Quando morreu em 1958, Vanilda, dançarina milagrosa do ABC, nada sabia de Marx, nem mesmo que ele pode ter sido gay. Pena. Perdeu a oportunidade de entender a realidade, como Obama, meu amigo Werneck e, quem sabe, até você, caro leitor. Em agradecimento, a realidade vai compensar Vanilda, canonizando-a, e até já premiou Obama com o Nobel da Paz. Mas e Werneck, que vive momento difícil? Ninguém cogita compensá-lo? Por que a discriminação?
Já disseram tudo de Marx. Que era carrasco com as filhas e até gay que teve caso com seu melhor amigo, Engels. Só não sabem ainda quem ele foi de fato e o que realmente disse e escreveu.
Há décadas, venho tentando mostrar a quem me lê --- em especial, a meu amigo de infância, o poeta curitibano Rui Werneck de Capistrano --- que raros conhecem verdadeiramente Marx. E que isto é um problema sério, posto que quem ainda não entendeu Marx --- o verdadeiro Marx, é importante frisar --- também não entendeu a realidade, na verdade, não entendeu nada. O consolo é que Werneck não está sozinho: celebridades e intelectuais, como Millôr Fernandes e Arnaldo Jabor, também não entenderam Marx, logo, não entenderam nada ainda.
Ontem, constatei: até a brasileira Vanilda Sanches Béber, dançarina milagrosa do ABC que qualquer dia desses pode ser canonizada, também não teve chance de se familiarizar com o verdadeiro Marx. Pena. Morreu sem saber o que perdeu. Prestes a virar santa, Vanilda ainda depende, no seu processo de canonização, de duas comprovações: se mostrava ou não as pernas quando era dançarina e se o aborto que a levou à morte, aos 15 anos, foi espontâneo ou provocado. A mãe, Eunice, hoje com 89 anos, jura que ela não fez nem uma coisa nem outra e é mesmo santa.
Com 14 anos e já dançarina, Vanilda teria se casado e logo engravidado. Em razão de um aborto que dizem ter sido espontâneo, morreu três meses depois, em 1958. Seu túmulo, no Cemitério da Saudade, em Santo André (SP), está próximo ao do ex-prefeito Celso Daniel, do PT, assassinado em 2002. O cemitério, que comemora cem anos, tornou-se fonte de milagres, por causa do túmulo de Vanilda.
O jazigo recebe uma romaria de devotos que o cobrem diariamente com placas de agradecimento pelos milagres, uma das credenciais para a canonização. Era sonho do pai, Antônio Sanches, que Vanilda ingressasse na Associação das Filhas de Maria, a caminho de ser freira, mas ela foi rejeitada pela Igreja Católica. Por quê? Porque era dançarina, algo pecaminoso na época, principalmente para uma jovem menor de idade.
É verdade, se pudesse ter dado uma passada de olhos em Marx e entendido o que ele verdadeiramente escreveu --- algo impensável para uma adolescente interiorana em plenos anos de 1950 ---, Vanilda talvez não tivesse se dedicado à religiosidade e hoje não seria aspirante a santa. Em compensação, teria compreendido o que é de fato a religião, o que realmente significam as notáveis palavras de Jesus --- “somos todos irmãos!” --- e, sobretudo, entendido a realidade, o que não é pouca coisa. No mínimo --- se estivesse viva hoje (teria mais de 60) ---, já saberia se foi mesmo o PT ou não quem mandou matar o ex-prefeito Celso Daniel, que ora jaz ao seu lado.
E você, o que preferiria? Morrer e virar santo um dia ou morrer lúcido, com a consciência em paz, ciente das verdades? É difícil escolher, eu sei, principalmente se você ainda não entendeu Marx nem a realidade, como Vanilda.
A nova milagreira do ABC não foi a primeira nem a última adolescente que pintou na face da Terra a morrer sem ter entendido nada. Se raros no Planeta conseguiram entender Marx, raros também entenderam a realidade. A maioria esmagadora, que inclui Vanilda, nem sequer sabe que existiu o velho alemão, quanto mais o que ele realmente disse e escreveu. Há que incluir, entre os que não entenderam Marx (e, portanto, a realidade): Obama, Lula, a maioria das celebridades e intelectuais de todo o Planeta, e para minha tristeza meu amigo Werneck de tantos carnavais curitibanos.
