MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

JOÃO VINHOSA

RETIRADO DE PAUTA POR ORDEM JUDICIAL

RONALDO FENÔMENO VAI À COPA







(Evidentemente, se estiver em forma até lá)






Eu sei que nossa mídia esportiva é, de uma maneira geral, medíocre. Como se vende (não todos, há exceções) para qualquer um, merece que se jogue muita bosta nela, daí eu chamá-la às vezes de Geni-Press. Mas ultimamente nossos jornalistas especializados em esporte andam extrapolando. A mais recente foi essa de que Dunga não vai mais levar o Fenômeno para a Copa. Ora, Dunga em nenhum momento disse isso nem insinuou nada. Ao contrário, foi bastante claro: “Tudo vai depender das condições dele no ano que vem”. Como é que a Geni-Press interpreta Dunga tão erradamente assim? A quem ela serve com esse tipo de desinformação? É para dar mais Ibope?


A mídia especializada em futebol e os cadernos de esporte dos grandes jornais também embarcaram nessa. Não sei se o jornalista, hoje, não consegue mais ouvir nada, apenas pinçar frases, extraindo-as de contextos, e tirar conclusões quase sempre precipitadas e erradas.


As palavras de Dunga sobre se Ronaldo vai ou não para a Copa renderam uma semana de extensas e inúteis discussões e polêmicas. Dunga foi xingado e chamado de burro, e por aí vai, numa prova de que nossa Geni-Press está cada vez mais Geni-Press. Extrapolando, mesmo.


Dunga não teve meias palavras na entrevista. Primeiro esclareceu que, se estiver em forma, o Fenômeno poderá jogar na Copa, por que não? Em seguida, lembrou aos jornalistas algo como: “Não me induzam a cometer o mesmo erro que vocês (os jornalistas) induziram a Seleção a cometer em 2006.”


O que Dunga quis dizer com isso? Muito simples. Ele quis dizer que, no presente momento, não dá para convocar Ronaldo porque ele ainda não está a pleno vapor, liso, nem bem preparado fisicamente. Se ele, Dunga, convoca o jogador agora, de repente o Fenômeno relaxa e não se prepara mais devidamente para a África do Sul. Seria, aí sim, e o técnico tem razão, repetir a errada ‘façanha’ de 2006.


E foi a mídia, sim, que garantiu a presença de Ronaldo, gordo daquele jeito, na Copa da Alemanha. José Luiz Datena disse recentemente, em seu programa diário das 13 horas na Band, que a mídia não manda na Seleção, “quem manda é Ricardo Teixeira”. Por isso, ela não teve nenhuma responsabilidade sobre a convocação de Ronaldo em 2006. Acrescentou que, se a mídia mandasse nas convocações, não permitiria que Dunga tivesse chegado à Seleção.


Isto nem meia-verdade é. Até começar a Copa, a mídia em peso --- inclusive, a grande imprensa e Datena --- apoiou incondicionalmente aquele time horroroso e burro armado por Parreira. Como os resultados acabaram não vindo, só após a frustração dos primeiros jogos ela começou a malhar os jogadores, com análises superficiais e medíocres, como a de que parte do elenco estava nas baladas, quando não acima do peso, que Ronaldinho Gaúcho havia sido o “amarelão” da Copa (Estadão da época) e que não houve patriotismo.


Nossa mídia nunca foi contra a convocação de Ronaldo. Ou seja, foi conivente com ela e a apoiou abertamente até o fim. Se a tivesse condenado na época, denunciando que o Fenômeno estava acima do peso e não deveria ser convocado --- e a mídia tem forças para isso ---, duvido que o Fenômeno seria chamado. E mais: nunca vi nenhum veículo de peso dizer que a convocação do Fenômeno fora um erro. E foi, com certeza.


Na véspera da fatídica eliminação pela França, Juca Kfouri disse textualmente, no ESPN, na frente de vários colegas do mesmo programa: “Eu ainda acho que o Fenômeno vai lá e decide o jogo”. No dia seguinte, Ronaldo tomou até chapéu de Zidane. E a Seleção deu aquele vexame histórico.


Enfim, não dá para interpretar Dunga de outra maneira! Nãããããããããão dááááááááá! Mas nossos grandes jornais, como o Estadão e a Folha, insistiram em dizer que as palavras de Dunga deixaram o Fenômeno mais distante da Copa.


A Folha chegou a dizer, na quarta-feira (25/11), com título de destaque no Esporte, página D3: “Dunga insinua que Ronaldo foi um erro em 2006”. Ora, Dunga não insinuou nada disso. Falou abertamente. Foi muito claro e objetivo, quando disse algo como: “Não me façam cometer agora o mesmo erro de 2006”. Para bom entendedor, é o que basta: para Dunga, a convocação de Ronaldo com 100 quilos, em 2006, foi um erro, sim, enooooorme. Dunga diz isto agora, é verdade, pois na época era comentarista da Band e ainda nem sonhava com a Seleção.


Não morro de amores por Dunga, mas vamos com calma, mídia. A turminha anda exagerando. Os tropeços aumentam em progressão geométrica