MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

ESTATÍSTICAS - RICARDO BERGAMINI




Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil – Fonte ONU

Base: Ano de 2011



Brasil avança no desenvolvimento humano e sobe uma posição no ranking do IDH 2011

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado esta quarta-feira (02/10) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca.

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para um número recorde de 187 países e territórios reconhecidos pela ONU. Um aumento significativo em relação aos 169 países incluídos no Índice de 2010, quando os indicadores-chave de muitos dos novos países analisados este ano ainda estavam indisponíveis.

No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73, entre os 169 países. No entanto, é enganoso comparar valores e classificações do RDH 2011 com os de relatórios publicados anteriormente. Isto porque, além da inclusão de 18 novos países e territórios (veja a lista ao final), os dados e métodos sofreram ajustes e algumas mudanças.

Intitulado “Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos”, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte do seleto grupo de apenas 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permaneceram na mesma posição ou caíram. No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam, cada uma, por cerca de 30% desta evolução.
Evolução do Brasil nas séries históricas

A série histórica do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o Brasil revela uma retrospectiva positiva também a médio e a longo prazos. Entre 1980 e 2011, o valor do IDH subiu 31%, saltando de 0,549 para 0,718. Este desempenho foi puxado pelo aumento na expectativa de vida no país (11 anos no período), pela melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais) e pelo crescimento também da renda nacional bruta (RNB) per capita (quase 40% entre 1980 e 2011).


Por causa dos ajustes de dados, das adaptações metodológicas e da inclusão de 18 países no ranking deste ano, as medias anuais de crescimento do IDH só podem ser calculadas com os dados que estão disponíveis na Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano” do Relatório, que traz as séries históricas recalculadas para todos os 187 países. Ela tem como base indicadores, metodologia e dados em séries temporais consistentes e, por isso, mostra as alterações reais dos valores e classificações no decorrer do tempo, refletindo o progresso verdadeiro feito pelos países.

Em uma análise de médio prazo, considerando a evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram 3 ou mais posições.

Taxa média de crescimento do IDH brasileiro

Com base nos dados da Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano”, verifica-se que a taxa média de crescimento do IDH do Brasil foi de 0,87%, entre 1980 a 2011. Um desempenho superior ao da América Latina (0,73%) e ao dos países de alto desenvolvimento (0,61%), quartil do qual o Brasil faz parte no ranking do IDH 2011.

Avanço semelhante pode ser visto para o Brasil entre 1990 e 2011, quando a taxa de média de crescimento do IDH foi de 0,86%, enquanto a da América Latina foi de 0,76% e a dos países de alto desenvolvimento, de 0,64%.

Num período mais curto de 2000 a 2011, o desempenho foi o seguinte: Brasil avançou 0,69%, América Latina, 0,66%, e os países de alto desenvolvimento, 0,70%.

É importante notar que a taxa de crescimento para países de desenvolvimento humano muito elevado de 2000 a 2011 foi de 0,33%, ou seja, quanto mais desenvolvido o país se torna, menor é sua taxa de crescimento do IDH. Este fenômeno é também conhecido como concavidade de taxas de crescimento.

O IDH é uma medida resumida para avaliar o progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão decente de vida. Como no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010, uma vida longa e saudável é medida pela expectativa de vida; o acesso ao conhecimento é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; e o padrão de vida é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em PPP$ 2005 constante.

A fim de garantir o máximo possível de comparabilidade entre países, o IDH se baseia principalmente em dados internacionais da Divisão de População da ONU, do Instituto de Estatística da UNESCO e do Banco Mundial. Como afirma a introdução, os valores e classificações do IDH no relatório deste ano não são comparáveis aos dos relatórios passados (inclusive ao IDH 2010) por causa de diversas revisões feitas nos indicadores componentes pelas agências encarregadas. Para permitir a avaliação do progresso nos IDHs, o relatório de 2011 inclui IDHs recalculados de 1980 a 2011.


Indicadores complementares de desenvolvimento humano

Além do IDH calculado para 187 países, o Relatório 2011 traz também três outros indicadores complementares introduzidos em 2010. São eles o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD) para 134 países, o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) para 146 países e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 109 países.

Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)

O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.

Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.

O IDH do Brasil para 2011 é 0,718. No entanto, quando é descontada a desigualdade do valor, o IDH cai para 0,519, uma perda de 27,7% devido à desigualdade na distribuição dos índices de dimensão. O IDHAD, que vem complementar a leitura feita pelo IDH, mostra que o cidadão brasileiro médio teria quase 30% de risco de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem para lhe oferecer em função dos obstáculos que as desigualdades podem lhe impor.

Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru. O Relatório atribui os avanços, em parte, à melhor cobertura na educação básica e aos programas de transferência de renda.

Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)

O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.

O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.

O Brasil tem um valor de IDG de 0,449, que o coloca na posição 80 dentre 146 países no índice de 2011. No Brasil, 9,6% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres e 48,8% das mulheres adultas têm alcançado um nível de educação secundário ou superior, em comparação com 46,3% de suas contrapartes masculinas. Para cada 100.000 nascidos vivos, 58 mulheres morrem de causas relacionadas à gravidez; e a taxa de fertilidade entre as adolescentes é de 75,6 nascimentos por 1000 nascidos vivos. A participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, em comparação com 81,9% para os homens.

Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)

O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.

Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.

Os dados da pesquisa para a estimativa do IPM do Brasil se referem a 2006. No Brasil, 2,7% da população sofrem de múltiplas privações, enquanto outros 7,0% estão vulneráveis a múltiplas privações. A amplitude da privação (intensidade) no Brasil, que é o percentual médio de privação vivenciado pelas pessoas na pobreza multidimensional, é de 39,3%. O IPM, que á a parcela da população multidimensionalmente pobre, ajustado pela intensidade das privações, é de 0,011.

O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história. No caso do Brasil, a contagem de pobreza multidimensional é 1,1 ponto percentual menor que a pobreza de renda. Isso implica que indivíduos que vivem abaixo da linha da pobreza de renda talvez tenham acesso a recursos de não renda.

Entenda o IDH

O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano) e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano – uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda.

Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano.

18 países incluídos este ano

Palau, Cuba, Seychelles, Antígua e Barbuda, Granada, Líbano, São Cristóvão e Névis, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Omã, Samoa, Territórios Palestinos Ocupados, Kiribati, Vanuatu, Iraque, Butão, Eritreia.
Desenvolvimento Humano nos BRICS

Veja comparações do desenvolvimento humano do Brasil com o dos outros países do grupo chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), economias em desenvolvimento que se destacam pelas semelhanças no ritmo de crescimento e pela influência geopolítica que exercem atualmente na arena internacional.


Para ler o relatório completo clique aquihttp://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2011/download/pt/




Anuário Estatístico da Previdência Social – Fonte MPS

Base: Ano de 2010


Contribuintes da Previdência Social

A quantidade de contribuintes pessoas físicas em 2010 foi de 60,2 milhões e o valor da remuneração atingiu R$ 744,6 bilhões, o que correspondeu a aumentos de 7,8% e 16,4% em relação ao ano anterior. As pessoas do sexo masculino participaram com 55,3% da quantidade e 64,3% do valor das remunerações, o que fez com que o valor médio das remunerações do sexo masculino fosse 39,5% maior do que o do sexo feminino (R$ 14.359,6 contra R$ 10.291,7). A faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a faixa decenal que apresentou a maior quantidade de contribuintes (31,7%), e a maior participação no valor da remuneração também foi a da faixa dos 25 aos 34 anos, com 30,9% do total. A participação dos contribuintes com 12 contribuições anuais diminuiu de 46,3% em 2009 para 45,3% em 2010.

No ano de 2010, a quantidade de contribuintes empregados foi de 48,7 milhões de pessoas e o valor das remunerações pagas atingiu R$ 656,2 bilhões, o que correspondeu a aumentos de, respectivamente, 7,7% e 16,4% em relação ao ano anterior. O valor médio da remuneração dos empregados aumentou 8,1% de 2009 para 2010, passando de R$ 12.470,7 para R$ 13.481,4. A participação dos empregados do sexo masculino no total dos contribuintes e no valor da remuneração foi de, respectivamente, 58,3% e 66,0%. O valor médio da remuneração dos homens foi 31,8% maior do que o das mulheres (R$ 15.265,7 contra R$ 11.579,8).

A faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a faixa decenal que apresentou a maior quantidade de contribuintes empregados (34,7%). A maior participação no valor da remuneração foi a da faixa dos 25 aos 34 anos, com 32,8% do total. Cerca de 66,9% dos empregados receberam até 2 pisos previdenciários, 91,7% até 5 pisos e 2,8% receberam mais do que 10 pisos. A participação no valor da remuneração dos empregados que receberam até 2 pisos foi de 29,1%; a dos que receberam até 5 pisos atingiu 60,0% e os acima de 10 pisos participaram com 23,3% do total das remunerações.

Em 2010, o setor agrícola participou com 4,5% do total de vínculos e 2,7% do valor da remuneração, o setor indústria com 29,6% e 32,6% e o setor serviços com 65,5% e 64,5%, respectivamente. Os subsetores mais representativos na quantidade de vínculos foram o comércio e reparação de veículos automotores, os serviços prestados principalmente a empresas e construção, com 21,4%, 13,4% e 10,1% do total. No valor da remuneração, os três subsetores que apresentaram as maiores participações foram o comércio e reparação de veículos automotores, os serviços prestados principalmente a empresas e administração pública, defesa e seguridade com 16,2%, 10,3% e 8,8%, respectivamente.


Em setembro de 2010, 4,1 milhões de estabelecimentos apresentaram a GFIP, sendo que os que declararam opção pelo SIMPLES participaram com 56,4% do total de estabelecimentos, 24,4% no número de vínculos, 14,6% no valor da remuneração e 5,0% no valor devido declarado pelas empresas. Cerca de 97,9% dos vínculos declarados na GFIP não estiveram expostos a agentes nocivos e em 1,8% dos vínculos o tempo de exposição foi de 25 anos.

A quantidade de outros contribuintes, em 2010, foi de 13,5 milhões de trabalhadores, um aumento de 8,7% quando comparado com o ano anterior. O valor das contribuições aumentou 14,5% no período, atingindo R$ 12,3 bilhões. A participação do sexo feminino foi de 53,2% na quantidade e 49,7% no valor das contribuições, o que fez com que o valor médio da contribuição dos homens (R$ 990,4) fosse 16,6% maior do que o das mulheres (R$ 849,3). Os contribuintes individuais representaram 77,3% da quantidade e 74,5% do valor das contribuições e os domésticos participaram com 15,2% da quantidade e 17,8% do valor das contribuições.

Em 2010, a faixa etária decenal dos 40 aos 49 anos foi a que apresentou maior participação na quantidade de outros contribuintes (26,7%),  enquanto para o valor das contribuições a maior participação foi a da faixa etária dos 45 aos 54 anos  (31,3%). Cerca de 14,9% dos outros contribuintes se encontravam na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 84,9% contribuíram com até 2 pisos e 95,5% com até 5 pisos. Na distribuição do valor do salário-de-contribuição, 2,6% se encontrava na faixa de abaixo de 1 piso previdenciário, 56,0% na faixa de até 2 pisos e 78,0% com até 5 pisos. Cerca de 41,3% da quantidade de outros contribuintes foram de segurados que efetuaram 12 contribuições anuais. A análise por documento de captação revela que os outros contribuintes utilizaram a GPS em 50,5% do total de documentos, a GFIP em 47,2% e ambos em 2,3%.

Arrecadação

No ano de 2010, o valor arrecadado pela Previdência Social atingiu de R$ 232,5 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 17,7% em relação ao ano anterior. A contribuição efetuada pelas empresas e entidades equiparadas (que, além da parcela da empresa, inclui parcelas relativas aos empregados e o seguro de acidentes do trabalho) representou 86,3% do total arrecadado no ano, os contribuintes individuais participaram com 3,1%, e o débito administrativo com 2,1%. Quando comparada com o ano anterior, a arrecadação de empresas cresceu 18,2%, a dívida ativa diminuiu 49,6% e a arrecadação de contribuintes individuais cresceu 12,6%, no período.