É bom repetir: renomados cientistas, intelectuais e celebridades não entenderam nem Marx nem a realidade. E não entenderam porque não leram Marx no original. E ler Marx no original não é lê-lo no alemão, como me indagou ironicamente meu amigo Werneck, até porque alguns dos textos do ‘comunista barbudo’ foram escritos em inglês e francês. É perfeitamente possível ler os originais de Marx em tradução para o português, desde que ela tenha sido fiel e captado o que ele realmente escreveu e disse.
Ontem, constatei: até a brasileira Vanilda Sanches Béber, dançarina milagrosa do ABC que qualquer dia desses pode ser canonizada, também não teve chance de se familiarizar com o verdadeiro Marx. Pena. Morreu sem saber o que perdeu. Prestes a virar santa, Vanilda ainda depende, no seu processo de canonização, de duas comprovações: se mostrava ou não as pernas quando era dançarina e se o aborto que a levou à morte, aos 15 anos, foi espontâneo ou provocado. A mãe, Eunice, hoje com 89 anos, jura que ela não fez nem uma coisa nem outra e é mesmo santa.
Com 14 anos e já dançarina, Vanilda teria se casado e logo engravidado. Em razão de um aborto que dizem ter sido espontâneo, morreu três meses depois, em 1958. Seu túmulo, no Cemitério da Saudade, em Santo André (SP), está próximo ao do ex-prefeito Celso Daniel, do PT, assassinado em 2002. O cemitério, que comemora cem anos, tornou-se fonte de milagres, por causa do túmulo de Vanilda.
O jazigo recebe uma romaria de devotos que o cobrem diariamente com placas de agradecimento pelos milagres, uma das credenciais para a canonização. Era sonho do pai, Antônio Sanches, que Vanilda ingressasse na Associação das Filhas de Maria, a caminho de ser freira, mas ela foi rejeitada pela Igreja Católica. Por quê? Porque era dançarina, algo pecaminoso na época, principalmente para uma jovem menor de idade.
É verdade, se pudesse ter dado uma passada de olhos em Marx e entendido o que ele verdadeiramente escreveu --- algo impensável para uma adolescente interiorana em plenos anos de 1950 ---, Vanilda talvez não tivesse se dedicado à religiosidade e hoje não seria aspirante a santa. Em compensação, teria compreendido o que é de fato a religião, o que realmente significam as notáveis palavras de Jesus --- “somos todos irmãos!” --- e, sobretudo, entendido a realidade, o que não é pouca coisa. No mínimo --- se estivesse viva hoje (teria mais de 60) ---, já saberia se foi mesmo o PT ou não quem mandou matar o ex-prefeito Celso Daniel, que ora jaz ao seu lado.
E você, o que preferiria? Morrer e virar santo um dia ou morrer lúcido, com a consciência em paz, ciente das verdades? É difícil escolher, eu sei, principalmente se você ainda não entendeu Marx nem a realidade, como Vanilda.
A nova milagreira do ABC não foi a primeira nem a última adolescente que pintou na face da Terra a morrer sem ter entendido nada. Se raros no Planeta conseguiram entender Marx, raros também entenderam a realidade. A maioria esmagadora, que inclui Vanilda, nem sequer sabe que existiu o velho alemão, quanto mais o que ele realmente disse e escreveu. Há que incluir, entre os que não entenderam Marx (e, portanto, a realidade): Obama, Lula, a maioria das celebridades e intelectuais de todo o Planeta, e para minha tristeza meu amigo Werneck de tantos carnavais curitibanos.
É bom repetir: renomados cientistas, intelectuais e celebridades não entenderam nem Marx nem a realidade. E não entenderam porque não leram Marx no original. E ler Marx no original não é lê-lo no alemão, como me indagou ironicamente meu amigo Werneck, até porque alguns dos textos do ‘comunista barbudo’ foram escritos em inglês e francês. É perfeitamente possível ler os originais de Marx em tradução para o português, desde que ela tenha sido fiel e captado o que ele realmente escreveu e disse.
