Carminha Fortuna*
Ano que vem temos eleições, e o melhor de tudo, é começar a se preparar desde já: escolher com consciência, ver antecedentes, precedentes, e todos os "entes", incluindo parentes daqueles que querem governar a nossa vida.
Por isso, lembrei-me de uma síndrome que acomete muitos eleitos: o metamorvoto.É isso mesmo! O metamorvoto acontece em todas as eleições. Posso dar mil exemplos, posso citar mil pessoas e ainda é pouco.
Vou antes de tudo explicar que significa este neologismo político-frustrador-engabelativo: quando chega a época das eleições acontece um fenômeno estranho com os candidatos, principalmente depois que saem os resultados, os eleitos se transformam e os não eleitos somem por aproximadamente um ano e meio. Para os que somem, não posso dizer que tipo de transformação eles passam, mas os que são eleitos sofrem um grande metamorvoto.
Fiz uma vasta pesquisa e descobri que pouquíssimos conseguem fugir desta síndrome, altamente contagiosa e aparentemente sem vacina ou tratamento. Então procurei pessoas que foram contagiadas por esta síndrome, ninguém quis falar sobre o assunto, segundo especialistas, mesmo com o diagnóstico confirmado, os pacientes não aceitam nem assumem a doença.
Antes que me esqueça, são tantos os sintomas que só os especialistas conseguem diagnosticar com precisão a “Síndrome do Metomorvoto”.
Então, em minha pesquisa, procurei pessoas vítimas do ataque destes enfermos, ops, esqueci de dizer que entre os sintomas, os piores de todos são a compulsão ao esquecimento, à ambição e a síndrome da autoridade constituída (popularmente conhecida por “subiu no tijolo e já quer fazer discurso”).Nesta pesquisa descobri frases célebres que reproduzo aqui:– Votei num terapeuta e elegi um político!– Pensei que estava votando num um operário e elegi um viajante!– Esperei que um sociólogo pudesse dar jeito na nossa vida, mas mostrou o quanto político ele era!– Votei em dois engenheiros para minha cidade, e ela tem mais buracos que queijo suíço!Então nesta pesquisa, cheguei à seguinte conclusão: que não importa em quem se vota, mas o simples fato de estar eleita, se a pessoa contrai a “Síndrome do Metamorvoto”, o importante agora é descobrir em que momento há o contágio, seria na diplomação ou quando se senta na cadeira de autoridade?
Mais uma pesquisa a ser feita.E na sequência desta síndrome, existe outra mais grave e ainda não muito bem diagnosticada, a “Síndrome da Amnéleiçãosia”, esta, certamente que contribui muito para a disseminação da “Síndrome do Metamorvoto”. Bom, isto é assunto para outro artigo cientílitico, não é?
*Carminha Fortuna é jornalista