Em 2010, do valor total da contribuição efetuada pelas empresas, 88,7% foram destinadas ao INSS, 10,7% para outras entidades (Senai, Sesc, etc) e 0,6% se constituíram nos acréscimos legais devidos.

Cobrança


Em dezembro de 2010, a quantidade de débitos administrativos foi de 796,4 mil, correspondendo a um valor de R$ 123,3 bilhões. Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos administrativos cresceu 173% e o valor aumentou 29,1% no período. As empresas privadas participavam com 95,4% na quantidade e 79,1% no valor total dos débitos administrativos. Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos de empresas privadas cresceu 184,7% e o valor 34,7%. A quantidade de débitos de órgãos públicos federais decresceu (3,2%), e nos órgãos públicos estaduais e municipais cresceu 16,9% e 44,9%, respectivamente. Com relação ao valor, o crescimento foi de 20,7% para os órgãos federais e de 33% para os órgãos municipais, e negativo para os órgãos estaduais (10,4%).

Em 2010, a quantidade de débitos administrativos cadastrados atingiu 790,1 mil créditos, o que correspondeu a um aumento de 114,7% em relação ao ano anterior. Os parcelamentos de débitos administrativos cadastrados por LDC foram 1,5 mil e decresceram 65,9% no período. A quantidade de pagamentos de parcelamentos atingiu 488 mil, o que correspondeu a uma queda de 51,8% em relação ao ano anterior. O valor dos parcelamentos foi de R$ 2,0 bilhões, o que correspondeu a uma queda de 59,8% em relação a 2009. A quantidade de pagamentos de débitos administrativos foi de 60,3 mil e cresceu 78,2% em relação ao ano anterior; enquanto que o valor foi de R$ 568,0 milhões e cresceu 0,6% em relação a 2009.
DÍVIDA ATIVA

Em dezembro de 2010, a quantidade de débitos não-parcelados atingiu R$1,1 milhão, no valor de R$ 194,8 bilhões, o que correspondeu a um acréscimo de 25,0% na quantidade e de 3,2% no valor, em relação a dezembro de 2009. As empresas privadas participaram com 98,8% da quantidade e 93,6% do valor dos débitos não-parcelados.

A quantidade de débitos parcelados, em dezembro de 2010 foi de 15,9 mil, e o valor atingiu 3,2 bilhões, o que correspondeu a um decréscimo de 50,7% na quantidade e de 66,2% no valor, quando comparado com dezembro do ano anterior. Cerca de 98,7% da quantidade e 98,5% do valor dos débitos parcelados foram de empresas privadas.

De 2009 para 2010, a quantidade e o valor dos pagamentos de débitos decresceram, respectivamente, 18,7% e 40,2%. A quantidade e o valor do pagamento de parcelamentos convencionais decresceram, respectivamente, 60% e 68%. O pagamento de parcelamentos especiais diminuiu 59,1% na quantidade e 49,3% no valor. O pagamento de outros débitos decresceu 47,2% na quantidade e 59,4% no valor, naquele período.

Conselho de Recursos da Previdência Social


Durante o ano de 2010, deram entrada nas câmaras de julgamento 34,6 mil novos processos, o que correspondeu a um acréscimo de 54,8% em relação ao ano anterior. Foi negado provimento a 53,9% dos processos e dado provimento a 25,6%.

Em 2010, foram movimentados pelas juntas de recursos do CRPS 316,0 mil novos processos, o que correspondeu a uma queda de 31,3% em relação ao ano anterior. Foram julgados 359,5 mil processos, uma quantidade 8,8% menor do que a observada em 2009. As espécies de benefícios com maior participação nos novos processos recebidos e nos julgamentos emitidos foram o auxílio-doença e a aposentadoria por tempo de serviço com, respectivamente, 41,1% e 17,5% dos novos processos e 44,3% e 16,6% dos julgamentos emitidos. O saldo em dezembro de 2010 foi de 56,9 mil processos, o que correspondeu a uma queda de 63,1% do saldo observado em dezembro de 2009.

Dos processos julgados pelas juntas de recursos em 2010 foi negado provimento a 78,6% e dado provimento a 13,6%. As espécies de benefícios auxílios-doença e aposentadoria por tempo de serviço representaram, respectivamente, 48,6% e 13,6% do total dos processos que tiveram provimento negado. No caso dos processos onde foi dado provimento as espécies auxílio-doença e aposentadoria por tempo de serviço representaram, respectivamente 25,2% e 24,6%.

Finanças


Em 2010, o valor total dos recebimentos do caixa do INSS atingiu R$ 312,6 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 14,3% em relação ao ano de 2009. As principais rubricas foram a arrecadação bancária e Cofins e contribuição para o plano de seguridade social do servidor, cujas participações no total foram de 68,0% e 8,0%, respectivamente. De 2009 para 2010, o aumento da arrecadação bancária foi de 16,1% e o Cofins e contribuição para o plano de seguridade social do servidor decresceu em 25,0%. 

O valor dos pagamentos em 2010 atingiu R$ 312,1 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 14,5% em relação ao ano anterior. As rubricas mais importantes foram benefícios – INSS, LOAS e FNDE – salário-educação, cujas participações no total foram de 78,9%, 7,1% e 3,5% respectivamente.

Em 2010, a relação entre a arrecadação líquida (dada pela diferença entre recebimentos próprios menos transferências a terceiros e restituições de arrecadação) e o PIB foi de 5,8%; e a relação entre os pagamentos com benefícios do RGPS e o PIB foi de 7,6%. O saldo previdenciário (diferença entre arrecadação líquida e benefícios previdenciários) foi negativo em R$ 42,9 bilhões, o que correspondeu a um aumento do déficit de 0,1%, quando comparado com o ano anterior. A diferença foi negativa entre o valor da arrecadação líquida e o total de benefícios em R$ 66,2 bilhões, cerca de 5,3% maior que o déficit observado em 2009.

 Contabilidade

Em 2010, o valor da despesa total do INSS foi de R$ 282,5 bilhões, o que significou um aumento de 13,0% em relação ao ano anterior. As rubricas com maior participação nas despesas foram a aposentadoria por tempo de contribuição, pensão por morte previdenciária e  aposentadorias por idade cujas participações foram de 23,9%, 21,3% e 20,7%, respectivamente. Os benefícios assistenciais representaram 7,9% do total das despesas e as despesas com pessoal e encargos sociais participaram com 3,5% daquele total.

Previdência do Servidor Público


Em 2010, a quantidade total de servidores dos Regimes Próprios de Previdência Social atingiu 9,69 milhões, sendo 4,87 milhões servidores lotados nos Governos Estaduais, representando 50% do total de servidores, 0,84 milhões servidores lotados nas Capitais dos Governos Municipais, representando 9% do total, 1,92 milhões servidores lotados nas Cidades do Interior dos Governos Municipais, representando 20% do total, e 2,06 milhões servidores lotados no Governo Federal, representando 21% do total. Desta análise percebe-se que do total de servidores, um pouco mais de 21% são servidores federais, um pouco mais de 28% são servidores municipais e em torno de 50% são servidores estaduais. Além da segregação por lotação nos tipos de governos, os servidores são classificados por tipo de vínculo com a previdência. Assim, dos 9,69 milhões de servidores, 65% são servidores ativos e 35% são inativos e pensionistas.

Dentre os 2,06 milhões de servidores e pensionistas federais, a maioria – 91% – é do poder executivo. Os demais 9% são dos poderes legislativo e judiciário, o que demonstra uma concentração significativa dos servidores federais no poder executivo. Com relação à classificação desses servidores por tipo de vínculo com a previdência, 54% são servidores ativos e 46% são inativos e pensionistas, demonstrando uma aparente paridade na proporcionalidade entre os servidores federais na atividade e inatividade, proporção bem diferente encontrada quando da análise do total dos servidores, onde 65% são servidores que estão na atividade e 35% são os que estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se que houve redução do total dos servidores federais na ordem de 2%, passando de 2,11 milhões de servidores federais em 2008 para os atuais 2,06 milhões. Dentre os servidores federais ativos, a redução, no mesmo período em análise, foi de 2%, enquanto que entre os servidores inativos aposentados houve um crescimento de 3%, e entre os inativos pensionistas houve uma redução de 10%.

Em 2010, dos demais 7,63 milhões de servidores estaduais e municipais, que estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, podemos destacar diversos pontos.

Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste – 45% – vindo logo em seguida a região Nordeste, com 22%, e a região Sul, com 15%. Dentre os servidores estaduais e municipais lotados na região Sudeste – que são 3,43 milhões – 45% são da unidade federativa de São Paulo e 27% são do estado do Rio de Janeiro. Os demais servidores dessa região estão distribuídos entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com relação à classificação desses servidores por tipo de vínculo com a previdência, 68% são servidores ativos e 32% são inativos e pensionistas, o que demonstra uma proporcionalidade similar quando da análise do total dos servidores, dos quais 65% são servidores que estão na atividade e 35% são os que estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se que o crescimento do total dos servidores estaduais e municipais foi de 6,1%, passando de 7,19 milhões de servidores em 2008 para os atuais 7,63 milhões. Dentre os servidores estaduais e municipais ativos, o crescimento, no mesmo período em análise, foi de 4,8%, enquanto que entre os servidores inativos houve crescimento de 11,2%. Entre os pensionistas o crescimento foi de 3,4%.

Fazendo uma análise somente dos 4,87 milhões de servidores estaduais em 2010, que estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, também podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste – 44% – vindo logo em seguida a região Nordeste com 23% e a região Sul com 13%, não se alterando muito a proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta dos servidores estaduais e municipais. Dentre os servidores estaduais lotados na região Sudeste, que são 2,16 milhões, 44% são da unidade federativa de São Paulo, um pouco menos de 26% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais servidores dessa região estão distribuídos entre Minas Gerais, 27%, e Espírito Santo, 3%. Com relação à classificação destes servidores por tipo de vínculo com a previdência, 62% são servidores ativos e 38% são inativos e pensionistas, demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total dos servidores, dos quais 65% são servidores que estão na atividade e 35% são os que estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se um crescimento do total dos servidores e pensionistas estaduais em torno de 8%, passando de 4,52 milhões de servidores em 2008 para os atuais 4,87 milhões. Dentre os servidores estaduais ativos, o crescimento, no mesmo período em análise, foi em torno de 7%, enquanto que entre os servidores inativos o crescimento foi em torno de 12%. Entre os pensionistas o crescimento foi em torno de 4%.

Numa análise somente dos 0,84 milhões de servidores e pensionistas municipais das capitais em 2010, que estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, também podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste – 50% – vindo logo em seguida a região Nordeste, com 22%, e a região Sul, com 10%, não se alterando muito a proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta dos servidores estaduais e municipais. Dentre os servidores municipais das capitais lotados na região Sudeste, que são 0,42 milhões, 49% são da unidade federativa de São Paulo, 38% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais servidores dessa região estão distribuídos entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com relação à classificação destes servidores por tipo de vínculo com a previdência, 69% são servidores ativos e 31% são inativos e pensionistas, demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total dos servidores, onde 65% são servidores que estão na atividade e 35% são os que estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se um crescimento do total dos servidores e pensionistas municipais das capitais, em torno de 3%, passando de 0,81 milhões de servidores em 2008 para os atuais 0,84 milhões. Dentre os servidores municipais das capitais ativos, o crescimento, no mesmo período em análise, foi de 0,1%, enquanto que entre os servidores inativos o crescimento foi em torno de 13%. Entre os pensionistas houve um crescimento em torno de 4%.

