MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

segunda-feira, 21 de junho de 2010

TOM CAPRI: FINAL BRASIL X ARGENTINA?

O que eu mais temo nesta Copa:

Argentina campeã derrotando o

Brasil na final, com gol de Messi



É isso: o que realmente mais temo nesta Copa é a Argentina campeã derrotando o Brasil na final, com gol de Messi e ainda por cima frango de Júlio César. E, pelo andar da carruagem, não é muito difícil que isto venha a acontecer. Já pensou? E há outras coisas que temo nesta Copa, como o Brasil não se classificar, por exemplo. Neste domingo, o irritado Luís Fabiano pode tomar um vermelho já no primeiro tempo, ou Felipe Mello (ou Daniel Alves no segundo), e a Seleção, com dez, perder ou empatar com a Costa do Marfim, e adeus classificação. Veja a seguir o que mais temo nesta Copa.

Quanto aos hermanos, adianto: sou fã do futebol argentino e de Maradona, torço também pela Argentina. Sim, o que mais quero é que o Brasil seja Hexa, de preferência em cima da Argentina na final. Mas minha segunda opção são os hermanos. Eles só não podem é nos humilhar, ganhando de nós na final. De resto, que sejam os campeões.


No meu entender, esta Copa já é da Argentina. Só falta ela beijar a Taça. Depois de 24 anos na fila, os hermanos estão merecendo o Tri. Não só porque vêm apresentando futebol vistoso e elegante, mas porque a Argentina sempre jogou o futebol mais inteligente do Planeta. Repito, o mais inteligente do Planeta.

O Brasil tem os melhores jogadores do mundo, o que lhe permite levantar títulos mais facilmente que os adversários. Mas os técnicos brasileiros, geralmente sem muito tutano --- a exemplo de nossa mídia esportiva, a que chamo de Geni-Press, ambos resultado da histórica miséria mental que singra o País --- não sabem o que fazer com nossos craques. Já a Argentina, sem o mesmo número de talentos, costuma tirar o máximo de proveito de seus jogadores e formar sempre times perigosos e devastadores, da Era Maradona à Era Messi.

Embora os brasileiros praticamente tenham inventado o futebol moderno (esse inteligente praticado hoje, em que não há mais lugar para especialistas fixos em cada posição, só versáteis), os argentinos estão entre os que mais sabem tirar proveito disso. Os brasileiros, ao contrário, continuam desprezando o que criaram de melhor no ludopédio e ainda praticam futebol obsoleto que pode resultar em novo vexame.

Em 58, com Zagallo inventando o ala, o Brasil revolucionou: o jogador foi o primeiro ponta brasileiro a não jogar enfiado, aquele que só centra ou entra em diagonal para fazer gol e não marca ninguém. Além de fazer gol, Zagallo voltava muito para ajudar na armação e na defesa, tanto que impediu à Suécia de empatar aquele jogo, o que poderia nos ter tirado nosso primeiro título mundial. Zagallo foi, taticamente, mais importante que Pelé naquele time, além de decisivo.

Depois, em 70, jogando só com versáteis no meio-campo e no ataque, e em alguns setores da defesa (Carlos Alberto), promovemos nova revolução. Sem centroavante de ofício (com Tostão) --- e com todos, muito habilidosos, desarmando, armando e finalizando direito ---, deixamos para a história aquela que foi a maior seleção de todos os tempos.

De nada ou pouco adiantou isto. Vejam a seleção de Dunga. É fato, ela conta com muitos jogadores versáteis. Ou seja, o elenco de Dunga tem tudo para ser campeão do mundo. Mas o técnico já demonstrou que não sabe utilizá-lo adequadamente, razão pela qual não acredito que o Brasil volte com o Hexa.

Lamentavelmente, ainda jogamos com especialistas exercendo apenas uma função em campo, no máximo duas, do goleiro ao centroavante Luís Fabiano, que continua jogando enfiado, à espera de bolas açucaradas. No Planeta, nenhum time de respeito joga mais assim, só os clubes brasileiros e a Seleção. E, pasme, nossa mídia esportiva ainda não percebeu isso.