Cuidado: também não basta ler Marx no original. É preciso estar bem preparado e entender o que ele escreveu. Lamentavelmente, as noções que as pessoas têm hoje de Marx vêm, quase sempre, de intérpretes que ou não o leram no original (em revisões, estudos rasos etc.) ou, se leram, não o entenderam. Isto quando essas noções falsas não vêm de péssimas traduções, que adulteram completamente o sentido do conteúdo original e divulgam um Marx que nunca existiu.
São noções no mais das vezes equivocadas --- ‘pré’conceitos, mesmo ---- que não têm nada do verdadeiro Marx ou do que ele realmente disse e escreveu. Ou seja, o Marx que corre por aí, na boca do povo e do leigo e lamentavelmente do meu amigo Werneck, e é tão combatido por todo mundo, nunca existiu nem é o verdadeiro Marx. É justamente isto que a maioria de meus leitores --- inclusive, Werneck, para minha tristeza --- não consegue alcançar. Em suma, o mundo condena hoje um Marx que é pura ficção criada pelo imaginário popular e que não bate em nada com o verdadeiro.
Vamos a exemplo: fala-se muito em doutrina marxista. Quem lê Marx e entende o que leu não encontra no velho alemão nenhuma doutrina, apenas descobertas científicas muito bem fundamentadas, algumas que vieram a se comprovar, outras não. Marx nunca inventou nem criou nada. O problema é que também essas descobertas científicas já comprovadas pela ciência ainda não foram suficientemente entendidas nem aceitas. E isto ocorre porque é mesmo difícil ler Marx, quanto mais compreendê-lo. Em nova derrota da razão, temos que é mais fácil ficar com as noções equivocadas a respeito dele, até porque elas atendem a interesses.
Achados de Marx equiparam-se aos de Jesus
Da mesma maneira que Jesus Homem fez muitas descobertas importantes como a de que todas as espécies são solidárias, principalmente a humana --- “Somos todos irmãos!”, gritou ele um dia ---, Marx igualmente foi responsável por grandes achados. Entre os já comprovados cientificamente, alguns se destacam, e você precisa conhecê-los e aceitá-los, se deseja realmente entender a realidade. Aí estão.
Descoberta número 1, que meu amigo Werneck ainda não entendeu – Desde que a humanidade dividiu-se em classes e se desirmanou, há milhares de anos, o homem comum viu-se forçado a ceder graciosamente sua força de trabalho ao semelhante, primeiro como escravo, depois como servo e finalmente como assalariado, que não passa de escravo moderno.
São noções no mais das vezes equivocadas --- ‘pré’conceitos, mesmo ---- que não têm nada do verdadeiro Marx ou do que ele realmente disse e escreveu. Ou seja, o Marx que corre por aí, na boca do povo e do leigo e lamentavelmente do meu amigo Werneck, e é tão combatido por todo mundo, nunca existiu nem é o verdadeiro Marx. É justamente isto que a maioria de meus leitores --- inclusive, Werneck, para minha tristeza --- não consegue alcançar. Em suma, o mundo condena hoje um Marx que é pura ficção criada pelo imaginário popular e que não bate em nada com o verdadeiro.
Vamos a exemplo: fala-se muito em doutrina marxista. Quem lê Marx e entende o que leu não encontra no velho alemão nenhuma doutrina, apenas descobertas científicas muito bem fundamentadas, algumas que vieram a se comprovar, outras não. Marx nunca inventou nem criou nada. O problema é que também essas descobertas científicas já comprovadas pela ciência ainda não foram suficientemente entendidas nem aceitas. E isto ocorre porque é mesmo difícil ler Marx, quanto mais compreendê-lo. Em nova derrota da razão, temos que é mais fácil ficar com as noções equivocadas a respeito dele, até porque elas atendem a interesses.
