MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sábado, 30 de janeiro de 2010

SUPERFICIALIDADE EM 3D - TOM CAPRI

(“D” de Delfim Netto, Diogo Mainardi e Daniel Piza)

Entenda a crise mundial, a participação nos lucros e por que o capital é o responsável pela devastação ambiental até na Pandora de Avatar

Texto dedicado a Sérgio Augusto, que escreveu artigo primoroso sobre a tragédia no Haiti, domingo no Estadão (suplemento Aliás, “O Haiti que importa”, página J6, de 24/1/2010). Final do artigo dele: “Quando pensar no Haiti e rezar pelo Haiti, tenha sempre em mente que os maiores flagelos que o atingiram nos últimos 500 anos não foram exatamente causados pela natureza.”

REPASSE DE FUNDO GERA INSATISFAÇÃO ENTRE PREFEITOS

Da Agência UBAM

Prefeitos organizam protesto em Brasília e ameaçam fechar as portas


Prefeitos de todo país estão se organizando para realizar um protesto, no início do mês de março, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para reivindicar a regularização do repasse dos recursos referentes ao Fundo de Participação dos Municípios. De acordo com o presidente da UBAM (União Brasileira de Municípios) Leonardo Santana (foto), só neste ano de 2010, os Municípios já perderam 19,4% no repasse do dia 10 e mais 21,32% no repasse do dia 20, em relação ao mesmo período de 2009, causando um verdadeiro caos nas contas dos 5.564 Municípios do país.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PESQUISA MENSAL DE EMPREGO

Fonte IBGE


Base: Dezembro de 2009

Em dezembro, desocupação fica em 6,8%

Em dezembro de 2009, a taxa de desocupação igualou a de dezembro de 2008 (6,8%, a menor da série) e caiu 0,6 ponto percentual em relação a novembro de 2009 (7,4%). A população ocupada (21,8 milhões) cresceu 1% em relação a novembro e 1,4% frente a dezembro de 2008. O número de trabalhadores com carteira assinada (9,8 milhões) cresceu 1,5% em relação novembro e manteve-se estável em relação a dezembro de 2008. A população desocupada (1,6 milhão) reduziu-se (-7,1%) em relação a novembro e ficou estável em relação a dezembro de 2008. O rendimento médio real habitual (R$ 1.344,40) caiu (-0,9%) em relação a novembro e subiu 0,7% frente a dezembro de 2008.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

TRUSTES E CARTÉIS

O Brasil talvez seja uma das economias mais fechadas do mundo. Para onde você olhar verá pequenos grupos de empresas dominando o mercado e não muitas vezes, livremente impondo preços, condições e empecilhos ao livre mercado e o pior muitas vezes, estimuladas pelo próprio governo.






Só para recordar, o setor automobilístico foi quase quarenta anos dominado por quatro ou cinco empresas beneficiadas por medidas, que lhe dava regalias, que não eram estendidas a outros setores da indústria. Hoje, continua-se repetindo o mesmo erro.




À época Juscelino Kubstchek, equivocadamente acreditava que sem estímulos “especiais” as montadoras para cá não viriam para desfrutar do que acreditava-se incipiente mercado nacional.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

"CAVERNÁCULO"





Volta-e-meia inventa-se neologismos para dizer algo, para o quê não se encontra a palavra apropriada que irá bem exprimir a nossa intenção.



Tomemos o governo Lula. Todos sabemos o pouco apego ao vernáculo do nosso grão-vizir, bem como o “descuido” no cumprimento de regras e obrigações já postas, que o torna um governo anacrônico, de mentalidade ultrapassada. O “cavernáculo” (caverna + vernáculo) cai bem para seu governo.

A CULTURA DO CAOS.




A capital de São Paulo, como todo o país, não poderiam parar. Mas param, por razões simplesmente impensáveis para um país que se quer de primeiro mundo.
Todo ano, numa rotina, verdadeira sina de um povo que deve e tem que sofrer,  problemas climáticos, ora a cheia no sul-sudeste ora a seca no nordeste, ocorrem para por a prova nosso grau de aceitação e submissão aos maus governos.
Os problemas climáticos são inexoráveis, independem da vontade humana. Se não há como evitá-los, há meios de minorar seus efeitos.


No momento que o governo federal anuncia milhões de reais para socorrer as vítimas do Haiti, São Paulo em seus 456 anos se afunda em enchentes que já são rotina.