Fazendo uma análise somente dos 1,92 milhões de servidores municipais das cidades interioranas em 2010, que também estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria desses servidores estão lotados na região Sudeste – 43% – vindo logo em seguida a região Sul, com 21%, e a região Nordeste, com 18%, sendo que a proporcionalidade encontrada difere das demais análises, já que 5% das informações foram estimadas sem identificação da unidade federativa, muito menos da região. Dentre os servidores municipais das cidades interioranas lotados na região Sudeste, que são 0,82 milhões, 48% são da unidade federativa de São Paulo, 23% são do estado do Rio de Janeiro e outros 24% são do estado de Minas Gerais. Com relação à classificação desses servidores por tipo de vínculo com a previdência, 84% são servidores ativos e 16% são inativos e pensionistas, demonstrando uma proporcionalidade bem mais concentrada dos servidores ativos. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se um crescimento do total dos servidores municipais das cidades interioranas de 3,4%, passando de 1,85 milhões de servidores em 2008 para os atuais 1,92 milhões. Dentre os servidores municipais ativos das cidades interioranas, o crescimento, no mesmo período em análise, foi de 3%, enquanto que entre os servidores inativos, o crescimento foi maior, 6,9% e entre os pensionistas houve um crescimento de 1,8%.

Em 2010, a quantidade total de entes federativos que oferecem algum tipo de regime de previdência social para seus servidores atingiu 5590, sendo 3310 municípios que se vinculam ao regime geral de previdência social - RGPS, representando 59% do total, e 27 governos estaduais e 1936 municípios que possuem regime próprio de previdência social - RPPS, representando 35% do total, além de 344 municípios que se encontram como regime próprio de previdência social em extinção - RPPS em Extinção, que é um regime de previdência somente para manutenção dos participantes e assistidos que se achavam nesse regime antes da extinção, representando 6% do total. Desta análise, percebe-se que a maioria dos municípios guarda relação com o RGPS.

Quando a análise é temporal, entre os anos de 2008 a 2010, percebe-se que o total dos entes federativos que oferecem regime de previdência social para seus servidores ficou inalterado, porém houve migração de municípios do RPPS para o RPPS em Extinção, ou seja, os municípios continuaram a oferecer previdência social, contudo com troca do tipo de regime para alguns. Assim, os municípios com RPPS sofreram uma redução em torno de 2% e os municípios com RPPS em Extinção tiveram um aumento em torno de 1%.

Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste mantém a proporção dos municípios por regime de previdência análoga ao do total dos entes federativos, ou seja, em torno de 58% para o RGPS e 32% para o RPPS. Nas Regiões Sul e Centro-Oeste, a proporção é contrária a da análise anterior, ou seja, a maioria dos municípios tem RPPS, em torno de 46% no Sul e 65% no Centro-Oeste, e o RGPS fica com a proporção em torno de 44% e 33%, respectivamente. Já nas regiões Norte e Nordeste, a proporção do RGPS é maior, em torno de 74%, e a do RPPS é em torno de 23%.

Em 2010, o montante da receita previdenciária foi de R$ 49,15 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$ 77,91 bilhões, tendo, consequentemente, como resultado previdenciário o montante negativo de R$ 28,76 bilhões. Esse resultado previdenciário, no global, é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 159% da receita previdenciária. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a região Sudeste é a que representa a maior disparidade, já que a despesa previdenciária representa em torno de 187% da receita previdenciária, vindo logo em seguida a região Sul, onde tal proporção é em torno de 184%, e as regiões Nordeste e Centro-Oeste com proporções similares em torno de 132% e 151%. A região Norte é a única que representa uma situação do resultado previdenciário positiva, cuja despesa previdenciária representa apenas 82% da receita previdenciária. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 e 2010, a receita previdenciária cresceu 29%, enquanto a despesa previdenciária cresceu em torno de 24%.

Fazendo uma análise do resultado previdenciário, somente entre os governos estaduais, percebe-se que em 2010 o montante da receita previdenciária foi de R$ 33,02 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$ 64,16 bilhões tendo, consequentemente, como resultado previdenciário o montante negativo de R$ 31,14 bilhões. Esse resultado previdenciário é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 194% da receita previdenciária, proporção essa bem maior quando da análise do resultado previdenciário no global, significando que a gestão previdenciária dos governos estaduais, de uma forma geral, está mais deficitária do que quando se analisa a gestão previdenciária de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as regiões Sul e Sudeste representam as maiores disparidades, já que as despesas previdenciárias representam em torno de 241% e 232%, respectivamente, das receitas previdenciárias, vindo logo em seguida as regiões Nordeste e Centro-Oeste com proporções similares em torno de 149% e 173%. A Região Norte apresenta uma situação do resultado previdenciário quase equilibrada, cuja despesa previdenciária representa 97% da receita previdenciária. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 e 2010, a receita previdenciária cresceu 27%, enquanto a despesa previdenciária cresceu em torno de 23%.

Quando a análise do resultado previdenciário é entre as capitais dos governos municipais, percebe-se que em 2010 o montante da receita previdenciária foi de R$ 5,11 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$ 7,15 bilhões, tendo, conseqüentemente, como resultado previdenciário o montante negativo de R$ 2,04 bilhão. Esse resultado previdenciário é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 140% da receita previdenciária, proporção essa menor quando da análise do resultado previdenciário no global, e bem menor quando da análise do resultado previdenciário dos governos estaduais, significando que a gestão previdenciária nas capitais dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão previdenciária de todos os entes federativos ou somente dos governos estaduais. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a região Sudeste representa a maior disparidade, já que as despesas previdenciárias representam em torno de 186% da receita previdenciária, vindo logo em seguida a região Sul em torno de 122%. As demais regiões ou apresentam resultados praticamente equilibrados, ou seja, com proporção em torno de 105%, ou abaixo disso. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita previdenciária cresceu 13%, enquanto a despesa previdenciária cresceu em torno de 14%.

Por último, quando a análise do resultado previdenciário é entre as cidades interioranas dos governos municipais, percebe-se que em 2010 o montante da receita previdenciária foi de R$ 11,02 bilhões e o montante da despesa previdenciária foi de R$ 6,6 bilhões tendo, conseqüentemente, como resultado previdenciário o montante positivo de R$ 4,42 bilhões. Esse resultado previdenciário é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 60% da receita previdenciária, proporção essa melhor de todas já apresentadas até aqui, significando que a gestão previdenciária nas cidades interioranas dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão previdenciária dos demais entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a região Sudeste representa a maior proporção, já que as despesas previdenciárias representam em torno de 70% da receita previdenciária, vindo logo em seguida as regiões Sul e Nordeste em torno de 59% e 47%. As demais regiões apresentam resultados bem expressivos, ou seja, com proporção em torno de no máximo 36%. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita previdenciária cresceu 45% e a despesa previdenciária cresceu em torno de 49%.

Em 2010, o montante da receita operacional foi de R$ 87,34 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 80,82 bilhões tendo, conseqüentemente, como resultado previdenciário o montante positivo de R$ 6,52 bilhões. Esse resultado operacional, no global, é reflexo da despesa operacional ser em torno de 93% da receita operacional. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a maioria das regiões - Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste - representa o equilíbrio financeiro, já que a despesa operacional representa por volta de 95% da receita operacional, tendo apenas a região Norte com um resultado operacional mais expressivo, já que a proporção despesa/receita operacional está em torno de 56%. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita operacional cresceu 34%, enquanto a despesa operacional cresceu menos, ou seja, 26%.

Fazendo uma análise do resultado operacional somente entre os governos estaduais, percebe-se que em 2010 o montante da receita operacional foi de R$ 60,03 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 65,14 bilhões tendo, conseqüentemente, como resultado operacional o montante negativo de R$ 5,11 bilhões. Esse resultado é reflexo da despesa operacional ser em torno de 109% da receita operacional, proporção essa próxima quando da análise do resultado operacional no global, significando que a gestão operacional dos governos estaduais, de uma forma geral, está quase que equilibrada em relação à gestão operacional de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a região Centro-Oeste representa a maior disparidade, já que as despesas operacionais representam em torno de 128% das receitas operacionais, vindo logo em seguida as regiões Sul, Sudeste e Nordeste com proporções similares em torno de 115% a 108%. A região Norte apresenta uma situação do resultado operacional melhor que as demais, já que a despesa operacional representa apenas em torno de 61% da receita operacional. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita operacional cresceu 28%, enquanto a despesa operacional cresceu menos, ou seja, 24%.

Quando a análise do resultado operacional é entre as capitais dos governos municipais, percebe-se que em 2010 o montante da receita operacional foi de R$ 9,63 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 7,9 bilhões tendo, conseqüentemente, como resultado operacional o montante positivo de R$ 1,73 bilhão. Esse resultado operacional é reflexo da despesa operacional ser em torno de 82% da receita operacional, proporção essa bem próxima quando da análise do resultado operacional no global, o que significa que a gestão operacional nas capitais dos governos municipais, de uma forma geral, está tão eficiente quanto o da gestão operacional de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as regiões Sudeste e Sul representam equilíbrio nas contas operacionais, já que as despesas operacionais representam em torno de 87% das receitas operacionais, vindo logo em seguida as regiões Nordeste e Centro-Oeste em torno de 78%. A região Norte apresenta o resultado superavitário expressivo, ou seja, com proporção em torno de 40% da relação despesa/receita operacional. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita operacional cresceu 33%, enquanto a despesa operacional cresceu menos, 20%.

Por último, quando a análise do resultado operacional é entre as cidades interioranas dos governos municipais, percebe-se que em 2010 o montante da receita operacional foi de R$ 17,68 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 7,78 bilhões tendo, conseqüentemente, como resultado operacional o montante positivo de R$ 9,9 bilhões. Esse resultado operacional é reflexo da despesa operacional ser em torno de 44% da receita operacional, proporção essa melhor de todas já apresentado até aqui, significando que a gestão operacional nas cidades interioranas dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão operacional dos demais entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as regiões Sul, Sudeste e Nordeste representam proporção similar do total, já que as despesas operacionais representam em torno de 39% a 49% das receitas operacionais. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentam resultados bem mais expressivos, ou seja, com proporção em torno de 33%. Quando a análise é temporal, percebe-se que, no global, entre os anos de 2008 a 2010, a receita operacional cresceu 61% e a despesa operacional cresceu em torno de 49%.

Em 2010, o montante dos investimentos dos recursos dos entes federativos atingiu R$ 49,5 bilhões. Deste recurso, em torno de 46% está concentrado na região Sudeste, em torno de 29% na região Sul e em torno de 25% nas demais regiões. Considerando a região Sudeste, de maior concentração dos recursos totais - Rio de Janeiro com 42% e São Paulo com 38% - são os estados com a maior concentração de recursos dessa região. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2008, no global, os investimentos montavam o valor de R$ 39,63 bilhões, o que representou um crescimento nominal em torno de 25% de 2008 a 2010, já que o montante atual é de R$ 49,5 bilhões. Esse crescimento está atrelado ao resultado operacional positivo do período supracitado.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.


Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Base: Setembro de 2011


Desocupação foi de 6,0% em setembro


A taxa de desocupação de setembro de 2011 foi estimada em 6,0% para o conjunto das seis regiões metropolitanas, mesmo valor da verificada em agosto. Frente a setembro de 2010, quando a taxa foi estimada em 6,2%, o quadro é de estabilidade. Essa é a menor taxa estimada para um mês de setembro desde março de 2002. A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) ficou estável em relação ao mês anterior. Quando comparada com setembro do ano passado, também apresentou estabilidade. A população ocupada, estimada em 22,7 milhões em setembro de 2011, não apresentou variação significativa frente a agosto. No confronto com setembro do ano passado, verificou-se aumento de 1,7%, o que representou um acréscimo de 369 mil ocupados no intervalo de 12 meses. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi estimado em 11,0 milhões em setembro último, não assinalando variação na comparação com agosto. Esta estimativa, frente a setembro de 2010, apresentou elevação (6,7%), o que representou um adicional de 691 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano.

rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.607,60) apresentou queda de 1,8% em comparação com agosto. Frente a setembro do ano passado, o poder de compra dos ocupados ficou estável. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, estimada em 36,7 bilhões em setembro de 2011, ficou 1,9% abaixo da registrada em agosto. Em relação a setembro de 2010 a massa cresceu 1,4%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados cresceu 1,4% na comparação com agosto de 2010 e declinou 1,5% na análise mensal.


