VALE?
Estávamos seriamente pensando em abolir a letra “p” de nosso dicionário. O primeiro impulso que nos veio, foi sugerir à comissão mista Brasil-Portugal que o fizesse, quando da reforma ortográfica. Mas, lembramo-nos que a pátria lusa começa com a malfadada letra. Desistimos provisoriamente.
Nossa luta deveria continuar, nem que fosse para bancarmos os Quixotes, lutando solitários como doidos, desta vez em lutas reais e não contra moinhos de vento.
Vamos contar nossas razões e acreditamos que, se não forem infundadas, encontraremos não um só Sancho Pança, fiel escudeiro do famoso filho de Castela, mas talvez dúzias deles, prontos a defender a idéia.
Já perceberam que as grandes mazelas que o Brasil enfrenta começam com letra “P”? Vejam, o que começa com “P” que incomoda-lhes e logo lhes vem à cabeça? Pernilongo, que mais? papagaio falador, sim talvez, mas o que mais? Gripe suína? Ah! Não começa com “P”, mas tem uma palavra que lhe é antecedente, que começa – politicagem; mas, isto é uma outra história; e, aí vai.
Não esqueçamos dos grandes entraves para o país: Políticos e politicagem, parlamento e parlamentares, partidos políticos e presidente da República, todos começando com “P”.
O Poder Judiciário com Gilmar Mendes, depois da absolvição do Palocci, bem poderia estar no rol dos “P’s” descartáveis, mas devido aos serviços prestados, ainda tem um pouco de crédito em seu cartão.
Justa ou não, a nossa reivindicação?
(Vamos abrir um parêntesis. Os nossos críticos, que não são poucos devem estar dizendo, “esses caras deveriam pegar mais leve, pois a coisa não é tão séria assim.” então, ouçam esta: há mais ou menos um mês os arautos das notícias tendenciosas apregoavam que os luminares do Planalto estavam com tanta bola, que iriam emprestar ao Fundo Monetário Internacional, a módica importância de dez bilhões de reais. Agora o FMI anuncia que fará um aporte no Tesouro Nacional de quatro bilhões de dólares! Ué, onde estamos? Cadê nossos políticos? E nós somos mais uns P’s de palhaços?)
Mas analisando bem, o “P” não pode ser culpado de tudo o que de ruim nos acontece e merece um pouco de comiseração. Veja o que dá para fazer com o “P”.
“Pobre Pedro Pintor, perfeito pateta, pintou parede de político paquistanês, parecia peruano, paraguaio, polonês, porém piscava parado, com as pálpebras paralisadas, pescando peixes parecidos, puxa! Papagaio! Parei.” E milhares de outras combinações em que o eclético “P” comparece.
Se é Papa, Padre, Pastor, Polícia, pais, país, píncaros, pináculos, picaretas, é tudo com “P”, parecendo-nos que tal letrinha é importante e imprescindível e livrar-se dela não seria tarefa muito fácil para simples escribas e troca-tintas. Seria menos dificultoso escalar o Himalaia, que na tela de entrada do computador ocupa todo o espaço, iluminando o dia quando é acionado ou ainda livrar-nos dos políticos que nos fazem patinar por pistas perigosas.
Êta letrinha arretada o tal de “P”!
Entre os políticos e a letra “P” ficamos com ela mesma, pois tem uma serventia inconteste, o que já não acontece com os referidos. Políticos como Sarney e outros não valem “P” nenhum.
Definitivamente decididos, ficamos com a letra “P” e o fazemos depois de muito pensar, esquentar a cachola e queimar muitos neurônios, só uma coisa merecemos: efusivos
Parabéns!
Luiz Bosco Sardinha Machado
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