MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

No - 166 – COLUNA DO SARDINHA - DE DARWIN A LULA DOIS SÉCULOS NOS CONTEMPLAM


“Nesta vida nem sempre vence o melhor preparado, mas sim, quem se adaptou melhor aos desafios dela, vida.”

“É melhor um burro analfabeto do que um intelectual ignorante.”

“Nesta vida nem sempre o intelectual vence, mas sim o burro analfabeto, que não tem o senso de sua burrice.”

Frases semelhantes a estas circularam essa semana como uma verdadeira descoberta de que maneira as coisas estão sendo conduzidas no Brasil neste começo de século.

A primeira faz-nos lembrar o camaleão, que através do mimetismo consegue ludibriar seus predadores, misturando-se às folhas e adquirindo a cor predominante no ambiente. Charles Darwin, grande naturalista e cientista inglês, autor da Teoria da Evolução das espécies, talvez tenha usado frase semelhante, mas sem a conotação política que ora damos.

Provavelmente, por que na época de Darwin, política era algo levado muito a sério e o eleitor cobrava coerência de seus eleitos.

O que seria de muitos políticos atuais na época do cientista inglês?

O político brasileiro inventou a teoria da involução da raça política, pela qual não é a ideologia que comanda o comportamento, mas os fatos que determinam a ideologia, mesmo que tal represente o oposto do que então defendia-se ali atrás.

O comportamento do presidente Lula é um exemplo disto. Nascido e parido politicamente nas asas de uma “ditadura militar”, Luiz Inácio fez carreira empunhando a bandeira de sua luta contra ela, chegando a presidente da república graças a tais precedentes.

Chegando à presidência aliou-se a três regimes nada democráticos: Cuba, Venezuela e Irã numa aliança que levou-o a extremos, como a entrega dos pugilistas cubanos, que pediram asilo político durante os Jogos Panamericanos do Rio e que foram mandados de volta para a ilha em avião venezuelano e o fracassado acordo nuclear Irã/Brasil/Turquia.

Sentindo-se à vontade, líder e amigo dos ditadores, Lula extrapolou e num rasgo de humanismo ofereceu asilo à mulher condenada por um crime previsto no Alcorão: o adultério.

O crime é tão grave perante as leis islâmicas, que prevêem pena de morte por apedrejamento à mulher adúltera. Se justa ou injusta, não descemos a tais critérios de valor.

Tal intrusão foi mal recebida no âmbito externo, pois Lula com a oferta estaria intrometendo-se em assuntos internos de um país soberano, ainda que aliado. Seria o mesmo que o Irã entendesse que a Justiça brasileira fora muito severa com Fernandinho Beira-Mar e oferecesse asilo a ele.

No âmbito interno Lula criou um “imbróglio” jurídico, que começa com uma interrogação sem resposta: que tipo de asilo?

Político? Não, não pode ser, pois exigiria o pedido do provável exilado, que deveria estar no país e o delito teria que ser de opinião ou seja, de motivação ideológica ou política. Este está em nossa Constituição e requer tratado bilateral assinado pelos países que assim acordarem e uma série de requisitos.

Religioso? A nossa lei não prevê este tipo de asilo.

Humanitário, como quer o PT? Se formos abrir as fronteiras para asilarmos todos os que precisem de ajuda humanitária, como os fugitivos da fome, p.ex., o Itamarati terá que trabalhar em três turnos para tentar atendê-los. Além do que este a nossa lei também não prevê.

Criminoso? Esse tipo de acolhimento de estrangeiros foragidos é repudiado por todos os países do mundo e casualmente aplica-se à mulher iraniana.

Diante de tão complexas questões, como explica e justifica-se a insólita oferta do presidente brasileiro à iraniana?

Uma explicação plausível será difícil de ser achada. Quanto à justificação, poderá ser embasada nos três primeiros parágrafos deste artigo – foram frases que circularam adoidado na semana passada; Se tal justificação será aceita por Almadinejad é o que veremos no desenrolar dos acontecimentos.



Luiz Bosco Sardinha Machado, advogado e jornalista.

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