Desocupação aumenta apenas na região metropolitana do Rio de Janeiro


Regionalmente, a taxa de desocupação assinalou variação significativa na comparação com agosto último apenas na região metropolitana do Rio de Janeiro (passou de 5,1% para 5,7%). Frente a setembro de 2010, foi registrada queda de 2,4 pontos percentuais na região metropolitana de Recife. As demais ficaram estáveis também na comparação anual.

Na análise regional, em relação a agosto, o contingente de desocupados revelou um quadro de estabilidade em quase todas as regiões pesquisadas, exceto no Rio de Janeiro, onde ocorreu um crescimento de 13,4% na desocupação. No confronto com setembro do ano passado, ocorreu variação significativa apenas na Região Metropolitana de Recife, que registrou queda de 30,1%.

Nível de ocupação fica em 54,0%

nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa), estimado em setembro de 2011 em 54,0% para o total das seis regiões, ficou estável frente a agosto, e também apresentou estabilidade em relação a setembro de 2010. Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões metropolitanas mantiveram resultados estáveis. Frente a setembro do ano passado, ocorreu variação significativa apenas no Rio de Janeiro, onde o indicador passou de 50,8% para 52,0% (1,2 ponto percentual).

Analisando o contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade econômica, de agosto para setembro de 2011, não ocorreu variação significativa em nenhum dos grupamentos nesse período. No confronto anual, ocorreram acréscimos em dois contingentes de trabalhadores: construção, 6,6% (108 mil pessoas) e serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, de 5,1% (176 mil pessoas). Os demais grupamentos não se alteraram nesse período.
Na comparação anual, rendimento médio cai em três regiões metropolitanas

rendimento médio real habitual dos trabalhadores na análise regional, em relação a agosto, caiu em Recife (5,3%), em Porto Alegre (3,2%), no Rio de Janeiro (3,2%), em Belo Horizonte (1,7%) e em São Paulo (1,0%). No mesmo período, o rendimento registrou alta em Salvador (1,5%). Na comparação com setembro de 2010, houve crescimento em Salvador (4,8%) e no Rio de Janeiro (1,3%) e declínio em Recife (8,0%), Porto Alegre (0,8%) e São Paulo (0,7%). Belo Horizonte mostrou um quadro de estabilidade.


Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a setembro de 2010 foi referente ao grupamento Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), com 6,9%.


Na análise do rendimento domiciliar per capita, houve aumento de 0,5% em comparação com setembro do ano anterior. Recife teve a maior queda (-10,2%) e o Rio de Janeiro, a maior alta (3,8%).


Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.



20.06.2.011


Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE

Base: Abril de 2011

Emprego industrial varia -0,1% em abril

Em abril de 2011, ao mostrar variação negativa de 0,1% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, o emprego industrial manteve o quadro de estabilidade já observado em março último (0,0%). Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral também apontou virtual estabilidade em abril (0,1%), praticamente repetindo os resultados dos dois últimos meses: fevereiro (0,1%) e março (0,2%). Na comparação com igual período de 2010, o total de pessoal ocupado na indústria avançou 1,7% em abril de 2011, décima quinta taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (0,8%). No índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano houve expansão de 2,4%, resultado menos acentuado do que o verificado no último quadrimestre de 2010 (3,9%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, cresceu 3,7%, mas com ligeira redução frente aos índices de fevereiro e março (ambos com 3,9%).


No confronto com abril de 2010, o emprego industrial mostrou expansão de 1,7%, com 11 dos 14 locais investigados apontando taxas positivas. Os destaques na formação da taxa global da indústria foram Paraná (5,4%), região Nordeste (3,1%) e Minas Gerais (3,4%). Na indústria paranaense, as influências positivas mais significativas vieram de alimentos e bebidas (11,7%), outros produtos da indústria de transformação (15,8%), meios de transporte (13,7%) e produtos de metal (18,3%). No setor industrial nordestino, os impactos assinalados por alimentos e bebidas (3,2%), minerais não metálicos (10,3%) e meios de transporte (24,4%) foram os mais relevantes no local. Na indústria mineira, sobressaíram os setores de meios de transporte (6,6%), de alimentos e bebidas (3,3%), de metalurgia básica (6,6%) e de produtos de metal (6,9%).

Vale citar também as contribuições positivas vindas do Rio Grande do Sul (2,7%) e da região Norte e Centro-Oeste (2,2%), impulsionados principalmente pela expansão do pessoal ocupado nos setores de alimentos e bebidas (8,7%) e de produtos de metal (12,5%), no primeiro local, e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (29,1%) e produtos de metal (28,1%) no segundo. Por outro lado, São Paulo, com ligeira variação negativa de 0,2%, apontou a principal pressão negativa no total nacional, refletindo em grande parte as perdas vindas de papel e gráfica (-19,3%) e vestuário (-11,7%).

Em termos setoriais, ainda em comparação com igual mês do ano anterior, no total do país, as contribuições positivas mais relevantes vieram de meios de transporte (8,1%), alimentos e bebidas (2,5%), produtos de metal (5,6%), máquinas e equipamentos (4,1%), metalurgia básica (8,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,2%). Por outro lado, entre os sete ramos que registraram resultados negativos, sobressaíram os impactos vindos de papel e gráfica (-9,4%), vestuário (-3,7%) e madeira (-8,6%).

No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2011, o total do pessoal ocupado na indústria foi 2,4% maior do que em igual período do ano passado, com taxas positivas em 13 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos investigados. Entre os locais, as influências mais importantes sobre a média global foram observadas na região Nordeste (3,1%), Minas Gerais (3,7%), São Paulo (1,0%), região Norte e Centro-Oeste (3,8%), Paraná (3,8%) e Rio Grande do Sul (3,3%). O único resultado negativo foi assinalado pelo Ceará (-0,1%). Em termos setoriais, no total do país, o emprego industrial avançou, principalmente, em meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%), máquinas e equipamentos (5,8%), alimentos e bebidas (1,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,5%) e metalurgia básica (8,2%), enquanto papel e gráfica (-8,4%) e vestuário (-2,8%) exerceram as principais pressões negativas.

Número de horas pagas é 0,4% menor que em março

O número de horas pagas na indústria, em abril de 2011, mostrou queda de 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após registrar 1,1% em fevereiro e -0,3% em março. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral, ao variar positivamente 0,1% entre abril e março, apontou a quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de indicador.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas assinalou crescimento de 1,2% em abril de 2011, décima quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de confronto, mas a menor desde janeiro de 2010 (0,0%). Com isso, o índice acumulado nos quatro primeiros meses de 2011 cresceu 2,2%, ritmo abaixo do verificado no fechamento do primeiro trimestre do ano (2,6%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando crescimento em abril (4,0%), mas com resultados menos intensos que os observados em fevereiro (4,5%) e março (4,3%).

No índice mensal, o número de horas pagas avançou 1,2%, com taxas positivas em 12 dos 14 locais e em 10 dos 18 ramos pesquisados. No corte setorial, as principais pressões positivas sobre o total nacional vieram de meios de transporte (7,0%), alimentos e bebidas (2,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%), máquinas e equipamentos (4,1%) e produtos de metal (4,5%). Por outro lado, entre os oito ramos que assinalaram taxas negativas, a contribuição mais relevante no cômputo geral ficou com o setor de papel e gráfica (-10,6%), vindo a seguir vestuário (-3,7%), calçados e couro (-4,5%) e madeira (-8,5%).

Entre os locais, ainda no confronto com abril 2010, Paraná (4,3%), região Norte e Centro-Oeste (3,6%), Minas Gerais (3,0%) e região Nordeste (2,1%) exerceram os impactos positivos mais significativos no resultado nacional. Na indústria paranaense, nove atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (8,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (33,3%) e outros produtos da indústria de transformação (16,0%). Na indústria da região Norte e Centro-Oeste, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (34,0%) e produtos de metal (35,4%) assinalaram as principais influências, enquanto em Minas Gerais, borracha e plástico (18,9%), indústrias extrativas (9,3%) e meios de transporte (6,0%) registraram as contribuições positivas mais importantes. Na região Nordeste as pressões mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (4,4%), minerais não metálicos (8,0%) e meios de transporte (26,4%). Por outro lado, São Paulo (-1,0%) e Ceará (-4,5%) apontaram as duas únicas taxas negativas no índice mensal, pressionados em grande parte pelas perdas verificadas nos setores de papel e gráfica (-21,1%) e vestuário (-13,2%), no primeiro local, e calçados e couro (-16,8%) no segundo.

No índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano, o número de horas pagas, ao crescer 2,2%, mostrou perda de dinamismo frente aos resultados do segundo (5,7%) e terceiro (4,1%) quadrimestres de 2010, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Na formação do índice de abril, 13 locais e 12 atividades apontaram taxas positivas. Setorialmente, os principais impactos positivos vieram de meios de transporte (7,9%), produtos de metal (7,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,2%), máquinas e equipamentos (5,6%) e alimentos e bebidas (1,8%), enquanto as indústrias de papel e gráfica (-9,3%) e vestuário (-3,0%) exerceram as influências negativas mais expressivas. Entre os locais, região Norte e Centro-Oeste (4,9%), Minas Gerais (3,9%), Paraná (3,7%), São Paulo (0,8%), região Nordeste (2,1%) e Rio Grande do Sul (2,6%) foram as que mais pressionaram positivamente a média global.

Valor da folha de pagamento real recua 0,8% em março

Em abril de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 0,8% em relação ao mês imediatamente anterior, após registrar crescimento por três meses consecutivos e acumulado expansão de 6,5%. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral mostrou acréscimo de 0,2% em abril, quarta taxa positiva seguida, acumulando ganho de 3,5% nesse período.

No confronto com iguais períodos do ano anterior o valor da folha de pagamento real cresceu 4,7% no índice mensal de abril de 2011, décima sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, e 6,1% no acumulado do primeiro quadrimestre do ano, ritmo de expansão abaixo do verificado no último quadrimestre de 2010 (8,2%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 7,5%, praticamente repetiu os resultados de fevereiro e março (ambos com 7,6%).

No confronto com abril de 2010, o valor da folha de pagamento real apresentou expansão de 4,7%, com resultados positivos nos 14 locais pesquisados. A maior influência sobre o total do país ficou com São Paulo (3,0%), apoiado em grande parte nos avanços dos setores de máquinas e equipamentos (15,4%), meios de transporte (6,9%) e borracha e plástico (16,1%). Também se destacam os impactos positivos assinalados por Minas Gerais (10,0%), impulsionado sobretudo pelos ramos de metalurgia básica (17,0%) e indústrias extrativas (18,2%); região Nordeste (7,2%), por conta de alimentos e bebidas (17,8%) e meios de transporte (28,0%); Paraná (8,5%), em função das pressões positivas vindas de meios de transporte (18,1%) e alimentos e bebidas (12,8%); e região Norte e Centro-Oeste (7,7%), influenciado pelas atividades de produtos de metal (33,2%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (21,7%).

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito setores investigados, impulsionado, principalmente, pelos resultados positivos de máquinas e equipamentos (11,8%), meios de transporte (6,8%), alimentos e bebidas (5,3%), borracha e plástico (12,2%), metalurgia básica (11,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (-11,4%), produtos químicos (-2,7%) e vestuário (-3,9%).