A omissão dos governos municipal, estadual e federal na criação de grupos de trabalho para pelo menos equacionar soluções para um problema que já é crônico e que demandaria muito menos verbas do que programas emergenciais que não são solução para ninguem, não são tomadas por que não atraem os holofotes da mídia.

Igualmente a falta de coordenação de todas as esferas de governo, que deveriam trabalhar em conjunto, para pelo menos minimizar os efeitos das enchentes, também não consta da pauta de medidas a serem tomadas.

Nossos políticos igual às mariposas gravitam em torno do que lhes dá os minutos de glória.


À Redação

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

HAITI PONTO 40

A presente carta foi publicada originalmente em nosso blog


Após o terremoto que sacudiu o Haiti, deixando milhares de mortos e um número incalculável de desabrigados estamos republicando-a por sua atualidade.

Muitas perguntas aguardam respostas: onde estará hoje o autor da mesma, Yannick Etienne? Estará socorrendo seus irmãos que desapareceram ou fazendo companhia aos dezoito brasileiros que pereceram no desastre? A perda de soberania do Haiti com a “invasão” da Força de Paz da ONU e agora de milhares de soldados americanos é realmente necessária? Que futuro espera-se para o povo haitiano?

Com a palavra os fatos.


Da Redação


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AVATAR É MAIS DO QUE O MELHOR FILME DO CINEMA - TOM CAPRI



Avatar é o melhor filme do cinema.É a tomada de consciência. É a grande virada. É finalmente o nascimento do homem como ele sempre deveria ter sido. É o começo da História.
(Avatar também é o capital querendo transformar
a lua de Pandora num novo Haiti)

Dedicado a Daniel Pagliusi, advogado que joga society comigo e me recomendou o filme (eu estava hesitante, mas a opinião dele, valiosa, foi decisiva). A Milton João Ferreira, meu contador e leitor assíduo, e que é sósia de Jake Sully, o protagonista de Avatar. E ainda a Ethevaldo Siqueira, que eu amo, mas continua cego, subserviente e deslumbrado com a voracidade do capital.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO DIMINUI 42,41% EM 2,009

Do Diário Indústria e Comércio

O investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo somou US$ 25,949 bilhões no ano passado, 42,41% abaixo do recorde histórico de US$ 45,06 bilhões contabilizados em 2008, como mostra o Relatório do Setor Externo, divulgado hoje (20) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.



BRASIL - BALANÇO DE PAGAMENTOS


 Fonte BCB


Base: De Janeiro de 2003 até Dezembro de 2009

Balança Comercial

Série história de nossa balança comercial com base na média/ano foi como segue: 85/89 (superávit de US$ 13,5 bilhões = 4,57% do PIB); 90/94 (superávit de US$ 12,1 bilhões = 2,70% do PIB); 95/02 (déficit de US$ 1,1 bilhão = -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 (superávit de US$ 34,2 bilhões = 3,13% do PIB).

Necessidade de Financiamento do Balanço de Pagamentos

Série histórica de nossa necessidade de financiamento de balanço de pagamentos com base na média/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilhões = 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilhões = 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilhões = 7,26% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 (US$ 33,3 bilhões = 3,05% do PIB).

Investimentos Externos Líquidos (Diretos e Indiretos)

Série histórica dos investimentos externos líquidos (diretos e indiretos) com base na média/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilhões = -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilhões = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilhões = 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 (positivo de US$ 28,3 bilhões = 2,59% do PIB).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

COLUNA DO SARDINHA





DECRETOS E DOAÇÕES

Contava-se nos tempos da “Guerra Fria” – briga de propaganda e marketing urdida por Estados Unidos e a União Soviética para demarcar áreas de influência e que teve no Senador Mc Carty o mais ardoroso defensor – a seguinte piada: nos tempos de Stalin havia carência muito grande de moradias, o que obrigava duas ou três famílias (de dez a quinze pessoas) dividirem um cubículo de trinta metros quadrados. Insatisfeitos e cansados de penar, os cidadãos foram reclamar ao “Comissário do Povo”, que ouviu atentamente os reclamos e prometeu tomar providências.