Achados de Marx equiparam-se aos de Jesus
Da mesma maneira que Jesus Homem fez muitas descobertas importantes como a de que todas as espécies são solidárias, principalmente a humana --- “Somos todos irmãos!”, gritou ele um dia ---, Marx igualmente foi responsável por grandes achados. Entre os já comprovados cientificamente, alguns se destacam, e você precisa conhecê-los e aceitá-los, se deseja realmente entender a realidade. Aí estão.
Descoberta número 1, que meu amigo Werneck ainda não entendeu – Desde que a humanidade dividiu-se em classes e se desirmanou, há milhares de anos, o homem comum viu-se forçado a ceder graciosamente sua força de trabalho ao semelhante, primeiro como escravo, depois como servo e finalmente como assalariado, que não passa de escravo moderno.
Esse roubo de trabalho remonta tal período e acontece com maior ênfase hoje, na sociedade de classes de talhe capitalista que aí está, caracterizada pelo trabalho assalariado, em que o salário não passa de truque. Isto porque o trabalhador sempre (sempre!!!) produz para o empregador, em valores, apenas com sua força de trabalho, muuuuuuito mais do que recebe de salário. Portanto, trabalhar para outro em troca de salário como ocorre hoje é violência, já que implica incessante roubo de trabalho. E é também violação do direito mais sagrado, que é o de o indivíduo poder usufruir todos os resultados de seu próprio trabalho, sem ter de se estressar tendo trabalho roubado para que outros enriqueçam.
Descoberta número 2, que meu amigo Werneck também não entendeu – Esse modo como o homem passou a trabalhar e produzir --- em que um suga e expropria força de trabalho de outro, para se beneficiar --- cria realidades, cria o homem de seu tempo (tal qual o desirmanado e egoísta que temos hoje, e que imaginamos equivocadamente ter sido sempre assim). Não é que o homem é egoísta por natureza e tende naturalmente a escravizar o semelhante. É que essa ‘desirmandade’ provocada pela divisão de classes o levou necessariamente a ficar assim, egoísta, e a ter de escravizar o semelhante para poder conservar as terras que dele um dia usurpou, em tempos remotos, na sociedade primitiva. Enfim, esse roubo sistemático de trabalho produz o seu próprio homem e o seu próprio mundo, essa sociabilidade que aí está com suas leis, normas, costumes e, portanto, com toda a violência e a barbárie de nossos dias.
Descoberta número 2, que meu amigo Werneck também não entendeu – Esse modo como o homem passou a trabalhar e produzir --- em que um suga e expropria força de trabalho de outro, para se beneficiar --- cria realidades, cria o homem de seu tempo (tal qual o desirmanado e egoísta que temos hoje, e que imaginamos equivocadamente ter sido sempre assim). Não é que o homem é egoísta por natureza e tende naturalmente a escravizar o semelhante. É que essa ‘desirmandade’ provocada pela divisão de classes o levou necessariamente a ficar assim, egoísta, e a ter de escravizar o semelhante para poder conservar as terras que dele um dia usurpou, em tempos remotos, na sociedade primitiva. Enfim, esse roubo sistemático de trabalho produz o seu próprio homem e o seu próprio mundo, essa sociabilidade que aí está com suas leis, normas, costumes e, portanto, com toda a violência e a barbárie de nossos dias.
Essa violência primária, a que chamo de violência-mãe, é também fonte geradora de todos os males, das doenças que nos acometem aos crimes bárbaros que vemos até criança de sete anos praticar. Sim, essa mesma violência-mãe nos garantiu o progresso e todo esse avanço tecnológico que experimentamos, sem o qual o homem ainda estaria no tempo das cavernas. Mas é fonte também de todas as demais formas de violência, inclusive da tragédia que nos está combalindo, representada pelas guerras e pela criminalidade, nas suas mais variadas formas (narcotráfico etc.).
Descoberta número 3, outra que meu amigo Werneck ainda não alcançou – Essa sociedade em que vivemos, marcada pela violência-mãe e pela violação como vimos, tem seu lado conservador, que luta intensamente para preservá-la mesmo sem ter consciência de que tanto se empenha para isso e de que a sociedade está assim, assentada no roubo de força de trabalho.