No índice acumulado nos quatro primeiros meses do ano, o valor da folha de pagamento real avançou 6,1%, com taxas positivas em todos os 14 locais investigados. A maior contribuição sobre a média nacional permaneceu vindo de São Paulo (4,6%), impulsionado sobretudo pelos resultados positivos vindos de meios de transporte (10,1%), máquinas e equipamentos (12,0%) e produtos químicos (5,3%). Também se destacam os resultados positivos assinalados por Minas Gerais (11,7%), Paraná (8,9%), região Nordeste (6,0%) e Rio de Janeiro (7,0%). Nestes locais, as atividades que mais influenciaram positivamente foram indústrias extrativas (18,3%) e meios de transporte (16,6%) na indústria mineira; meios de transporte (21,2%) e alimentos e bebidas (11,2%) na indústria paranaense; alimentos e bebidas (7,7%) e meios de transporte (20,4%), na região Nordeste; e indústria extrativas (10,1%) e produtos químicos (9,9%) na indústria fluminense.

Setorialmente, ainda no índice acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real avançou em treze das dezoito atividades pesquisadas, com destaque para os ganhos vindos de meios de transporte (11,3%), máquinas e equipamentos (12,1%), alimentos e bebidas (4,9%), produtos de metal (8,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,5%) e metalurgia básica (8,6%). Em sentido oposto, o setor de papel e gráfica (-8,9%) exerceu o impacto negativo mais relevante sobre o total nacional.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini


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14.06.2.011

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional – Fonte IBGE

Base: Abril de 2011
Produção industrial cai em nove dos 14 locais pesquisados

O resultado negativo (-2,1%) observado na atividade industrial nacional na passagem de março para abril, série com ajuste sazonal, foi acompanhado por nove dos 14 locais investigados, com Ceará (-6,9%), Goiás (-5,1%), São Paulo (-3,8%) e Santa Catarina (-2,6%) registrando as quedas mais acentuadas e acima da média global. Pernambuco (-2,0%), Paraná (-1,9%), região Nordeste (-1,7%), Rio Grande do Sul (-1,5%) e Minas Gerais (-1,1%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas. Entre aqueles que aumentaram a produção, os avanços mais elevados ficaram com Pará (8,4%), recuperando parte da perda de 13,1% observada nos três últimos meses, e Amazonas (5,8%), após apontar recuo de 8,8% em março último. Os demais resultados positivos foram registrados por Rio de Janeiro (2,5%), Espírito Santo (1,8%) e Bahia (0,4%).

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional/.

No confronto com abril de 2010, oito dos 14 locais mostraram queda na produção, influenciados não só pelo menor ritmo da atividade industrial nesse mês, mas também pelo efeito calendário, já que abril de 2011 teve um dia útil a menos que o mesmo mês do ano anterior. As reduções mais intensas foram observadas no Ceará (-16,2%), pressionado pela paralisação para manutenção ocorrida no setor de refino de petróleo e produção de álcool, além da menor produção nos ramos de alimentos e de calçados e artigos de couro, e em Goiás (-11,1%), por conta do recuo verificado em todos os setores investigados no estado. As demais taxas negativas foram assinaladas por Santa Catarina (-7,7%), Pernambuco (-7,4%), região Nordeste (-6,3%), Bahia (-4,1%), São Paulo (-2,3%) e Minas Gerais (-1,7%). Entre os locais que registraram avanço na produção, Espírito Santo (14,2%) e Rio de Janeiro (7,3%) apontaram os resultados mais elevados, seguidos por Amazonas (1,9%), Paraná (1,4%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Pará (0,1%).

No fechamento do primeiro quadrimestre de 2011, o setor industrial nacional avançou 1,6% frente ao mesmo período do ano anterior, com seis dos 14 locais assinalando crescimento na produção. Os resultados positivos foram observados no Espírito Santo (12,0%), único com expansão de dois dígitos, Rio de Janeiro (3,9%), Paraná (3,8%), Minas Gerais (3,0%), São Paulo (2,4%) e Rio Grande do Sul (1,4%). A maior presença de segmentos articulados à produção de bens de capital (para transporte, construção e para fins industriais) e de bens de consumo duráveis (automóveis, motos e celulares), além dos avanços nos setores extrativos, farmacêutico e de metalurgia básica, explicaram o desempenho positivo destes locais. Em sentido contrário, oito locais mostraram recuo na produção, com destaque para as perdas vindas do Ceará (-9,5%), Bahia (-7,9%), região Nordeste (-6,2%), Pernambuco (-5,5%) e Goiás (-4,0%), que apontaram as quedas mais intensas, enquanto Santa Catarina (-1,7%), Pará (-1,6%) e Amazonas (-1,4%) registraram reduções mais moderadas.

Na evolução dos índices quadrimestrais, o setor industrial mostrou redução no seu ritmo produtivo na passagem do último quadrimestre do ano passado (4,1%) para os primeiros quatro meses de 2011 (1,6%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Nos indicadores regionais esse comportamento foi observado em 12 dos 14 locais investigados, com destaque para a perda de ritmo vinda de Goiás, que passou de 15,2% no último quadrimestre de 2010 para -4,0% nos quatro primeiros meses deste ano, Pará (de 11,1% para -1,6%), Pernambuco (de 2,3% para -5,5%) e Ceará (de -2,4% para -9,5%).

No índice acumulado nos últimos doze meses, todos os locais registraram taxas positivas em abril com exceção da Bahia, que assinalou variação negativa de 0,5%. Na passagem de março para abril, a indústria nacional passou de 6,9% para 5,4%, perda de 1,5 ponto percentual entre os dois meses. Esse movimento também foi acompanhado por 13 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Goiás (de 10,4% para 7,4%), Ceará (de 3,5% para 0,9%), Amazonas (de 8,0% para 5,8%), Pernambuco (de 4,8% para 2,7%) e Minas Gerais (de 10,4% para 8,3%) que apontaram as maiores reduções.

Ricardo Bergamini
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12.06.2.011



Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes – Fonte IBGE
Ricardo Bergamini 

Base: Primeiro Trimestre de 2011


PIB cresce 1,3% em relação ao trimestre anterior e chega a R$ 939,6 bilhões

Em relação ao quarto trimestre de 2010, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do primeiro trimestre de 2011 cresceu 1,3%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária (crescimento de 3,3% no volume do valor adicionado), seguida da indústria (2,2%) e dos serviços (1,1%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, o PIB cresceu 4,2% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento dos serviços (4,0%), seguidos pela indústria (3,5%) e pela agropecuária (3,1%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2011 (12 meses), o crescimento foi de 6,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O PIB em valores correntes alcançou R$ 939,6 bilhões no primeiro trimestre.


Na comparação com o 4º trimestre de 2010, investimento volta a acelerar

Na comparação com o 4º trimestre de 2010 (em que o PIB teve aumento de 1,3%), o crescimento da indústria foi de 2,2%, com destaque para o desempenho da indústria de transformação (2,8%). Construção civil (2,0%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,7%) também cresceram; já a extrativa mineral caiu 1,5%.

No setor de serviços (1,1%), as maiores elevações foram em comércio (1,9%) e transporte, armazenagem e correio (1,7%). Os serviços de informação tiveram crescimento de 1,1%, seguidos por administração, saúde e educação públicas (0,9%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,2%). A atividade outros serviços registrou estabilidade no trimestre, enquanto intermediação financeira e seguros teve queda de 0,4%.

Em relação aos componentes da demanda interna, o destaque ficou com a formação bruta de capital fixo (FBCF ou investimento planejado), que voltou a acelerar e registrou expansão de 1,2% no primeiro trimestre de 2011 (depois de ter crescido 0,4% no trimestre imediatamente anterior).

Após apresentar crescimentos de 1,1%, 1,7% e 2,3%, respectivamente, nos últimos três trimestres de 2010, a despesa de consumo das famílias desacelerou e teve variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2011. Já a despesa de consumo da administração pública cresceu 0,8%.

Pelo lado do setor externo, tanto as exportações (-3,2%) quanto as importações de bens e serviços (-1,6%) apresentaram quedas.

Em relação ao 1º trimestre de 2010, serviços são destaque

O PIB cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2011 em relação a igual período de 2010, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 3,8%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios cresceram 6,5%.

Sob a ótica da produção, sobressaiu-se o crescimento dos serviços (4,0%). Todas as atividades de serviços registraram variações positivas, com destaque para intermediação financeira e seguros (6,4%), comércio atacadista e varejista (5,5%) e serviços de informação (5,1%). Transporte, armazenagem e correio teve expansão de 4,7%; os outros serviços (que englobam serviços prestados às empresas e às famílias, saúde e educação mercantis, serviços de alojamento e alimentação, associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação) cresceram 3,5%. Por fim, administração, saúde e educação públicas teve expansão de 2,8% e serviços imobiliários e aluguel cresceu 1,9%.

O crescimento da indústria desacelerou, passando de 4,3% no quarto trimestre de 2010 para 3,5% no primeiro trimestre de 2011, inclusive por conta da alta base de comparação do primeiro trimestre de 2010. As maiores expansões ocorreram na construção civil (5,2%) e em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,9%). Além disso, a extrativa mineral cresceu 4,0%, e a indústria de transformação, 2,4%, influenciada principalmente, pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; refino de petróleo e álcool; minerais não metálicos; e indústria automotiva (com destaque para caminhões, ônibus, outros veículos e equipamentos de transporte).

Em relação ao primeiro trimestre de 2010, a agropecuária cresceu 3,1%. O que pode ser, em grande parte, explicado por dois fatores: o aumento da produtividade e o desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no trimestre, como soja (6,3%), milho (3,0%), arroz (18,4%), algodão (69,5%) e fumo (16,3%).

Formação bruta de capital fixo cresce 8,8% em relação ao 1º trimestre de 2010

Pelo lado da demanda interna, o principal destaque em relação ao primeiro trimestre de 2010, foi a formação bruta de capital fixo, que cresceu 8,8%. Dentre os fatores que contribuem para explicar esse desempenho, destacam-se a expansão da importação e da produção interna de máquinas e equipamentos.

Nesse mesmo confronto, a despesa de consumo das famílias cresceu 5,9%, a trigésima variação positiva consecutiva. Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, estão os aumentos da massa salarial real e do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2010.

Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (4,3%) quanto as importações de bens e serviços (13,1%) apresentaram crescimento. A valorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das importações. Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para esse resultado foram máquinas e equipamentos; material elétrico; têxteis e vestuário; indústria automotiva; borracha e minerais não metálicos.

Em 12 meses PIB cresce 6,2%

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2011 cresceu 6,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, resultado da elevação de 5,6% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 10,5% nos impostos sobre produtos. Dentre as atividades econômicas, a indústria cresceu 7,4%, a agropecuária, 5,8% e os serviços, 4,9%.

Na indústria, destaca-se a extrativa mineral (12,9%), seguida pela construção civil (9,2%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (6,9%) e indústria de transformação (6,4%). Já nos serviços, as maiores elevações ocorreram nas atividades de intermediação financeira e seguros (9,8%), comércio (8,5%) e transporte, armazenagem e correio (7,1%).

Na análise da demanda, a formação bruta de capital fixo cresceu 17,1%, seguida pela despesa de consumo das famílias (6,4%) e pela despesa de consumo da administração pública (3,2%). No âmbito do setor externo, exportações (9,2%) e importações (29,2%) tiveram crescimento.

No primeiro trimestre de 2011, PIB chega a R$ R$ 939,6 bilhões

O PIB alcançou, no primeiro trimestre de 2011, R$ 939,6 bilhões, sendo R$ 795,8 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 143,8 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. A tabela abaixo mostra os valores por atividade.


A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de 18,4% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança alcançou 15,8% no primeiro trimestre de 2011, ante 15,4% no mesmo trimestre de 2010.