O MACACO NÃO SOUBE ESCONDER O RABO



DIREITOS HUMANOS




Fábio Konder Comparato*




Há algo surpreendente (para dizer o mínimo), com todo esse estardalhaço a respeito do III Programa Nacional de Direitos Humanos, que o governo Lula acaba de apresentar. Quase todos os pontos acerbamente criticados por militares, latifundiários e donos de empresas de comunicação, já constavam dos dois programas anteriores, elaborados e aprovados pelos sucessivos governos de Fernando Henrique Cardoso.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VIDA E DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Luiz Bosco Sardinha Machado Jr*


Nascer, tornar-se criança, adolescente, adulto, envelhecer e falecer. O percurso da existência parece simples ao ser resumido dessa maneira. Entretanto, se pensamos um pouco a respeito, chegamos rapidamente à conclusão de que esse percurso não segue em linha reta como parece.




O desenvolvimento humano não segue um simples padrão de “amadurecimento”, como se fosse uma fruta, ou como uma planta que cresce quase sem que o jardineiro se dê conta. Trabalhamos, nos comunicamos, cantamos, praticamos esportes - em resumo, somos o que somos não somente por

sábado, 16 de janeiro de 2010

"CARTEL DO OXIGENIO" VERSUS CADE










Por João Vinhosa*



Encontra-se tramitando no CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – o Processo Administrativo n°. 08012.009888/2003-70, no qual cinco empresas produtoras de oxigênio são acusadas de formar o chamado “Cartel do Oxigênio”.

Como se sabe, os processos de formação de cartel tramitam primeiramente na Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE), que autua, intima, recebe defesa e, ao final, propõe ao CADE a penalidade ou a absolvição dos envolvidos. O CADE, então, julga o processo, aceitando, ou não, a proposta da SDE.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

HAITI - CONTAR OS MORTOS RESOLVE?



Foto do NY Times
Tom Capri

Haiti: desastre não foi

natural. Hoje, mortes e
destruição têm sempre a
varinha mágica do capital.

(E Caetano Veloso está coberto de razão: o Haiti é aqui e não é aqui)

Surpreso? Então, constate. Não existe mais tragédia causada por desastre natural. Todas elas têm por trás a varinha mágica do capital, mesmo maremotos, tsunamis, tufões, furacões e até terremotos como esse que matou e destruiu no Haiti. Quando tentei explicar isto a um leitor, outro dia, ele foi logo dizendo: “Pronto, lá vem você de novo com seu marxismo. E, desta vez, passou da conta!” Não houve jeito de fazê-lo entender que o capital está por trás de todas as tragédias decorrentes de desastres ditos naturais.

Não é mesmo fácil nem simples entender isso. Exige certo preparo teórico e um mínimo de acuidade, o que a maioria no Planeta, hoje alienada, inclusive intelectuais e sábios de renome, lamentavelmente não tem. Não é marxismo nem socialismo e muito menos comunismo. É constatação científica, algo amplamente comprovado pela ciência autêntica.

PETROBRAS FAZ TERRORISMO MORAL CONTRA FUNCIONÁRIOS


Por Edilene Farias de Oliveira (Leninha)


A história de sucessos da Petrobras é motivo de orgulho nacional. A empresa, ao longo dos seus cinqüenta e seis anos de existência, investiu pesadamente em pessoal e em tecnologia, a ponto de hoje operar em 27 países nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e derivados de petróleo. É a quarta maior petrolífera do mundo, a quinta em valor de mercado e a terceira maior empresa do continente americano. Sem a menor dúvida, um sucesso.

PROTESTO BEM-HUMORADO MOVIMENTA BH




Praia na Praça da Estação de Belo Horizonte contra o decreto do prefeito Marcio Lacerda



CMIBrasil

Venha curtir o sol de verão e se divertir na PRAIA NA PRAÇA DA ESTAÇÃO.

O DECRETO Nº 13.798 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2009 do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, proibe que aconteça qualquer tipo de evento na Praça da Estação. A pergunta permanece: a quem interessa que os espaços públicos sejam apenas pontos de passagem e consumo?

Se nos é negado o direito de permanecer em qualquer espaço público da cidade, ocuparemos esses espaços de maneira divertida, lúdica e aparentemente despretensiosa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

COLUNA DO SARDINHA

PARA QUE SERVE O ESTADO?




