MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SÃO PAULO TEM TUDO PARA VIRAR NA VILA


São Paulo tem tudo para virar na Vila. O Santos que fique esperto.

Novas críticas ao Linha de Passe e mais  sobre a cegueira de nossa mídia esportiva.

E também elogios a Luiz Zanin, do Estadão.

Basta ao São Paulo jogar na Vila como a Itália na Copa de 2006 para desestabilizar a rapaziada do Santos. Naquela final do Mundial da Alemanha, a Itália não tinha bola para ganhar da França. Mas tinha experiência, catimba, história e maturidade no futebol. É óbvio que irritar Zidane, a ponto de ele ter dado aquela cabeçada em Materazzi, foi algo urdido na concentração por toda a comissão técnica. E deu certo, em razão da inexperiência e da imaturidade do time francês, em especial de Zidane, que caiu no conto da Azurra. Evidentemente, Ricardo Gomes não tem firmeza nem coragem para armar uma situação dessas com seus jogadores. Mas bastaria provocar só um pouco o temperamental e imaturo Neymar e os 'humildes' meninos da Vila, desde o começo, para levá-los ao cartão vermelho, o que seria suficiente para o São Paulo voltar com meia taça da Vila.

Como acho que o Tricolor não vai tirar proveito dessa estratégia e ainda por cima não contará com a mobi-habilidade do ex-Coxa Marlos, expulso no primeiro jogo, não acredito que o time venha a surpreender nem que voltará da Vila classificado. Mas o mapa da mina aí está, até porque o técnico Ricardo Gomes parece ter acordado e já escalou Fernandinho no lugar do 'paradão' Washington.

Achei muito bom o comentário de terça-feira (13/4) de Luiz Zanin na coluna Boleiros, do Caderno de Esportes do Estadão (ver p. E20). Zanin entendeu que os garotos do Santos ainda são imaturos, sujeitos aos tropeços naturais da idade (como tremer quando a coisa aperta), e por isso pede à molecada da Vila, se deseja vencer, que até domingo "envelheça, mas só um pouquinho".

Concordo com Zanin. Também senti que os garotos meio que afinaram no domingo. Estavam nervosos e com medo no primeiro tempo, quando fizeram dois gols meio na base do "sem querer", e 'encolheram' mais ainda no segundo tempo.

O São Paulo não tem mais o futebol eficiente que levantou o tricampeonato mundial interclubes porque deixou de armar times inteligentes como aquele. Tenho dito que não importa o Santos não ganhar este Paulistão, todo time brasileiro, se deseja mostrar um mínimo de brilho, tem de jogar como ele: com muita mobilidade, toques rápidos e precisos, preferencialmente de primeira, fôlego de gato, habilidade de sobra e nenhum especialista jogando fixo ou paradão na sua função, como o Santos fazia quando ainda tinha o centroavante Kléber Pereira. Ou seja, se quiser jogar bem, todo time tem de imitar o Santos de hoje. Se atuar assim, e ainda por cima contar com a experiência que o Santos de hoje não tem, será difícil não conquistar título.

Alguns técnicos já perceberam isso. A maioria, não. Um dos que só agora começam a perceber é Ricardo Gomes, do São Paulo. É impressionante como esta verdade, de que o Santos é modelo a ser imitado, vinha sendo esfregada todos os dias em Gomes, e nunca de ele acordar. Até que ele viu a reação do Tricolor no domingo e percebeu finalmente que Washington 'paradão' na área não funciona.

O São Paulo não ganhou nenhum clássico na atual temporada. E jogou em todos eles com Washington. Recentemente, voltou a golear, o que não conseguia há muito tempo, coincidentemente porque não jogara com Washington. Nesse primeiro jogo da semifinal com o Santos, Washington foi substituído porque o time havia ficado com dez, após a expulsão de Marlos. E o São Paulo, que perdia de 2 a 0, acabou empatando o jogo e por pouco não virou, COM UM JOGADOR A MENOS E SEM WASHINGTON!!!

Não é preciso ser muito inteligente para perceber que, contra essa molecada do Santos, só mesmo jogando de igual para igual para se dar bem. E jogar de igual para igual é imitar o que fazem esses garotos: muita correria aliada a muita habilidade. E não dá para fazer muita correria aliada a muita habilidade se você joga com 'fixos' enfiados que não sabem marcar direito ou não têm fôlego para tanto, como é o caso de Washington.

Há mais de 30 anos quem entende de futebol sabe disso, nossa mídia esportiva em geral, de Juca Kfouri e Tostão a PVC, ainda não. Não é que Washington não seja um bom jogador. Não. É que ele é 'paradão', só sabe jogar na área, não tem traquejo na marcação, muito menos fôlego, pois além de tudo a idade também já pesa. E o futebol moderno NÃO COMPORTA MAIS JOGADOR ASSIM (LAMENTO, MAS É VERDADE, SEM QUERER OFENDER WASHINGTON, POIS RESPEITO O FUTEBOL DELE).

Dessa maneira, apesar de fazer gols, alguns muito bonitos, o que faz dele um dos heróis do time, Washington acaba sendo um a menos, boa parte do jogo, como no primeiro tempo de Santos 3, São Paulo 2, do último domingo. Ponha Washington no Barcelona ou no Santos de hoje, e os dois times --- Messi e Neymar com eles --- voltarão a apresentar aquele futebol burocrático de uma vitória aqui, outra ali, em meio a sucessivos empates e derrotas.

O que me deixa inconformado é que só agora o técnico Ricardo Gomes percebeu isto. Como vai entrar em campo sem Marlos e não tem peito para fazer com que seu time irrite a molecada santista desde o começo, pode ser que seja tarde para uma reação são-paulina. Só no domingo saberemos.

O que me deixa mais inconformado ainda é que ninguém da mídia esportiva (pelo menos, do que li, vi e ouvi até aqui) conseguiu olhar para o novo clássico da Vila com este enfoque, apesar de Ricardo Gomes já ter optado por Fernandinho no lugar de Washington. Nem mesmo o Linha de Passe, do ESPN, um dos melhores programas esportivos da TV brasileira, e que não perco um, viu o jogo assim, na última segunda-feira.

Em resumo, o São Paulo tem tudo para virar na Vila, mas não dá para acreditar muito nisso. Vale frisar: ainda está em tempo de o clube arrumar direito a casa para derrubar o Santos no domingo.



Tom Capri.







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