No resultado do primeiro trimestre de 2011, a necessidade de financiamento alcançou R$ 27,4 bilhões contra R$ 25,1 bilhões no mesmo período do ano anterior. A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 921,7 bilhões contra R$ 821,8 bilhões em igual período do ano anterior; e, nessa mesma comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 148,9 bilhões, contra R$ 128,9 bilhões em 2010.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
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10.06.2.011



Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil – Fonte IBGE

Base: Abril de 2011


Produção industrial cai 2,1% em abril


A produção industrial apontou queda de 2,1% na passagem de março para abril de 2011, descontadas as influências sazonais, após acumular ganho de 3,3% nos últimos três meses de crescimento. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor também mostrou redução na produção (-1,3%), segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e teve perfil generalizado de queda entre os setores e categorias de uso pesquisados. Com isso, o índice acumulado para o primeiro quadrimestre do ano ficou em 1,6%, ritmo abaixo do fechamento do primeiro trimestre do ano (2,6%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória descendente desde outubro do ano passado (11,8%), recuou 1,5 ponto percentual na passagem de março (6,9%) para abril (5,4%) e assinalou o resultado positivo menos intenso desde junho de 2010.

A queda de 2,1% da atividade industrial entre março e abril teve 13 dos 27 ramos pesquisados apontando redução na produção, com destaque para a perda vinda de máquinas e equipamentos, que recuou 5,4% em abril, após quatro meses de crescimento, período em que acumulou ganho de 4,9%. Outras influências negativas relevantes sobre o total da indústria vieram dos ramos de produtos de metal (-9,3%), veículos automotores (-2,8%), alimentos (-2,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,4%). Entre as atividades que aumentaram a produção, os desempenhos de maior importância para o resultado global foram farmacêutica (3,3%), indústrias extrativas (2,5%), fumo (20,6%), metalurgia básica (1,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (6,6%) e outros produtos químicos (1,1%).

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês anterior, observaram-se taxas negativas em todos os segmentos, com bens de consumo duráveis (-10,1%) tendo a queda mais acentuada nesse mês, o que eliminou o avanço de 4,5% registrado em março. O setor de bens de capital, ao recuar 2,9%, mostrou redução acima da média da indústria (-2,1%), após avançar 7,7% nos últimos três meses. Os segmentos produtores de bens de consumo semi e não duráveis (-1,5%) e de bens intermediários (-0,6%) também apontaram índices negativos, com o primeiro devolvendo parte dos 2,8% acumulados no período março/2011-dezembro/2010, e o segundo acumulando perda de 0,7% nos últimos dois meses.

Produção industrial recua 1,3% na comparação com abril do ano passado

A produção industrial registrou queda de 1,3% na comparação com abril de 2010, praticamente repetindo a queda assinalada em março último (-1,4%). Nos dois últimos meses, o número de dias úteis foi menor frente a igual mês do ano anterior: março (menos dois dias) e abril (menos um dia). O índice de abril foi pressionado negativamente pelo recuo em três das quatro categorias de uso, 16 dos 27 ramos, 44 dos 76 subsetores e 52% dos 755 produtos pesquisados. Entre os setores, as maiores influências negativas sobre a taxa global vieram, por ordem de importância, de alimentos (-8,2%), máquinas e equipamentos (-5,8%), têxtil (-15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) e produtos de metal (-5,8%). Entre esses ramos, os itens de maior destaque foram, respectivamente, açúcar cristal e carnes e miudezas de aves; refrigeradores, congeladores e fornos microondas; roupas de banho e tecidos de algodão e de malha de algodão; transformadores; álcool etílico e naftas para petroquímica; e partes e peças para bens de capital e fechaduras. Por outro lado, os impactos positivos mais relevantes sobre a média geral vieram da indústria farmacêutica (17,6%) e de outros equipamentos de transporte (9,7%), impulsionados pela maior fabricação de medicamentos no primeiro ramo, e de aviões e motocicletas no segundo.

Entre as categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano passado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-5,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-2,0%) assinalaram as quedas mais elevadas em abril de 2011, ambos apontando a segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação. A produção de bens intermediários (-0,8%) registrou recuo menos intenso que a média nacional (-1,3%), enquanto o setor de bens de capital, com variação de 0,1%, mostrou o único resultado positivo nesse mês.

O segmento de bens de consumo duráveis apontou a maior redução entre as categorias de uso, pressionado em grande parte pelos recuos na fabricação de automóveis (-9,8%), eletrodomésticos (-12,9%), tanto os da “linha branca” (-11,3%) como os da “linha marrom” (-18,6%), e artigos do mobiliário (-2,6%). Nessa categoria de uso, os principais resultados positivos vieram da maior fabricação de telefones celulares (16,7%) e de motocicletas (19,1%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis também mostrou queda acima da média global (-1,3%) e foi negativamente influenciada pelos recuos nos grupamentos de semiduráveis (-10,1%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,6%) e carburantes (-8,0%), explicados principalmente pela menor produção dos itens roupas de banho de algodão e calçados de plástico e couro; carnes e miudezas de aves, cervejas e chope; e álcool. O subsetor de outros não duráveis (3,2%) assinalou o único impacto positivo nessa categoria de uso, impulsionado em grande parte pela maior fabricação de livros e medicamentos.

O setor de bens intermediários (-0,8%) também teve menor produção no confronto com abril de 2010, pressionado em grande parte pelos resultados negativos observados nos produtos associados às atividades de alimentos (-19,4%), têxtil (-12,9%), outros produtos químicos (-2,7%), produtos de metal (-8,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,2%), enquanto os principais impactos positivos foram verificados em metalurgia básica (3,0%), celulose e papel (4,9%), minerais não metálicos (4,0%) e veículos automotores (4,5%). Nessa categoria de uso, vale citar os resultados negativos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (-1,9%), que assinalou a segunda taxa negativa consecutiva, e de embalagens (-0,2%), que interrompeu 18 meses de expansão nesse tipo de comparação.

O segmento de bens de capital foi o único que registrou resultado positivo no índice mensal (0,1%) e foi influenciado positivamente pelos avanços em bens de capital para equipamentos de transporte (7,0%) e bens de capital para construção (12,1%), uma vez que os demais subsetores apontaram queda na produção: bens de capital para energia elétrica (-22,8%), para uso misto (-3,5%), agrícolas (-16,0%) e para fins industriais (-2,0%).

Produção cresce em 18 das 27 atividades no índice acumulado no ano

No índice acumulado dos quatro primeiros meses do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço foi de 1,6%, com a maior parte (18) dos 27 ramos industriais e todas as categorias de uso apontando expansão na produção. Entre as atividades, veículos automotores, com acréscimo de 7,2%, manteve a liderança em termos de contribuição positiva sobre o índice geral, impulsionado pelos resultados positivos da maior parte dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 83%). Vale citar também os avanços assinalados na indústria farmacêutica (8,1%), outros equipamentos de transporte (12,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (22,8%), minerais não metálicos (4,4%), indústrias extrativas (2,8%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,9%). Em termos de produtos, os destaques nessas atividades foram: caminhões, veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator e automóveis; medicamentos; aviões e motocicletas; relógios; ladrilhos e placas de cerâmica e cimentos “portland”; minérios de ferro; gasolina e óleo diesel; e aparelhos carregadoras-transportadoras e motoniveladores. Por outro lado, os ramos de produtos têxteis (-11,6%), outros produtos químicos (-3,9%), alimentos (-1,4%) e bebidas (-3,0%) exerceram as principais pressões negativas sobre a média global, influenciados em grande parte pelos itens roupas de banho e tecidos de algodão; herbicidas para uso na agricultura; açúcar cristal e sucos concentrados de laranja; e preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas.

Entre as categorias de uso, ainda no índice acumulado do primeiro quadrimestre do ano, o segmento de bens de capital (6,2%) prosseguiu com a taxa mais elevada, seguido por bens de consumo duráveis (2,3%), ambos com expansão acima da média nacional (1,6%). O setor de bens intermediários apontou crescimento de 1,1% nos quatro primeiros meses de 2011, enquanto bens de consumo semi e não duráveis assinalou ligeira variação positiva (0,1%).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.


Ricardo Bergamini
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02.06.2.011


Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Base: Abril de 2011


Em abril, desocupação foi de 6,4%



taxa de desocupação foi estimada em 6,4%, a menor taxa para um mês de abril desde a reformulação da pesquisa em 2002 e considerada estável em relação a março (6,5%). Frente a abril do ano passado, a taxa diminuiu 0,9 ponto percentual. A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) ficou estável em relação ao mês anterior. Frente a abril do ano passado, apresentou queda de 10,1% (menos 173 mil pessoas nessa condição). A população ocupada (22,3 milhões) ficou estável em comparação com março. No confronto com abril de 2010, ocorreu elevação de 2,3% nessa estimativa, representando um adicional de 492 mil ocupados em doze meses. O número detrabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) não apresentou variação significativa em relação a março. Na comparação com abril de 2010, houve aumento de 6,8%, representando um adicional de 686 mil postos de trabalho com carteira assinada. O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.540,00) apresentou recuo de 1,8% na comparação mensal e aumento de 1,8% frente a abril do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 34,7 bilhões) ficou 1,7% abaixo da registrada em março e cresceu 4,3% em relação a abril de 2010. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 34,5 bilhões) estimada em março de 2011decresceu 1,6% no mês e cresceu 4,1% no ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página:


Desocupação permanece estável nas seis regiões pesquisadas

Regionalmente, a taxa de desocupação não registrou variação significativa em nenhuma das regiões metropolitanas quando comparada com março de 2011. Frente a abril de 2010, foram registradas quedas em Recife (1,6 ponto percentual), no Rio de Janeiro (1,1 ponto percentual) e em Porto Alegre (0,8 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões.


Frente a abril do ano passado, o número de desocupados apresentou variação significativa nas Regiões Metropolitanas de Recife e do Rio de Janeiro, com quedas de 16,2% e 18,0%, respectivamente. Em relação a março último não se observou variação nessa estimativa em nenhuma das regiões pesquisadas.

Nível de ocupação fica em 53,4%

Considerando o nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) estimado em abril de 2011 em 53,4% no total das seis regiões, verificou-se que esta estimativa não variou em relação a março último, mas registrou elevação de 0,5 ponto percentual na comparação com abril de 2010. Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões mantiveram estabilidade nesse indicador. Frente a abril de 2010, ocorreu variação significativa apenas em Porto Alegre (alta de 2,6 pontos percentuais).

A análise da ocupação, segundo os grupamentos de atividade, mostrou que, de março para abril, todos os grupamentos permaneceram estáveis. No confronto anual, houve acréscimo no contingente de trabalhadores dosServiços prestados à empresasaluguéisatividades imobiliárias e intermediação financeira, 5,6%, e nos Outros serviços (alojamento, alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, culturais e desportivas e serviços pessoais), 5,4%.

Na comparação anual, rendimento médio aumenta em cinco das seis regiões

rendimento médio real habitual dos trabalhadores na análise regional, em relação a março caiu 4,1% em Recife, 0,6% em Belo Horizonte, 3,3% no Rio de Janeiro e 1,9% em São Paulo. Apresentou alta de 3,0% em Salvador e de 0,6% em Porto Alegre. Na comparação com abril de 2010, houve crescimento em Recife, 6,3%, Salvador, 2,0%, Belo Horizonte, 5,8%, Rio de Janeiro, 4,3% e em Porto Alegre, 2,3%. Em São Paulo o rendimento apresentou queda de 1,0%.


Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a abril de 2010 foi no referente a Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,7%).


Na análise do rendimento domiciliar per capita, houve aumento de 3,3% em comparação com abril do ano anterior, com destaque para Belo Horizonte (10,5%).




