MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sábado, 3 de julho de 2010

Foi melhor assim! Obrigado, Holanda!


Foi melhor assim!
Obrigado, Holanda!

(Saiba por que foi melhor assim e o que
de fato derrotou o Brasil no jogo de hoje)


Por mil razões que vou expor mais adiante, foi melhor o Brasil ter sido eliminado hoje. Primeiro, vou às razões da derrota de hoje, todas elas previstas em textos que enviei a todos às vésperas da Copa. A mais decisiva das razões foi o excesso de confiança que o time adquiriu no primeiro tempo. Ao final da etapa inicial, os jogadores foram para o vestiário com a certeza de que iriam golear e que o futebol que apresentavam era o de campeão do mundo. Isto é, de que estava fácil demais. Por isso, voltaram relaxados e desconcentrados, com certezas demais na cabeça: a velha ilusão do "já ganhei". Ou seja, não estavam preparados emocionalmente para nenhum revés.

Também haviam se esquecido de um detalhe importante: tinham perdido a chance de matar o jogo no primeiro tempo, como bem disse Falcão, da Globo. E mais: ainda não confirmei, mas acho que Dunga deve ter orientado o time para se acalmar um pouco na segunda etapa e ser mais cuidadoso. Algo do tipo: "Deixem que eles se abram, faremos mais gols nos contra-ataques, sem corrermos riscos". Só que a habilidosa Holanda foi pra cima, e quando a Seleção abriu os olhos já era tarde. Era um jogo que poderia ter sido nosso e que não foi.

E há mais razões, elas abundam: estava claro desde o começo que, mais uma vez, não era jogo para Luís Fabiano, que não ajudou eficientemente na marcação nem na armação, até porque é matador nato e não sabe fazer isto direito. Fabiano foi o tempo todo um a menos. Era, sim, jogo para um a mais, ou seja, para Ronaldinho Gaúcho ou Neymar ou mesmo Ganso, sem centroavante de ofício. Na habilidade, essa mesma Seleção com Gaúcho, Neymar ou mesmo Ganso, sem matador nato, teria goleado a Holanda.

E houve outros motivos que explicam a derrota, os mais óbvios. Michel Bastos nunca esteve à altura da Seleção. Dunga demorou-se para substituí-lo por Gilberto. Deveria ter voltado com ele para o segundo tempo. Com o cartão amarelo, Michel praticamente murchou em campo, mais um ingrediente para explicar a derrota. E aí tivemos o cartão vermelho tão anunciado de Felipe Mello, do qual vamos falar até o final dos tempos.  Por incrível que pareça, a Holanda foi quem mais soube catimbar e enervar nossos jogadores.

E, convenhamos, tivemos também um pouco de falta de sorte por ter tomado aquele gol sobrenatural vuvuzélico e jabulânico no começo do 2º tempo. Isso tudo, somado às demais razões que nos levariam a mais esta decepção, todas devidamente enumeradas em mensagens que enviei inclusive antes da Copa, explicam a derrota de hoje. Para usarmos um clichê, foi uma morte amplamente anunciada.

Agora, por que foi
melhor a decepção

Foi melhor o Brasil ter sido eliminado agora porque isto nos dá mais capacidade de autocrítica para a montagem de uma seleção forte e inteligente em busca do título de 2014 aqui no Brasil. Para, por exemplo, colocarmos em prática o "Plano Vital", do repórter Vital Battaglia e que poderá tirar a Seleção desse marasmo e conquistar o Mundial de 2014 em casa (ver a entrevista de Battaglia no link acima).

Se ganhássemos esta Copa, a mentalidade que predomina hoje na CBF --- impregnada de um certo gangsterismo mafioso denunciado recentemente pela revista CartaCapital --- seria considerada vencedora e poderia prevalecer para o próximo Mundial. E aí seria fatal, porque correríamos um risco enorme de perder de novo a Copa em casa, como aconteceu no Maracanaço de 1950.

Já imaginou disputar a Copa de 2014 como campeão do mundo, com Dunga no cargo de técnico e esse mesmo time aí reforçado com um ou outro jogador? Não que Dunga fez tudo errado: levou coisas boas para a Seleção, que não podem ser desprezadas e devem ser aproveitadas. Mas os erros eram gritantes demais. Se o Brasil não tivesse decepcionado, tais erros seriam encobertos e poderiam ser levados para o Mundial de 2014, jogando-nos numa tragédia maior ainda. Enfim, foi melhor assim, evitamos o pior.

E há outras razões para ter sido melhor ir mais cedo para casa: se passássemos da Holanda, poderíamos ir à final contra seleções mais fortes, como no fiasco da França em 1998. Já pensou? A tragédia de hoje seria pequena perto de uma coisa dessas. Página virada, o momento é de pensar no que fazer para brilharmos em 2014 (não deixe de ler a entrevista com Vital Battaglia).  Volto a dizer: o trabalho de Dunga não foi impecável, mas também tem algo de aproveitável.

O melhor de tudo é que, agora, ficou mais fácil uma limpeza no comando do selecionado, na CBF e até na Fifa. Tarefa difícil, eu sei, mas abriram-se as portas para uma renovação e, mesmo, moralização do futebol brasileiro. É possível que, depois dessa, os jornalistas sérios da grande mídia invistam mais numa cruzada desse tipo.

Até aqui, nossa grande mídia havia decepcionado mais do que a Seleção decepcionou hoje. A maioria encobriu, por exemplo, o conflito Dunga-Rede Globo e pouco falou da sérias denúncias de corrupção de CartaCapital contra o comando da CBF e da própria Fifa.

Como em 2006, novamente foram os canais por assinatura que mais brilharam nesta Copa, a exemplo do ESPN, que pertence à Disney. E é difícil de acreditar nisso. Walt Disney foi informante do FBI. No começo da carreira, flertou com o nazismo e tinha até uma certa conduta racista. Além de ter mostrado melhor como se encontra o apartheid na África do Sul e o que está de fato rolando na África, o ESPN, hoje presente em todo o mundo, esteve entre os poucos que, no Brasil, divulgaram as denúncias de CartaCapital contra a CBF e a Fifa. A decepção de hoje me deixou mais esperançoso quanto a isto. Abraços a todos, Tom Capri. 








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