MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

No – 167 – COLUNA DO SARDINHA - DE ELEFANTES E DE ELEITORES


Certa feita, havia um circo, que possuía inúmeros animais, entre eles um elefante. O dono do circo para promover os espetáculos, oferecia uma boa importância em dinheiro a quem fizesse o animal abanar a cabeça, imitando o sinal de “não”. Os espectadores faziam fila, pensando na boa grana. Mas nada.

Até que finalmente, surgiu um indivíduo troncudo e decidido, resolvido a levar a bolada. Tentou de tudo, até que inadvertidamente, pisou com toda a força na pata do animal, que prontamente fechou os olhos e desesperadamente chacoalhou a cabeça em sinal negativo que todos conhecem.


Ganhou o prêmio, indiscutivelmente.

Muitos anos depois, voltava à cidade o mesmo circo, com a mesma proposta.

Lá se foi novamente nosso amigo, que chegando no ouvido do paquiderme, perguntou-lhe se queria tomar outro pisão igual a aquele daquela vez. Foi o que bastou para que o elefante começasse a chacoalhar a cabeça vigorosamente em sinal de não e ele novamente abiscoitasse a bolada.

Dizem que essa estória não passa de uma piada, pois o elefante apesar de seu imenso corpanzil, não tem memória alguma, pois se tivesse seria o dono do circo e o palhaço teria que fazer graça para ele diariamente.
Se fossemos comparar o Brasil com alguma espécie do mundo animal, o elefante por certo seria o escolhido e não seria só pelo tamanhão enorme, mas pela falta de memória de seu povo.

Há exatos nove anos, na campanha eleitoral que elegeria Lula da Silva como novo presidente, todos os candidatos, inclusive o vencedor cantavam uma só música de mesmo refrão, de que o novo presidente deveria ser comprometido com as reformas.

Falava-se em reforma de tudo, como política, eleitoral, tributária, previdenciária e tudo o mais que fosse possível reformar. Só não se falava em reforma religiosa, pois essa já tinha sido feita há muito tempo.

O Partido dos Trabalhadores, como oposição na época, passou boa parte do governo FHC exigindo tais reformas, sem nada conseguir.

Alçado ao poder, com Lula, o partido não falou mais nisso e interessante que até os empresários, também não se preocuparam mais em exigir reforma tributária alguma.

A queda da CPMF, única alteração que tivemos no sistema arrecadatório foi obra e graça do Congresso Nacional. O Executivo bem que  tentou recriá-la com novo nome (CSS), mas devido ao bombardeio que sofreu, até da base aliada, teve que recuar.

O curioso nestas eleições que determinarão o sucessor de Lula, é que os principais candidatos, simplesmente, “esqueceram-se” das reformas, que pelo visto não serão realizadas, pelo menos nos próximos quatro anos.

Não se falou mais nisso. Assistimos no entanto, a candidata do PT posicionando-se contra a criação de um novo tributo, a CSS no caso, mas que o “difícil seria arrumar os quarenta bilhões de reais que são consumidos anualmente pela saúde pública”.

Ora, se a candidata não sabe, quem deveria saber?

Nós outros, os quase cento e setenta milhões de brasileiros, temos uma noção de como conseguir tal façanha, mas entretanto, não podemos colocar em prática, pois não estaremos um só dia no governo. Quem deveria saber seria a candidata.

Daí a importância para o país das esquecidas reformas, que deveriam ser cobradas de todos os candidatos. Como o nosso povo não se preocupa com algo que lhe interessa e a mídia que deveria ser a caixa de ressonância do povo, também não,  estando atacada da mesma amnésia, o que nos espera nos próximos quatro anos é mais ou menos previsível.

Enfim, para quê serviriam as reformas? Se o maior beneficiário delas, o povo não está nem aí com a coisa, não reagindo nem mesmo  aos pisões no pé qual o elefante. Mudar para quê? O povo gosta do jeito que está, merece coisa diferente? Não e é justamente o que nos oferecem os três principais candidatos.

Luiz Bosco Sardinha Machado, advogado e jornalista


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