Ricardo Bergamini
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22.05.2011

Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário – Fonte IBGE

Base: Março de 2011


Emprego industrial fica estável em março

Em março de 2011, o emprego industrial mostrou quadro de estabilidade (0,0%) na passagem de fevereiro para março, após avançar 0,5% no mês anterior. Contudo, o índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, após apontar variação de 0,1% em fevereiro e ficar estável de outubro a janeiro. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o pessoal ocupado na indústria cresceu 0,3% nos três primeiros meses de 2011, sétimo trimestre consecutivo de expansão, acumulando nesse período ganho de 5,7%. Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, os índices mensal (que assinalou o décimo quarto mês seguido de expansão) e acumulado no primeiro trimestre do ano permaneceram com resultados positivos, mas com clara redução na intensidade do crescimento, refletindo em grande parte a elevação da base de comparação.


Frente a março de 2010, o emprego industrial avançou 2,2%, décima quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (0,8%). No fechamento do primeiro trimestre do ano observou-se expansão de 2,6% no confronto com igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando crescimento (3,9%), mas repetiu o resultado de fevereiro.

A expansão de 2,2% no índice mensal de março de 2011 mostrou perfil generalizado de crescimento, com doze dos quatorze locais e treze dos dezoito setores investigados ampliando as contratações. Entre os locais, as principais contribuições positivas para o resultado global vieram da região Nordeste (3,8%), região Norte e Centro-Oeste (4,1%), Rio Grande do Sul (3,7%), Paraná (4,2%) e Minas Gerais (2,7%). Na região Nordeste, os ramos que mais contribuíram para a expansão do emprego industrial foram alimentos e bebidas (5,6%), minerais não metálicos(8,9%) e vestuário (4,7%). Na região Norte e Centro-Oeste sobressaíram os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (28,6%) e de produtos de metal (32,3%), enquanto na indústria gaúcha, destacaram-se positivamente alimentos e bebidas (8,5%), produtos de metal (15,6%), máquinas e equipamentos(7,8%) e meios de transporte (7,9%). Nas indústrias paranaense e mineira, os impactos mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (7,9%), produtos de metal (20,6%) e meios de transporte (13,1%), no primeiro local, e de meios de transporte (7,7%) e produtos de metal (6,9%), no segundo.

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os destaques ficaram com os ramos de meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%), alimentos e bebidas (2,4%), máquinas e equipamentos (5,2%),máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), metalurgia básica (7,7%) e outros produtos da indústria de transformação (5,3%). Por outro lado, as pressões negativas mais importantes sobre o total da indústria neste mês ficaram com papel e gráfica (-8,5%), vestuário (-3,8%) e madeira (-7,6%).

No fechamento do primeiro trimestre do ano, o emprego industrial assinalou expansão de 2,6%, com treze locais e doze ramos ampliando o contingente de trabalhadores. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes vieram de meios de transporte (8,3%), produtos de metal (8,3%), máquinas e equipamentos (6,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,9%), alimentos e bebidas (1,7%) e metalurgia básica (8,3%), enquanto papel e gráfica (-8,0%), vestuário (-2,8%) e madeira (-5,7%) exerceram os principais impactos negativos. No corte regional, os destaques positivos ficaram com São Paulo (1,5%), região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (3,7%), região Norte e Centro-Oeste (4,4%), Rio Grande do Sul (3,6%), Paraná (3,1%) e Santa Catarina (2,7%). Por outro lado, Ceará, ao ficar estável frente ao primeiro trimestre do ano passado, foi o único local que não apontou crescimento no total do pessoal ocupado.

O emprego industrial mostrou crescimento de 2,6% no primeiro trimestre de 2011, após também registrar taxas positivas em todos os trimestres do ano passado (0,7%, 4,2%, 5,1% e 3,6%), todas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. O movimento de redução no ritmo das contratações entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano teve perfil disseminado, atingindo dezesseis setores e doze locais, com destaque para: fumo (de –5,8% para –14,9%), borracha e plástico (de 8,5% para 3,8%), calçados e couro (de 2,9% para –0,4%),máquinas e equipamentos (de 9,6% para 6,4%), madeira (de -2,8% para –5,7%) e metalurgia básica (de 11,0% para 8,3%), entre os ramos; e Espírito Santo (de 5,5% para 1,1%), Ceará (de 3,3% para 0,0%), Rio de Janeiro (de 6,3% para 3,0%), Pernambuco (de 5,3% para 2,3%) e Bahia (de 6,6% para 4,2%), entre as áreas investigadas.

Número de horas pagas é 0,3% menor que em fevereiro

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em março de 2011 apontou variação negativa de 0,3% frente a fevereiro, na série livre de influências sazonais, após acumular ganho de 1,7% nos últimos quatro meses. Com isso, o índice de média móvel trimestral avançou 0,2% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em novembro último. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas cresceu 0,9% no primeiro trimestre do ano, após mostrar variação negativa de 0,2% no quarto trimestre de 2010.

O confronto com igual mês do ano anterior registrou aumento de 1,7% em março de 2011, décima quarta taxa positiva consecutiva, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (1,7%). O indicador acumulado no primeiro trimestre do ano também ficou positivo (2,6%). A taxa anualizada, o índice acumulado nos últimos doze meses, mostrou crescimento de 4,3% em março, mas com ligeira redução no ritmo frente ao resultado de fevereiro (4,5%).

O número de horas pagas no setor industrial, segundo o índice mensal de março de 2011, assinalou crescimento de 1,7%, com treze dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados apontando taxas positivas. Em termos setoriais, as maiores influências positivas vieram de meios de transporte (7,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,9%), alimentos e bebidas (2,3%), produtos de metal (6,5%), máquinas e equipamentos (5,3%) e metalurgia básica (7,4%). Em sentido contrário, os ramos de papel e gráfica (-9,7%),vestuário (-3,9%) e madeira (-7,6%) exerceram as principais contribuições negativas de março.

Ainda na comparação com março de 2010, os locais com os maiores impactos positivos foram observados na região Norte e Centro-Oeste (4,7%), Minas Gerais (3,2%), região Nordeste (2,4%), Rio Grande do Sul (2,7%) e Paraná (2,9%). Na região Norte e Centro-Oeste, quatorze segmentos aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,3%), produtos de metal (38,6%) eminerais não metálicos (7,4%). Em Minas Gerais sobressaíram os aumentos registrados por meios de transporte(8,0%), borracha e plástico (21,0%) e indústrias extrativas (9,8%). Na região Nordeste e no Rio Grande do Sul, o total do número de horas pagas foi impulsionado principalmente pelo avanço observado no setor de alimentos e bebidas, com expansão de 6,4% no primeiro local, e de 9,3% no segundo. Já na indústria paranaense, os impactos positivos mais relevantes sobre o total global vieram de produtos de metal (25,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (24,3%) e alimentos e bebidas (3,0%).

O índice acumulado no primeiro trimestre de 2011 avançou 2,6%, com perfil generalizado de crescimento que atingiu treze das quatorze áreas e doze das dezoito atividades. Entre os locais, os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,4%), região Norte e Centro-Oeste (5,3%), Minas Gerais (4,1%), região Nordeste (2,1%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Paraná (3,2%), enquanto a única influência negativa foi observada no Ceará (-2,3%). No corte setorial, os principais aumentos no número de horas pagas ocorreram em meios de transporte(8,2%), produtos de metal (8,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,7%), máquinas e equipamentos (6,1%), alimentos e bebidas (1,5%), metalurgia básica (8,5%) e minerais não metálicos (5,1%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (-8,9%) e de vestuário (-3,1%).

Em bases trimestrais, após manter taxas positivas em todos os quatro trimestres de 2010 (1,8%, 5,2%, 5,6% e 3,8%), observou-se o quinto avanço consecutivo no número de horas pagas com a expansão de 2,6% assinalada no primeiro trimestre de 2011, todas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. A perda de dinamismo entre o quarto trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011 no número de horas pagas foi acompanhada por quinze setores e treze locais. Entre as atividades, as maiores perdas de ritmo entre os dois períodos foram registradas em máquinas e equipamentos, que passou de 11,9% para 6,1%, metalurgia básica (de 14,5% para 8,5%) e calçados e couro (de 1,8% para –1,3%), enquanto, entre os locais, Pernambuco (de 5,8% para 2,1%), Espírito Santo (de 6,9% para 3,4%), Rio de Janeiro (de 5,5% para 2,6%), Bahia (de 6,6% para 4,0%) e Santa Catarina (de 4,3% para 2,3%) foram os que mais desaceleraram entre os dois períodos.

Valor da folha de pagamento real cresce 0,5% em março

Em março de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa positiva seguida, acumulando nesse período ganho de 6,6%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral avançou 2,1% entre fevereiro e março, acelerando o ritmo frente aos dois últimos meses: 0,2% em janeiro e 0,9% em fevereiro. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou expansão de 3,3% no primeiro trimestre de 2011 e reverteu a queda de 1,5% observada no último trimestre do ano passado.

No confronto com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,9% em relação a março de 2010 e 6,7% no acumulado dos três primeiros meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, apontou expansão de 7,6% em março de 2011, repetindo o crescimento observado em fevereiro. Vale destacar que esse resultado é o mais elevado desde abril de 2005 (7,7%).

No índice mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,9% em março de 2011, com taxas positivas em todos os quatorze locais pesquisados. A maior influência sobre o total nacional ficou com São Paulo (4,4%), impulsionado em grande parte pelo aumento na folha de pagamento real dos setores de meios de transporte(14,7%), de máquinas e equipamentos (9,7%) e de produtos químicos (11,3%). Vale citar também os impactos vindos de Minas Gerais (9,0%), explicado principalmente pelos resultados positivos dos ramos de metalurgia básica (22,5%), indústrias extrativas (19,7%) e meios de transporte (7,2%); Paraná (10,5%), por conta de meios de transporte (27,1%), alimentos e bebidas (18,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações(30,8%); e região Nordeste (7,9%), apoiado na expansão de alimentos e bebidas (9,9%), meios de transporte(39,7%), por conta do pagamento de adiantamento do décimo terceiro salário e participação nos lucros, e produtos químicos (17,4%).

Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito setores pesquisados, com destaque para meios de transporte (14,0%), máquinas e equipamentos (10,0%), alimentos e bebidas (4,9%), produtos químicos (9,0%) e metalurgia básica (12,9%). Por outro lado, o setor de papel e gráfica (-13,7%) foi o que assinalou a principal pressão negativa.

O índice acumulado no fechamento do primeiro trimestre do ano avançou 6,7%, com expansão do valor da folha de pagamento real em todos os locais investigados. Os maiores impactos sobre o total da indústria vieram de São Paulo (5,2%), Minas Gerais (12,2%), Rio de Janeiro (8,4%), Paraná (8,9%), Rio Grande do Sul (6,7%) e região Nordeste (5,5%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram para seus avanços foram, respectivamente,meios de transporte (11,2%) e máquinas e equipamentos (10,8%); meios de transporte (19,8%) e indústrias extrativas (18,8%); indústrias extrativas (10,4%) e meios de transporte (11,5%); meios de transporte (22,3%) ealimentos e bebidas (10,6%); máquinas e equipamentos (16,0%) e meios de transporte (11,9%); e alimentos e bebidas (5,0%), produtos químicos (8,7%) e meios de transporte (18,0%).

Em termos setoriais, no total do país, quatorze atividades aumentaram o valor da folha de pagamento real, com destaque para meios de transporte (12,7%), máquinas e equipamentos (12,3%), alimentos e bebidas (4,8%),produtos químicos (8,7%), produtos de metal (10,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações(8,0%) e indústrias extrativas (7,5%), que exibiram as maiores contribuições positivas. Em sentido oposto, a influência negativa mais relevante sobre a média global foi observada em papel e gráfica (-8,1%).

Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real reduziu o ritmo de crescimento na passagem do quarto trimestre de 2010 (7,9%) para o primeiro trimestre de 2011 (6,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esta perda de dinamismo foi observada em treze dos dezoito ramos e em onze dos quatorze locais pesquisados. Entre os setores, sobressaíram as reduções vindas de papel e gráfica, cujo resultado passou de –1,1% para -8,1%, indústrias extrativas (de 18,3% para 7,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 12,5% para 8,0%) e borracha e plástico (de 10,8% para 6,4%), enquanto Pernambuco (de 13,9% para 8,6%), Ceará (de 8,5% para 3,4%) e Rio Grande do Sul (de 11,3% para 6,7%) apontaram as principais reduções entre os locais.