Causou-nos certo constrangimento ver o governador Serra, vestido em um nada fashion colete azul-amarelo da Defesa Civil de São Paulo, visitando a região alagada de São Luis do Paraitinga, que teve oitenta por cento dos prédios históricos arrasados pela força das águas dos últimos temporais que castigaram esta região do interior de São Paulo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CHILIQUES DA ALA RASA E BURRA DA ESQUERDA

 Questionando a Comissão Nacional da Verdade.


Dedicado a Mário Bortolotto, que se recuperou, e a Luis Fernando Verissimo, que pede, em sua última crônica, para que escrevamos sempre como propõe uma personagem de Nabokov, “à beira da paródia, mas tendo do outro lado um abismo de seriedade”, e eu não sei como fazer isso.
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LEVANTAMENTO SISTEMÁTICO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA


Base: Dezembro de 2009


IBGE estima safra 5,2% maior em 2010


O IBGE realizou, em dezembro, o terceiro prognóstico de área e produção para a safra de 2010, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas1, para 2010 é estimada em 140,7 milhões de toneladas2, 5,2% maior que a obtida em 2009. Já a área a ser colhida, de 48,1 milhões de hectares, apresenta crescimento de 2,0%. As informações da pesquisa do prognóstico representam 73,5% da produção nacional prevista, e as projeções respondem por 26,5% do total estimado para 2010.


Variação positiva para sete produtos

AOS CEM ANOS FALECE MIEP GIES






Miep Gies, a mulher que encontrou e guardou os diários de Anne Frank, faleceu ontem à noite, aos 100 anos de idade. Miep Gies ficou famosa mundialmente por ter escondido os diários dos nazistas, mas ela mesma nunca procurou reconhecimento por isso. A prova: quando, após a guerra, entregou os escritos de Anne a seu pai, Otto Frank, ela nem sequer os tinha lido.


A família Frank foi traída em 1944, último ano da guerra, e encontrada pelos nazistas em seu esconderijo. Depois que os alemães deportaram a família, Miep Gies guardou os diários de Anne em uma gaveta, e eles permaneceram ali até que ela os pudesse entregar ao único sobrevivente da família.


”Eu então levantei, abri a gaveta da minha escrivaninha, peguei todos os diários, com folhas soltas e tudo, e dei ao senhor Frank... Com as palavras: esta é a herança de sua filha Anne...”





Miep Gies Nasceu na Áustria e veio em 1920, depois da Primeira Guerra Mundial, para a Holanda, junto com milhares de outras crianças subnutridas. A ideia era que ela se fortalecesse e depois voltasse para a Áustria, mas a pequena Miep foi adotada por uma família de Leiden.


Quando tinha 24 anos, ela começou a trabalhar como secretária para a Opekta, a empresa de Otto Frank, que havia fugido para a Holanda em 1933.


De 6 de julho de 1942 até 4 de agosto de 1944, ela fez parte do grupo de ajudantes que tornaram possível a permanência da família Frank em seu esconderijo. No mesmo prédio em que os Frank se escondiam, no Prinsengracht 263, em Amsterdã, Miep Gies continuou a trabalhar no escritório de Otto Frank.


Vidas interligadas
Teresien da Silva é chefe do departamento de coleções da Fundação Anne Frank, conheceu Miep Gies pessoalmente e tinha sempre contato com ela. Ela conta que a história da família Frank perpassa toda a vida de Miep Gies.


”Todo dia 4 de agosto, o dia em que a família Frank foi delatada, as cortinas na casa de Miep Gies se fechavam. Ela ficava muito triste e não queria falar com ninguém. E isso até o fim de sua vida. Ela recebia diariamente cartas de pessoas do mundo inteiro que queriam saber como tudo aconteceu, como ela tinha encontrado os diários, como era Anne e como ela pôde fazer o trabalho que fez. Muitas cartas começavam dizendo “a senhora é minha heroína” e ela tinha muita dificuldade com isso, pois ela mesma não se via desta forma.”


De acordo com Teresien da Silva, Miep Gies respondia todas as cartas. Lia com atenção e tentava dar a todos as respostas que pediam.


Diferença
Miep Gies recebeu muitas condecorações por seus atos, na Holanda e em outros países. Recebeu, entre outros, o prêmio Yad Vashem, que tem este nome em referência ao monumento oficial de Israel em memória dos judeus mortos no holocausto.


A Fundação Anne Frank irá dar especial atenção ao falecimento de Miep Gies. ”Vamos fazer um website especialmente para ela e daremos atenção a sua história pessoal, a sua personalidade, também no museu.”