É verdade, Fabiano há alguns anos joga na Europa, onde aprendeu a ser centroavante moderno: marca forte, rouba bastante a bola e também ajuda na armação. Mas não sabe fazer isso direito e ultimamente nem gol tem feito mais, o que ainda por cima o tem deixado muito irritado, sujeito a cartões amarelos e vermelhos.

Além disso, continua jogando ‘enfiadão’, assistindo ao jogo a maior parte do tempo. Pior, não sabe roubar a bola sem fazer falta para cartão. Se somarmos a isto o fato de que estes jogos classificatórios pedem que o Brasil não atue com jogadores enfiados, pois assim fica mais difícil furar os bloqueios impostos pelos adversários e evitar seus contra-ataques fatais, temo que, por isso, o Brasil possa até não se classificar.

Derrubar Luís Fabiano agora seria desestabilizar o grupo, algo imprudente e burro a essa altura. Fabiano foi sem sombra de dúvida, nas Eliminatórias, o mais esforçado da Seleção. E anda com tamanha fome de gol, que pode até fazer besteira e tomar vermelho nesta Copa, o que não deixa de ter seu lado positivo.

O certo seria Dunga ter treinado antes, como opção, uma Seleção sem jogadores enfiados e ‘paradões’ lá na frente, como joga o Santos de hoje, também o São Paulo, o Corinthians e os grandes times mundiais. Uma Seleção, por exemplo, sem centroavante de ofício e com Robinho e Kaká mais adiantados, contando também com os versáteis Ramirez e Daniel Alves como titulares, o primeiro entrando a partir de um eventual não-aproveitamento de Luís Fabiano e Daniel escalado no lugar de Gilberto Silva. Dunga poderia também ter levado outros, como Ronaldinho Gaúcho, Ganso e até Roberto Carlos, para dar mais agressividade ao time. Não fez isto e agora é tarde.

A Coreia do Norte jogou fechada o tempo todo e ainda assim fez gol no Brasil. Imagino que a Costa do Marfim jogue do mesmo jeito neste domingo, muito fechada para finalizar nos contra-ataques. Só que a Costa do Marfim é superior à Coreia do Norte. E também mais forte e mais rápida. Se a Coreia do Norte fez gol no Brasil, imagino o que fará a Costa do Marfim.

E mais: não tenho na memória um frango de Júlio César. Será que não será desta vez, se esta já é a Copa dos Frangos? É isso o que mais temo nesta Copa. O histórico da seleção de Dunga e o que o técnico tem feito com o time não me deixam seguro: ao mesmo tempo em que vejo uma luz lá no finzinho, esta Seleção não parece iluminada.

Só um dado favorece o Brasil nesta Copa, e ainda assim não é tão relevante: seus futuros adversários, se a Seleção se classificar em primeiro na chave. Teremos chances maiores do que a Argentina de não precisar enfrentar nenhuma grande pedreira antes da final, como Argentina, Itália e Alemanha. Ainda assim, nossa chance é apenas maior. Isto se chegarmos à final, obviamente.

Mesmo não estando bem, as quatro grandes --- Brasil, Itália, Alemanha e Argentina --- crescem muito no transcorrer de uma Copa e provocam sempre enorme desgaste antes de uma final.

A Argentina, ao contrário, apesar de eu já vê-la hoje como favoritíssima, não teve adversários nesta primeira fase, mas tem mais chances do que o Brasil de pegar pela frente Alemanha e Itália. E uma das condições para se ganhar a Copa é não ter adversários desse porte antes da final, pois o desgaste com eles é imenso, baleando o time. Em 90, a Argentina eliminou o Brasil na segunda fase, mas perdeu para a Alemanha na final, muito pelo desgaste físico e emocional que nossa Seleção lhe impingiu. Eis o único ponto que vejo, hoje, a nosso favor, mas tem pouco peso.

Será que nos classificamos? E, se nos classificarmos, será que chegamos à final. E, se chegarmos à final, será que não repetiremos 1998, perdendo desta vez para uma alegre Argentina, com gol de Messi no final, como aquele de Caniggia em 1990?

É muito pesadelo? Pode ser. Mas infelizmente, agora, não há mais o que fazer. Só após a final, saberemos se dará samba, como quer Júlio César, ou tango, como deseja Maradona. Ou ainda nenhum dos dois. Por favor, hermanos, tudo menos tango em cima do Brasil na final.

Tom Capri.

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