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Ricardo Bergamini



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21.05.2.011



Capitais Brasileiros no Exterior - Fonte BCB


Base: Ano de 2009


US$ Bilhões
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
68,6
72,3
82,7
93,2
111,7
152,2
190,2
204,0
214,0

 I – Introdução

A pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) é realizada anualmente, desde o ano-base 2001, pelo Banco Central do Brasil. Seu objetivo é o de mensurar os estoques de ativos no exterior detidos por residentes na economia brasileira na posição de 31 de dezembro de cada ano. A declaração é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que detinham ativos no exterior, ao fim de cada ano-base, em montante igual ou superior a US$100 mil.

Os resultados do CBE permitem completar a contabilidade do total de ativos externos do Brasil, possibilitando, em conjunto com os passivos externos, a aferição da Posição Internacional de Investimentos (PII) que, integrada com o balanço de pagamentos, constituem as estatísticas fundamentais para a análise do setor externo da economia brasileira. Tais informações fazem parte do conjunto de dados obrigatórios para os países participantes do Padrão Especial de Disseminação de Dados (PEDD), iniciativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ampliar a divulgação e transparência das estatísticas econômicas, que conta, em 2011, com 68 países participantes. Adicionalmente, os dados obtidos pelo CBE permitem ao país participar da Pesquisa Coordenada sobre Investimentos em Portfólio (Coordinated Portfolio Investment Survey, CPIS), da Pesquisa Coordenada sobre Investimentos Diretos (Coordinated Direct Investment Survey, CDIS), ambas anuais e realizadas pelo FMI, visando apurar os estoques globais de investimentos diretos e em carteira, bem como sua distribuição por país investido.

II – Resultados do CBE – Ano-base 2009

O CBE apurou ativos totais de US$214 bilhões para o ano-base 2009, representando expansão de 4,9% em relação aos valores revisados referentes a 2008, US$204 bilhões. Desse total, destaquem-se os investimentos brasileiros diretos no exterior (IBD), que atingiram US$164,5 bilhões, crescimento de 5,7% em relação ao ano anterior, revisto para US$155,7 bilhões. Os outros investimentos registraram US$32,6 bilhões, enquanto os investimentos em carteira 2 somaram US$16,5 bilhões, e os derivativos, US$426 milhões, com variações anuais respectivas de -3,9%, 19,1% e -30%.

Para o ano-base 2009, o CBE registrou 16.924 declarações, o que representou aumentos de 5,1% em relação ao ano anterior e de 45,2% na comparação com a primeira pesquisa, em 2001. O CBE 2009 registrou 14.990 declarações de pessoas físicas e 1.934 de pessoas jurídicas. Em relação ao volume de ativos declarados, as pessoas jurídicas responderam por US$172,2 bilhões, 80,5% do total, enquanto as declarações de pessoas físicas totalizaram US$41,8 bilhões.

O estoque de IBD, US$164,5 bilhões em 2009, manteve a trajetória de expansão observada em todas as edições do CBE. A comparação com a primeira apuração do CBE, em 2001, mostra que o IBD, que naquele ano totalizara US$49,7 bilhões, mais que triplicou, evidenciando a solidez desta trajetória bem como a robusta e acelerada internacionalização das empresas de capital brasileiro.

Em 2009, a participação direta de residentes no capital de empresas no exterior, parcela do IBD que reflete a efetiva participação do investidor na gestão do empreendimento, somou US$132,4 bilhões, crescimento de 16,4% na comparação com o valor apurado para o ano anterior. As participações no capital corresponderam a 80,5% do IBD no ano, comparativamente a 73,1% em 2008. A maior parte dos ativos dessa natureza é de propriedade de investidores de grande porte. Do total do estoque de IBD – participação no capital, US$84,5 bilhões, equivalentes a 63,8% do total apurado na data-base, referem-se a ativos de residentes que possuem acima de US$1 bilhão investido no exterior. Da mesma maneira, as empresas investidas no exterior também são, em sua maioria, de grande porte, com os investimentos individuais em montante superior a US$1 bilhão totalizando US$69 bilhões, 52,1% do total.

O IBD – participação no capital concentrou-se em atividades de extração de minerais metálicos, 30,2% do total, e em serviços financeiros e atividades auxiliares, 38,8%. Relativamente à distribuição geográfica desses investimentos no exterior, destaque-se a Áustria, país no qual foram investidos 27,4% do estoque total. Os paraísos fiscais permanecem como importante destino do IBD, ressaltando as Ilhas Cayman, 13,8%; Ilhas 3 Virgens Britânicas, 10,1%; e Ilhas Bahamas, 7,8%. Em seguida, os ativos nos Estados Unidos, 7,5%; Dinamarca, 7,3% e Espanha, 4%.

As operações intercompanhias – que juntamente com a participação no capital compõem o total do IBD e que compreendem os créditos concedidos a subsidiárias e filiais no exterior na forma de empréstimos e financiamentos de bens e serviços e compra de títulos emitidos por essas coligadas – sofreram retração anual de 23,4%, e atingiram US$32,1 bilhões ao final de 2009, dos quais US$28,6 bilhões em operações de longo prazo e US$3,5 bilhões a curto prazo. A maioria absoluta dessas operações está destinada às Ilhas Cayman, US$27,3 bilhões. Na análise setorial, destacam-se os setores de extração de petróleo e gás natural, US$27 bilhões, e o de empresas holdings não-financeiras, US$2 bilhões.

Os investimentos brasileiros em carteira no exterior totalizaram US$16,5 bilhões, incremento de 19,1% em relação a 2008. Desse estoque total, os investimentos em ações somaram US$8,6 bilhões, elevação de 79% na comparação com a posição no ano anterior, dos quais os Brazilian Depositary Receipts (BDR) representaram US$2,9 bilhões. Em relação à distribuição geográfica desses investimentos, Bermudas ultrapassou os Estados Unidos no ano-base 2009, respondendo por 32,6% do investimento em ações. Estados Unidos, Ilhas Cayman e Bahamas foram os outros principais destinos, com participações respectivas de 22,7%, 9,8% e 9,8%.

Os investimentos brasileiros no exterior em títulos de renda fixa atingiram estoque de US$7,9 bilhões em 2009, composto por US$5,3 bilhões em papéis de longo prazo e US$2,6 bilhões de curto prazo, redução de 12,9% na comparação com o saldo total apurado para 2008. Em relação aos títulos de renda fixa de longo prazo, o principal destino do investimento brasileiro foi a Dinamarca, 29,6%, seguido de Coréia do Sul, Espanha e Estados Unidos, respectivamente, 17,2%, 17,1% e 14%. Os investimentos brasileiros em papéis de curto prazo concentram-se nas Ilhas Cayman, 34,2%, e Estados Unidos, 27,6%.

Os outros investimentos totalizaram US$32,6 bilhões em 2009, retração de 3,9% comparativamente ao ano anterior. Os recursos mantidos no exterior na forma de moeda estrangeira e, sobretudo, de depósitos, acumularam US$23 bilhões, correspondendo a 70,6% desse total. Os depósitos situaram-se principalmente nos Estados Unidos, 46,7%, seguido das Ilhas Cayman, 14,3%. Os empréstimos a não residentes, excetuados os créditos entre 4 empresas ligadas, somaram US$3,1 bilhões, dos quais US$126 milhões de curto prazo e US$3 bilhões de longo prazo. Os outros ativos no exterior somavam US$6,4 bilhões.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini
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21.05.2.011



Pesquisa Mensal de Comércio - Fonte IBGE

Base: Março de 2011


Em março, vendas no varejo aumentam 1,2%


Em março, o comércio varejista registrou alta de 1,2% no volume de vendas e de 1,4% na receita nominal, ambas com relação ao mês anterior, ajustadas sazonalmente. Para o volume e receita de vendas, tais resultados apresentam uma melhora em relação às taxas do mês anterior. Nas demais comparações, obtidas das séries sem ajuste, o varejo obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 4,1% sobre março do ano anterior, 6,9% no acumulado do trimestre e 9,5% no acumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 8,5%, 11,6% e de 13,5%, respectivamente.

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Entre atividades, oito têm variação positiva

Em março, oito das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos: veículos e motos, partes e peças(3,8%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%); material de construção (2,7%);móveis e eletrodomésticos (1,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%); tecidos, vestuário e calçados (1,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%); combustíveis e lubrificantes (-0,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (–0,1%).

Na comparação com março de 2010 (série sem ajuste), todas as atividades cresceram. Por ordem de importância, as variações foram: móveis e eletrodomésticos (11,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (18,2%); tecidos, vestuário e calçados (5,6%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,5%);combustíveis e lubrificantes (2,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%); livros, jornais, revistas e papelaria (0,1%).

Móveis e eletrodomésticos, com variação de 11,1% no volume de vendas em relação a março do ano passado, registrou o principal impacto na formação da taxa do varejo (45%). Este resultado, ainda que reflita as condições favoráveis da economia, teve crescimento inferior às taxas dos últimos meses, o que pode indicar efeitos da política macroprudencial do governo. No acumulado do trimestre a taxa foi de 16,8% e nos últimos 12 meses, de 17,2%.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 1,5% no volume de vendas na comparação com março de 2010, foi responsável pela segunda maior contribuição (18%). Em termos acumulados, a taxa para os primeiros três meses do ano foi de 2,8% e, para os últimos 12 meses, de 6,6%. Pelo terceiro mês consecutivo o setor não proporcionou a principal contribuição à taxa global, refletindo, possivelmente, uma retração de demanda provocada pelo aumento dos preços dos alimentos.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicaçãoresponsável pelo terceiro maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas da ordem e 18,2% na comparação com março do ano passado, taxa acumulada no ano de 13,9%, e, nos últimos 12 meses, 20,6%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero (-14,7% nos últimos 12 meses para o subitem microcomputador no IPCA) e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

Varejo ampliado cresceu 1,7%

comércio varejista ampliado, que inclui varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e dematerial de construção, registrou, em relação ao mês anterior (com ajuste sazonal), crescimento tanto para o volume de vendas quanto para a receita nominal, com 1,7% e 2,5%, respectivamente. Comparado com março de 2010 (sem ajuste sazonal), as variações foram de –2,5% para o volume de vendas e de 0,8% para a receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 7,1% e 10,2% para o volume e 10,3% e 13,4% para a receita nominal de vendas, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou alta 3,8% em relação a fevereiro, compensando, assim, o quadro negativo dos dois meses anteriores. Este resultado, por conseguinte, vem de encontro às medidas macroprudenciais do governo (para frear o consumo), tomadas em dezembro de 2010. Comparando com março do anterior, a variação foi de -12,8%, sendo o primeiro resultado negativo dos últimos seis meses, provocado provavelmente por um efeito base. Em termos de acumulados, as variações foram: 6,4% no trimestre e 10,7% nos últimos 12 meses. Quanto a material de construção, as variações para o volume de vendas foram de 2,7% sobre o mês anterior, de 6,4% em relação a março de 2010 e de 13,6% e 15,3% nos acumulados do trimestre e dos últimos 12 meses, respectivamente.


Na comparação com março de 2010, 20 das 27 UFs tiveram resultados positivos

Vinte das 27 unidades da federação apresentaram resultados positivos na comparação março11/março10 no que tange ao volume de vendas. Os destaques foram: Tocantins (16,5%); Roraima (14,6%); Paraíba (11,0%); Maranhão (10,3); e Ceará (10,0%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, sobressaíram: São Paulo (4,7%); Minas Gerais (8,5%); Rio de Janeiro (4,2%); Ceará (10,0%) e Rio Grande do Sul (2,1%).