Já expressamos daqui os aspectos que fazem das eleições presidenciais brasileiras um exercício de ficção política que não expressa exatamente a intenção do eleitorado, correntemente manipulado por grupos, que defendem interesses outros, que não os nacionais.
Referíamos às urnas eletrônicas, ao sistema de escolha dos candidatos e à ingerência indevida do Executivo na campanha.
Se adicionarmos a esses aspectos, que prejudicam a legitimidade do eleito, à questão dos gastos de campanha, veremos então, que de democracia temos muito pouco e o governo do povo para o povo é exercício de pura credulidade de um povo ingênuo.
Para informação, os três candidatos que despontam nas pesquisas declararam ao TRE que pretendiam gastar nesta campanha que ora chega ao fim, a importância de duzentos e quarenta milhões de reais: Serra, cem milhões; Dilma, noventa; e Marina, cinqüenta.
Para ter-se uma idéia de quanto isso representa, tomemos por base o gasto declarado pela candidata Marina – 50 milhões. O futuro presidente deve receber por mês, algo como trezentos e sessenta mil reais por ano; em quatro anos de mandato, um milhão, quatrocentos e quarenta mil reais, ou seja, quase quarenta vezes o que gastou na campanha.
Quer dizer, esses candidatos ou são patriotas doentios ou malucos de babar na gravata.
Retirando-se esses detalhes, em verdade as eleições estão postas e as regras do jogo são estas e a obrigação do cidadão é optar por um dos candidatos. É nosso dever analisar e pesar o que é melhor e o que é pior para o país, descartando-se de cara o voto branco e nulo, que elegem o candidato que não espelha a real intenção do eleitor.
O voto é acima de tudo uma questão de consciência e optar pelo candidato que reúna melhores condições e que inspire a confiança necessária de que fará melhor pelo país, são requisitos que não podem ser afastados.
Quem vota dá ao eleito uma carta branca para agir em seu nome. Você faria isto pelo escolhido de sua preferência?
Pense bem, escolha bem para depois não ter que chorar sobre leite derramado.
“Allea jacta est” como diriam os romanos e que a sorte nos sorria.
Luiz Bosco sardinha Machado, advogado e jornalista.
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