Descoberta número 3, outra que meu amigo Werneck ainda não alcançou – Essa sociedade em que vivemos, marcada pela violência-mãe e pela violação como vimos, tem seu lado conservador, que luta intensamente para preservá-la mesmo sem ter consciência de que tanto se empenha para isso e de que a sociedade está assim, assentada no roubo de força de trabalho.
Esse lado conservador, representado justamente por aquele que mais se beneficia dessa violência, o empregador, forma a classe dominante. Esta não sabe que rouba sistematicamente força de trabalho e acha que remunera corretamente o trabalhador ao lhe conferir salários. Não mede esforços para conservar essa situação de violência da qual não tem consciência e acha ser ela correta e a única viável. Tem a força e vale-se do Estado, da política e das leis (do poder) como seus anjos protetores e também de todas as instituições, como a religião e a família, para anestesiar os indivíduos, de tal maneira que eles não se deem conta dessa aflitiva situação de roubo de trabalho nem se revoltem nunca contra ela.
Qualquer padre de paróquia do Interior ou pastor de fundo de quintal tem esse discurso: “A vida é assim, não pode ser mudada. Tenha fé, respeite as leis, faça o bem e não faça a guerra nem se revolte contra o que aí está, para que o Senhor possa lá no céu olhar por você e lhe retribuir em dobro, garantindo tudo que você deseja.”
Parece certo que ‘Santa’ Vanilda morreu com a cabeça tomada por todas essas mentiras, sem ter entendido nada. Vanilda ainda passa, mas meu amigo e brilhante poeta Werneck também alienado assim? Não posso aceitar.
De qualquer maneira, pobre Vanilda. Morreu sem ter consciência, ou seja, morreu santa. Como esse nosso mundo marcado pela violência-mãe premia quem foi santo e sempre fiel a ele, agora a mesma realidade vai canonizar Vanilda, que deve virar santa para ajudar a encobrir ainda mais as verdades do mundo. Conservadora inocente em vida, ela promete ser mais conservadora inocente ainda no além, como santa, destino do todo alienado clássico que não fez maldade. Santificado seja seu nome (o dela).
Obama é outro que já foi premiado pelos serviços prestados na conservação do que aí está (Nobel da Paz). Mas, e meu amigo Werneck? Poeta de primeira grandeza, ele também teve força de trabalho roubada a vida inteira e, aos 61, ainda luta duramente pela sobrevivência. Apesar de meus insistentes e reiterados esforços e apelos, ele nunca tomou consciência disso e nunca se rebelou, por não ter entendido jamais a realidade. Vai ficar por isso mesmo? Vamos lá, realidade! Cobertura a ele também, que é um de seus maiores devotos!
Parece certo que ‘Santa’ Vanilda morreu com a cabeça tomada por todas essas mentiras, sem ter entendido nada. Vanilda ainda passa, mas meu amigo e brilhante poeta Werneck também alienado assim? Não posso aceitar.
De qualquer maneira, pobre Vanilda. Morreu sem ter consciência, ou seja, morreu santa. Como esse nosso mundo marcado pela violência-mãe premia quem foi santo e sempre fiel a ele, agora a mesma realidade vai canonizar Vanilda, que deve virar santa para ajudar a encobrir ainda mais as verdades do mundo. Conservadora inocente em vida, ela promete ser mais conservadora inocente ainda no além, como santa, destino do todo alienado clássico que não fez maldade. Santificado seja seu nome (o dela).
Obama é outro que já foi premiado pelos serviços prestados na conservação do que aí está (Nobel da Paz). Mas, e meu amigo Werneck? Poeta de primeira grandeza, ele também teve força de trabalho roubada a vida inteira e, aos 61, ainda luta duramente pela sobrevivência. Apesar de meus insistentes e reiterados esforços e apelos, ele nunca tomou consciência disso e nunca se rebelou, por não ter entendido jamais a realidade. Vai ficar por isso mesmo? Vamos lá, realidade! Cobertura a ele também, que é um de seus maiores devotos!
Abraços a todos, Tom Capri.