O homem vê a arvore e só vê a madeira e seus potenciais supra-econômicos como o carvão vegetal e a celulose. Um homem só representando uma empresa. O nome desse homem será varrido da memória assim como o nome da empresa. Ela compra terras com inumeráveis promessas, para que as pessoas a reconheçam em qualquer esquina. Só que a esquina muda, as pessoas mudam e o clima muda. Com a compra efetuada, obter-se-ão as licenças para desmatar a Chapada e seus portentosos bacurizeiros. Um documento assinado por um funcionário da secretaria de meio ambiente pouco afeito ao contato e pouco afeito a distâncias. A sua assinatura vale milhares de hectares de Cerrado ainda em pé. Os pés balançando seus frutos. Os pés que os modificam. O homem que vê a árvore e os frutos. Ele recolhe os frutos do chão. O chão onde seus familiares moram. O chão que ele pisa. O chão, que sem bacuris, o expulsará mais cedo ou mais tarde.