No website haverá um registro digital de condolências onde todos que desejarem poderão se despedir de Miep Gies.


www.rnw.nl

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

REGALO DE ANO NOVO






Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela já se destacava pela nobreza, qualidade e importância da iniciativa desde que foi assumido pelo maestro José Antonio Abreu, há 35 anos. Nos últimos dez anos, recebeu da Revolução Bolivariana um impulso de tal ordem que o transformou em fenômeno mundial.

Segundo o site do Sistema (http://www.fesnojiv.gob.ve), atualmente participam 350 mil jovens e crianças que frequentam seus 180 núcleos de formação musical distribuídos em todo o país. No concerto de estréia do primeiro Centro de Ação Social pela Música, um portentoso edifício de 11 andares inaugurado ano passado em Caracas, que abriga uma enorme sala de concertos super bem equipada e especialmente projetada para execução de performances orquestrais, o presidente Hugo Chávez autorizou recursos para a construção de edifícios semelhantes em cada uma das 24 capitais dos Estados (nove deles já com obras iniciadas), a ampliação da capacidade para até um milhão de jovens e crianças e a criação de tantos núcleos quanto sejam necessários. A formação artística e musical é inteiramente gratuita e aberta a toda criança ou jovem com inclinação para a arte, e, à medida que evolui e se integra no processo, o aluno vai recebendo vários incentivos, como bolsas de estudo, instrumentos musicais, inclusão em conjuntos locais e regionais, colocações profissionais, etc... 

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

VIVER A VIDA, A PIOR NOVELA




(Confira o quanto a nova novela da Globo é mentirosa e criminosa)

Se Caminho das Índias é a melhor novela que a Globo já fez, Viver a Vida é a pior. Além disso, é mentirosa e criminosa. A Globo e Manuel Carlos deveriam ser condenados e punidos por tê-la posto no ar.


A maior qualidade de Caminho das Índias estava em desnudar toda a irracionalidade da sociedade de classes. Mostrava-nos que, por estar assentada no roubo diário de força de trabalho, a sociabilidade que aí está nos vem desfigurando e descaracterizando há séculos, trazendo fome, criminalidade, doenças e barbárie a bilhões enquanto distribui privilégios somente a alguns.

Já Viver a Vida é uma ode a toda essa irracionalidade. Procura nos fazer engolir que a vida de hoje é assim mesmo, difícil, não tem jeito, e que se você tiver forças para se superar, acaba vencendo as piores adversidades e se dando bem. E, mesmo que não consiga se superar, a novela nos mostra que você ainda pode contar com a religião, capaz de fazer milagres e garantir, enfim, a superação... E a felicidade (no céu, é claro).

É a mensagem enganadora de esperança que já virou clichê nas novelas e tem ludibriado e iludido milhões no Planeta, inclusive jornalistas como Eugênio Bucci (ver artigo dele, “Feliz ano-novo, segundo a novela”, louvando Viver a Vida na página A2 do Estadão de 31 de dezembro, em Espaço Aberto, Primeiro Caderno).

Esta novela simplesmente põe um véu na história contemporânea, tentando apagar tudo de tal maneira que você não enxergue as verdadeiras causas das tragédias e as tome apenas como coisas do destino ingrato. E pede às personagens para que lutem buscando a superação, pois, com perseverança, qualquer um consegue superar esse mundo cruel.

Com personagens mal urdidas e até chatas, às vezes, a novela passa assim ao espectador ainda não atingido (mas que poderá vir a ser) essa mensagem ilusória de superação. Mostra-lhe que, com luta e perseverança, ele também pode dar a volta por cima, se um dia for igualmente atingido. Mas você e eu sabemos que, de cada mil que enfrentam tragédias para valer, apenas meia dúzia consegue reunir forças para chegar à superação.


Todas as personagens de destaque de Viver a Vida vivem um drama ou passaram por uma tragédia e são estimuladas a superá-los. A superação é o tema central da novela. Ao final de cada capítulo, assistimos ao depoimento de alguém que, na vida real, passou por tragédia tal qual as personagens, e conseguiu vencê-la, num exemplo de superação.


