem aí a Copa da África, filé para a Geni-Press, e também a de 2014 no Brasil, filé maior ainda, e não interessa a essa altura do campeonato pôr o dedo na ferida. Todos vão mamar nesse grande negócio em que se transformou o futebol brasileiro, o que significa que até 2020 teremos mais uma década de silêncio. Um ou outro abrirá a boca, aqui e ali, para não dizerem que não se falou das flores, mas parará por aí.

Enquanto isso, a decadência correrá por fora, bastante acelerada, e nosso futebol caminhará para o abismo. Como será nossa participação na Copa da África do Sul, se até tecnicamente nosso futebol também está em decadência? Como será a Copa de 2014 no Brasil, com todos esses desmandos e essa conivência da mídia, hoje parceira inclusive nos desmandos?

Olhe para trás. O que você vê? Clubes nadando em dívidas, salários atrasados. Todos ameaçados, até os grandes, como Flamengo, Corinthians etc. E as divisões dos espaços para as torcidas nos estádios? Outro absurdo que incita ainda mais as torcidas à violência. “Ah, mas na Europa também é assim”, alega a crônica esportiva. E daí? É errado também na Europa! Tudo isso com a conivência, é claro, da Geni-Press, no seu atual “latir, mas não morder, deixando a caravana passar”.

Pior é que a CBF, além de acabar com nosso futebol, vem há anos jogando dinheiro pela janela, ao abandonar os clubes de maior renda. Até quando clubes como Coritiba e Bahia vão agüentar? Fora os endividados do Brasileirão, que também estão no abandono, Pernambuco não tem mais clubes na Primeirona. O Bahia pode até desaparecer, enfim, o Nordeste não tem mais vez na elite do futebol brasileiro. Clubes como Guarani e Ponte Preta têm sido relegados ao segundo plano. Sem falarmos de Juventude, Paraná, América-MG, entre outros. Um absurdo. Exemplo de má-administração associada a favores a este ou àquele clube. Dinheiro torrado sem que ninguém faça nada.

A CBF e a Geni-Press devem estar achando ser infinita a capacidade de nossos clubes de sobreviver a tudo isso. Não perceberam ainda que, no momento em que nosso futebol fechar as portas, elas fecham também. Pode não ser para as nossas gerações, mas, a continuar assim, o futebol brasileiro com certeza vai acabar.

 Tom Capri.