MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quarta-feira, 4 de maio de 2011

OBAMA A CAMINHO DA REELEIÇÃO

Bin Laden, última
cartada (eleitoreira)
de Barack Obama



(Mais verdades que
você tanto precisa saber)


Por Tom Capri


Bastou a CIA capturar e matar o inimigo público número um dos EUA, Bin Laden, para termos uma nova enxurrada de bobagens na mídia mundial.


 A ação que culminou com a morte do hoje mito árabe-muçulmano não passou de cartada eleitoreira de Barack Obama. O presidente norte-americano vinha perdendo popularidade numa velocidade impressionante, muito maior do que a de Bush Filho em seu último mandato. Não tinha outra saída senão atuar como xerife, provocando acontecimento da proporção e do alcance do assassinato de Bin Laden. Principalmente, porque isto era promessa de campanha, que poucos acreditavam ser Obama capaz de cumprir. Morto Bin Laden, só está faltando agora a opinião pública dos EUA endeusar o seu presidente, que acaba de dar um salto fantástico no índice de popularidade, para tristeza dos que até então riam dele. Na mídia, a grande bobagem que ouvi foi a de que a morte de Bin Laden representa a maior vitória conquistada pela democracia neste milênio. A mídia mundial ainda não sabe que não existe democracia autêntica em lugar nenhum. Nem que a democracia que existe não passa da pior das ditaduras, a mais sanguinária e a que mais viola os direitos humanos, justamente por ser o principal instrumento de defesa e proteção das ações do capital. O mundo ainda não se deu conta de que o capitalismo se assenta no roubo em escala de força de trabalho, a maior violência jamais perpetrada pelo ser humano contra o próprio ser humano. Nem que o papel da democracia, essa real que aí está, é unicamente o de abrir caminho para que o capital possa cometer livremente seus crimes de lesa-humanidade. Ainda não sei se o sucesso na caçada a Bin Laden será suficiente para reeleger Obama em 2012. Mas já sei que os republicanos vão ter de trabalhar duro para reverter esse quadro. A reeleição de Obama ficou bem mais próxima. Confira.

Em recente artigo, que escrevi por ocasião da queda de Hosni Mubarak no Egito, eu disse que Obama estava no mato sem cachorro. Sem perspectivas de sair dessa. Não tinha para onde correr, pois sua imagem vinha se deteriorando e tudo indicava que ele não se reelegeria em 2012. Aquele meu artigo, que já esclarecia, bem antes, por que Obama faria sucesso se caçasse Bin Laden, sem mencionar o terrorista, continuava assim:

“Quem viu o filme Trabalho Interno percebeu que Barack Obama tem sido bastante pusilânime até aqui, especialmente no que se refere às medidas para debelar os efeitos da débâcle financeira (regulação ainda incipiente do mercado). Percebeu também, no filme, que os responsáveis pela crise – os mais recentes agentes de ponta do capitalismo dos EUA (de Reagan a Bush Filho, passando por Clinton), aliados de funcionários graduados das instituições do sistema financeiro do país –, ainda estão soltos, com a conivência de Obama, a maioria nos altos cargos que então ocupavam quando provocaram a crise.”

Trabalho Interno” --- continuava aquele meu texto --- “só não explica as razões de toda essa fraqueza de Obama. Aqui vai: negro, o presidente dos EUA não tem mais como reagir à altura. Se peitar ex-presidentes como Bush e Clinton e agentes da pesada do sistema financeiro, é bem capaz que tome uma bala na testa e saia rapidamente de cena. Por muito menos, John Kennedy não sabe até hoje que foi posto à bala para fora da Casa Branca. Na melhor das hipóteses, Obama levará tanta bordoada que, da mesma forma, não conseguirá se reeleger.”

“Por outro lado, se continuar titubeante desse jeito” --- prosseguia meu texto ---, “Obama não só não se reelege como passará para a história com a fama de pior presidente dos EUA. O primeiro presidente negro dos EUA? Obama trata de não deixar que isto ocorra.”

E eu concluía o artigo assim: “A única carta que ainda tem na manga para salvar a popularidade – acabar com Kadafi como Bush fez com Saddam Hussein – é igualmente pra lá de arriscada: mesmo que a operação tenha sucesso, o desgaste poderá vir a galope, uma vez que a economia dos EUA não consegue sair do sufoco e novos gastos dessa monta, que poderão até quebrar o Império, acabarão jogando a população dos EUA de vez contra seu presidente. E o argumento de que Kadafi também teria armas químicas já está desgastado e desmoralizado. O presidente dos EUA continua aceitando sugestões. Mande a sua.”

Na época da publicação desse artigo, cheguei a pensar em mandar também uma sugestão minha, a de caçar Bin Laden como outra boa saída para Obama, até porque, é bom repetir, era promessa de campanha dele. Mas, não sei por que motivos, acabei deixando-a de lado. Acho que por puro esquecimento.

Mas eis aí Obama demonstrando estar vivo. E com bastante fôlego. Volto a dizer: ainda não sei se isto será suficiente para melhorar a imagem do presidente a ponto de ele se sair vitorioso de novo das urnas, em 2012. Também ainda é difícil prever quais os desdobramentos a partir da morte de Bin Laden.

É provável que tenhamos, sim, um recrudescimento das ações terroristas em todo o Planeta, especialmente nos EUA, Inglaterra, Israel e países mais diretamente envolvidos nessa longa caçada a Bin Laden. Mas há que louvar a cartada: por pior que venha a ser, já está provado que o terrorismo, nas atuais circunstâncias, não leva a nada, é retrocesso.  

E agora vem o que relutei muito em escrever, mas que a coceira me leva a fazê-lo. Me passa pela cabeça que Bin Laden, envelhecido, em fim de carreira e já sem os poderes de outrora, entregou essa de mão beijada para Obama. Por razões puramente ideológicas. Cria dos norte-americanos, a exemplo de Sadam Hussein, Bin Laden um dia voltou-se contra os criadores, os Estados Unidos, e derrubou as Torres Gêmeas. Mas não foi uma revolta contra o povo dos EUA, apesar de ter custado muitas vidas, e, sim, contra o grande capital, que Bush Filho, os donos do petróleo no Texas e os Donald Trump da vida tanto representavam.

Por isso, Bin Laden fez o que pôde para não deixar que Bush Filho o capturasse. E agora pode ter facilitado essa caçada para impedir que os republicanos voltem ao poder, derrotando Obama em 2012. Obama é negro. E o negro aderiu em massa ao islamismo na América, além do que Obama tem comprovada faceta muçulmana, até no nome. Bin Laden, que sempre lutou por uma causa (não importa se correta ou não), pode agora ter entregado a vida a Obama pela mesma causa. Mas isto não passa de especulação minha.

Na verdade, só uma coisa vejo como 100% certa: foi uma vitória acachapante do Partido Democrata, o maior defensor do capital na América, depois do Partido Republicano. Obama acaba de sair do fundo do poço e volta a ser favorito na próxima eleição. Até quando, não dá para dizer. Abraço a todos.

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