A novela esqueceu dos pobres coitados (a maioria da população do Planeta) que --- vítimas das agruras impostas pela sociedade de classes, especialmente a de talhe capitalista em que vivemos hoje ---, sucumbiram às tragédias e tornaram-se impotentes e completamente sem forças para alcançar a superação. E aqueles que enlouqueceram, perderam o juízo, não têm mais mobilidade ou perderam a voz, a audição, estão em coma permanente, e que nem a religião faz milagres para salvá-los ou empurrá-los à superação?

Eu também acho lindo transmitir mensagens de esperança à humanidade, principalmente neste período de festas. Mas com base na verdade. O que Viver a Vida e a Globo fazem, amparados na religião, é mentir e iludir o espectador, no que cometem crime tão atroz quanto os genocídios a que temos assistido.

Tais mentiras vão se disseminando e se fazendo passar por verdades, das novelas ao jornalismo, anestesiando as pessoas. E o resultado é a apologia direta e indireta da sociabilidade que aí está, obscurecendo mentes e obstaculizando o caminho para a verdade e para as mudanças. É isto o que a Globo mais quer. Afinal, ela existe --- e também suas novelas --- para potencializar as vendas, nos comerciais que exibe, daí precisar louvar sempre a vida regida pelo capital, como volta a fazer com maestria em Viver a Vida, pois é isto o que a mantém de pé.


A Globo não é mero guardião protetor do capital, é o capital em uma de suas facetas mais poderosas, e precisa aplicar-lhe diariamente injeções de cânfora, para sobreviver. Esta, sim, é a maior tragédia contemporânea e a que mais precisa de superação, e novelas como Viver a Vida nos impedem de chegar lá. 
 Tom Capri.

CRISE MILITAR: SEU NOME É DILMA ROUSSEFF


BLOG REINALDO AZEVEDO



Reinaldo Azevedo

Ainda que eu tivesse cometido algumas injustiças com Lula, coisa de que discordo, de uma certamente eu o teria poupado: jamais o considerei um idiota. Nunca! Até aponto a sua notável inteligência política, coisa que não deve ser confundida, obviamente, com cultura. O governo vive, a despeito das negativas, uma crise militar. Que é muito mais grave do que se nota à primeira vista. Ela foi originalmente pensada nas mentes travessas de Tarso Genro, ministro da Justiça, e Paulo Vanucchi, titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Mas tomou consistência e corpo nos cérebros não menos temerários da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), candidata do PT à Presidência, e de Franklin Martins, ministro da Comunicação Social, hoje e cada vez mais o Rasputin deste rascunho de czarina que pretende suceder Lula.

O imbróglio não deixa de ser um ensaio geral do que pode ser um governo Dilma. Se vocês acham que a ópera, com o tenor Lula, tem lá seus flertes com o desastre, vocês ainda não sabem do que é capaz a soprano. A crise atual mistura temperamento macunaímico, sordidez e trapaça. Dilma, Franklin e Vanucchi, a turma da pesada que, no passado, optou pelo terrorismo e hoje ocupa posições no alto e no altíssimo escalões da República resolveu dar um beiço nos três comandantes militares. O tiro, tudo indica, saiu pela culatra. E sobrou uma lição aos soldados. Vamos devagar.

Tratemos um pouco do que vocês certamente já sabem e um tanto do que talvez não saibam. Na semana passada, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos publicou um decreto, devidamente assinado pelo presidente Lula. Entre outras providências, instituía uma tal Comissão Nacional da Verdade para investigar crimes contra os direitos humanos cometidos durante o regime militar.

Pois bem. A questão havia sido negociada com os comandos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. E olhem que estes senhores tinham ido bastante longe - e fica a lição: com essa gente, ceder um braço corresponde a ceder os dois, mais as duas pernas e também a cabeça. Os militares aceitaram a criação da tal comissão desde que o texto não restringisse a apuração de violações ao governo militar: também as organizações terroristas de esquerda teriam sua atuação devidamente deslindada.

É preciso dizer com clareza, não? Dilma Rousseff pertenceu a uma organização terrorista, homicida mesmo: a Vanguarda Popular Revolucionária. Franklin Martins também praticou terrorismo. O seu MR-8 seqüestrava e matava. Vanucchi foi da Ação Libertadora Nacional, o que significa dizer que era um servo do Manual da Guerrilha, de Carlos Marighella, um verdadeiro manual de terrorismo, que pregava até ataques a hospitais e dizia por que os bravos militantes deviam matar os soldados.

