MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sábado, 22 de agosto de 2009

No – 120 – COLUNA DO SARDINHA



REBOUNDS

É voz corrente, que nas democracias, os primeiros cem dias de governo são essenciais para que viabilizem-se a tomada das medidas importantes, das polêmicas e por que não, das impopulares, que demandariam grandes negociações e até técnicas de convencimento do público, avesso a tais medidas.
Faz sentido, porquê o eleito para o cargo executivo toma posse com a força do eleitorado que o ungiu e assim respaldado tem facilidade para que suas iniciativas tenham sucesso nas câmaras legislativas e ademais, ainda não foi testado suficientemente, para ver despencar seus índices de aprovação. Esses aspectos somam pontos a favor dos que são pela alternância no poder e contrários à reeleição.
Na história mundial recente, a trajetória, vitória, posse e primeiros passos de um presidente, jamais foram tão atentamente acompanhadas, quanto as de Barack Obama nos Estados Unidos da América.
Não tanto pela questão racial – os EUA tem um longo histórico de intolerância racial – mas, pela crise na qual o mundo estava submerso e pelos conflitos espalhados pelo globo, nos quais os americanos viam-se envolvidos, mercê de uma política estrábica levada adiante por seu antecessor George W. Bush.
Há que notar-se, que nos EUA com a posse de um presidente, o antecedente já não serve como referência para eventuais comparações, como ocorre em diversos países, ou seja lá, literalmente, “rei posto é rei morto”.
Na política internacional os americanos esmeram-se em descaracterizar o país como “Império” ou “Império do Mal”, epítetos usados pelos que não lhe são simpáticos, desmobilizando Guantánamo, suspendendo o embargo a Cuba, sinalizando com a retirada de tropas do Afeganistão e Iraque. Mas, em contraponto, apoiou Manoel Zelaya, aprendiz de ditador em Honduras e a instalação de bases militares americanas, num total de sete, na Colômbia, fato este já desmentido pelo Departamento de Estado.
No entanto, é na Economia e nas Finanças – na crise econômica por extensão – que exigiria atitudes enérgicas, prontas e eficazes, que o governo americano tem-se mostrado um tanto vacilante, com uma atuação mais aproximando-se ao neo-liberalismo clássico do que ao esperado vanguardismo, que deveria pautar a administração Obama.
As medidas até agora tomadas de socorro aos bancos e instituições financeiras, indústrias (principalmente, automobilísticas), ampliação do seguro desemprego, aumento das garantias às hipotecas, neo-liberais na sua essência, apenas atacam as mazelas da economia americana pelos seus efeitos, deixando intactas as causas.
Questões como o crescente déficit em contas correntes (financeiras e comerciais), a circunscrição das relações com a China (PRC) não foram sequer arranhadas, tudo continuando como dantes no quartel de Washington.
O que é mais sério e grave, os USA com Obama à frente, participaram de reuniões do G-8, do G-20 e deveriam do alto de sua importância exigir dos demais parceiros a edição de medidas drásticas para colocar o mercado financeiro sob severa legislação que não permitisse a formação de bolhas, prontas a causar transtornos e prejuízos principalmente ao pequeno investidor e levar os países a nova crise tão ou mais grave que a presente.
O tempo urge e passa célere e os índices de aprovação que o presidente tinha no começo da gestão, começam a despencar, tornando mais difícil a tomada de medidas impopulares e o rebote ou recaída de uma crise e sempre mais dolorida do que a própria.
Obama como bom jogador de basquete sabe disso e o cronômetro da crise, diferentemente do jogo, não pára.

Luiz Bosco Sardinha Machado






DOSSIÊ GEMINI: MAIO DE 2009 - JOÃO VINHOSA

TEXTO TIRADO DE PAUTA POR ORDEM JUDICIAL

DEMAGOGIA E FUGA DA VERDADEIRA RESPONSABILIDADE SOCIAL





Foi noticiado que os novos índices de produtividade agrícola serão atualizados pelo governo e passarão a ser medidos com base na Produção Agrícola Municipal (PAM), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), calculada em cada microrregião geográfica.
A proposta objetiva classificar se uma propriedade é ou não produtiva e desta forma facilitar a desapropriação de propriedades particulares para o assentamento de famílias do MST.
Numa visão míope parece ser muito boa a solução daquelas famílias “camponesas”.
Mas vamos aos fatos: 1. As terras devolutas pertencentes a União ficam intocáveis.
2. A revisão dos índices sugere que as terras agrícolas do país venham produzir mais alimentos, entretanto, numa exigência de maior produtividade o governo não assegura a compra do excedente – o que o mercado não absorve - pelo preço justo.
3. O governo não garante a quebra de safra devido a pragas ou as intempéries e ainda grava os bens dos produtores como garantia de financiamentos, bens esses que acabam perdidos no caso de uma calamidade. 4. Quais são os apoios às famílias assentadas em terras já desapropriadas? E nas terras devolutas da União? Onde houve assentamentos com sucesso apoiados com instrução, educação, infra-estrutura, etc.?
5. Uma vez desapropriada a terra, os assentados teriam condições de produzir com o novo índice de produtividade do local?
6. Pergunta-se, nas outras atividades, a industrial por exemplo, a produtividade não acompanha o mercado? Se o mercado não compra a produtividade continua a mesma?
Estimular uma maior produtividade no campo é ótimo. Assentar famílias de agricultores é uma necessidade urgente. Mas é preciso que se faça com objetividade, com responsabilidade, sem demagogia, enganação e política barata.
Certamente que há muito mais que ser feito do que sacar algum índice de produtividade para alegria dos incautos e menos esclarecidos.

Carlos Grand
por uma cidadania ativa