Pois bem. Quiseram os fatos que estes três se juntassem, com o conhecimento de Tarso Genro, para redigir - alguém redigiu a estrovenga; falo de aliança política -, aquele decreto. E o combinado com os militares não foi cumprido: além de especificar que a Comissão da Verdade investigaria apenas um lado da batalha, há propostas singelas como estas:


- determina que as leis aprovadas entre 1964 e 1985 sejam simplesmente revogadas caso se considere que elas atentam contra a tal "verdade".


- determina que os logradouros públicos e monumentos que tenham sido batizados com nome de pessoas ligada ao "regime" sejam rebatizados.

Vocês entenderam direito: Lula assinou um decreto que não só dá um pé no traseiro do alto comando como, ainda, anuncia, na prática, a EXTINÇÃO DA LEI DA ANISTIA - para um dos lados, é óbvio. É isto: eles tentaram rever a tal lei. Viram que isso não é possível. Decidiram, então, dar uma de Daniel Ortega, que mandou suprimir trechos da Constituição de que ele não gosta.

LULA SABIA


Já disse: não tomo Lula por idiota - porque só um idiota não saberia. Mas admito: muita coisa tem as digitais do presidente sem que ele tenha a menor idéia do que vai lá. Isso é possível, sim. É por isso que existe uma CASA CIVIL. Não há - NOTEM BEM: NÃO HÁ - decreto presidencial que não tenha a chancela desse ministério. É uma de suas funções - a rigor, é uma de suas principais tarefas.

Logo, funcionalmente, a responsável pelo texto é Dilma Rousseff. Que já se manifestou a favor da revisão da Lei da Anistia, ainda que dê outro nome ao que quer fazer. A questão é saber se Lula se comportou como um cretino ou como um irresponsável: se assinou algo dessa gravidade na inocência, sem ter sido advertido pela Casa Civil, então foi feito de bobo e tem de demitir Dilma. Se, como imagino, sabia muito bem o que ia lá e decidiu testar a elasticidade ou complacência dos militares, agiu como um irresponsável.

Demissão


Trapaceados, os três comandantes militares decidiram pedir demissão. Os generais de quatro estrelas se reuniram para tratar de um assunto não ligado à profissão pela primeira vez em muitos anos. A tal Comissão da Verdade terá de redigir um projeto de lei para ser enviado ao Congresso dando forma e caráter à tal investigação. Lula tem quatro opções:


1 - deixa o texto como está e negocia com os militares um projeto de lei que contemple a investigação dos dois lados;
2 - muda o decreto e o devolve ao que havia sido negociado;
3 - simplesmente recua do texto na íntegra;
4 - a quarta opção é dizer o famoso "ninguém manda nimim" e deixar tudo como está. Pois é. Só que o "tudo como está" pode significar uma crise sem precedentes, grave mesmo, com possíveis atos de indisciplina.

A Lei da Anistia é um conquista do povo brasileiro, é seu patrimônio. E de milhares de pessoas que lutaram pela democracia. Por isso, mudá-la, na forma como querem fazer alguns, ou extingui-la é um atentado contra a própria democracia. É constrangedor assistirmos a cenas como essa, afirma o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), presidente da Frente Parlamentar de Defesa Nacional.

Terão os comandantes militares se esquecido do modo como operam as esquerdas, de sua vocação para o ato sorrateiro, para as ações solertes? Só isso pode explicar aquela primeira concordância com a tal Comissão da Verdade. Do conjunto da obra, resta, pois, essa lição. E também há uma outra: em matéria eleitoral e nessa política que precisa de voto, Dilma é uma teleguiada de Lula: sem ele, ela não existe. Mas Dilma é quem é. E também quem foi. Com um simples decreto, que passou por sua mesa de ministra da Casa Civil, criou-se o mais grave incidente militar do governo Lula. O projeto é tê-la agora na Presidência. Vimos como agem com quem tem armas. Dá para imaginar do que são capazes com quem não tem.

Encerro


O nome da comissão - "da Verdade" - só pode ser coisa de algum piadista infiltrado no grupo. Como não pensar imediatamente em 1984, de George Orwell. Essa gente tem um perfil totalitário de manual; são stalinistas do calcanhar rachado. Querem até rever o batismo de logradouros públicos, num daqueles atos típicos de reescritura da história.

Eis um país com Dilma Rousseff no topo. E com Franklin Martins no topo do topo.