MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sábado, 6 de fevereiro de 2010

COM PIZA E ORICHIO, GENI PRESS VOLTA À TODA - TOM CAPRI


Assuntos aqui abordados: a volta de
Robinho e Felipe Massa vs. Alonso
A Geni-Press, aquela parcela de nossa crônica esportiva que não entende nem mesmo das modalidades em que se especializou, está de volta, depois de rápida folga (as férias). E voltou a toda. Hoje (3/2/2010), Daniel Piza nos agracia com artigo que é um primor de sabedoria, na coluna Boleiros do Caderno de Esportes do Estadão, página E2. E Livio Oricchio nos brinda, no mesmo caderno e na mesma página (E2), com uma entrevista exclusiva em que o entrevistado é Felipe Massa e a verdade sobre ele e a Fórmula 1 nunca vem à tona. Comecemos com Piza.

O comentário de hoje do articulista --- sob o título “Brilho e estrelismo”, em que aborda a volta de Robinho ao futebol brasileiro, não acerta em nada. Piza não gosta do jogador e tem sido um dos que mais vêm contribuindo para derrubá-lo. Começa dizendo que Robinho fracassou na Europa, onde se tornou “a maior frustração da história recente de craques brasileiros que saíram para conquistar o mundo”.

Piza esqueceu que Robinho foi muito bem no Real Madri. Chegou a ser bicampeão espanhol como titular absoluto, feito que nem Ronaldo Fenômeno conseguiu em seus cinco anos de clube, de onde saiu sob vaias. E por pouco Robinho não chegou à final da Copa dos Campeões. Modernizou seu futebol na Europa, aprendeu a jogar no sacrifício, voltando sempre para marcar, com o que ajudou não só o Real, mas a Seleção nas Eliminatórias, em que de novo brilhou.

Piza esqueceu também que é ele, Piza --- somado à CBF e a toda essa parcela da mídia que sempre quis derrubar o jogador ---, o maior responsável pelas más fases vividas por Robinho na Europa. Tudo começou quando o jogador foi preterido na Copa de 2006. Ficou a maior parte do tempo no banco naquele Mundial, enquanto a Seleção dava vexame com um time mal armado, mal tudo e ainda por cima acima do peso, e nossa Geni-Press, essa a que pertence Piza, fazia vistas grossas a isso e errava feio nas avaliações.

Em seguida, Robinho foi para o Real Madri, onde, apesar de ter sido bicampeão espanhol como titular absoluto, não foi respeitado e acabou rifado, até hoje não se sabe por que. Depois, foi para o Manchester City, onde de novo o encostaram: viveu a maior parte do tempo à margem, no banco de reservas. Apesar disso, a conclusão a que chega Piza é de que ‘é difícil dizer que Robinho aproveitou as ótimas chances que teve”. Ora, quando teve ótimas chances, aproveitou, como no Real Madri. Pergunto: onde mais ele teve ótimas chances, se ficou a maior parte do tempo no banco?

Piza coroa seu besteirol com esta citação de Monteiro Lobato --- “Talento não pede passagem, talento se impõe” ---, procurando “pizar” ainda mais em Robinho. Qualquer bobinho sabe que a frase de Lobato é, no mínimo, equivocada. A História está repleta de exemplos de talentos que, sufocados e censurados, nunca conseguiram se impor e caíram no esquecimento. De grandes inventores que, engolidos pela realidade e esquecidos, tiveram seus inventos “inventados” de novo por outros, que acabaram levando a fama. Se o clube é comandado por cegos que não enxergam o talento do jogador e o deixam na reserva, ele nunca conseguirá “impor seu talento”.

Robinho não precisa provar nada a ninguém e já impôs seu talento. O jogador foi decisivo na classificação do Brasil para a Copa da África do Sul e também decisivo na conquista do bicampeonato espanhol pelo Real Madri. Desde a saída de Robinho, o Real Madri não conseguiu ganhar mais nada.

Não dá para esquecer que Robinho foi bicampeão espanhol pelo Real Madri numa época em que o Barcelona já tinha um timaço, com Messi como titular absoluto. E que Messi só despontou como melhor do mundo depois da saída de Robinho do Real e de Ronaldinho Gaúcho do Barça.

É inegável que Robinho vem de altos e baixos na Europa. Mas as más fases se devem, muito mais, à obrigação que o jogador passou a ter de, quando entrar em campo, precisar mostrar toda a sua genialidade e o seu talento. Não há craque nem talento que resistam a esse tipo de pressão: a queda de produção é imediata. É o mesmo problema que Messi enfrenta na seleção argentina: não há meios de ele jogar bem nela, e a Geni-Press argentina não para de malhar o jogador por isso.

E Robinho vive uma situação delicada, muito difícil de ser contornada. Da mesma forma que precisa, em cada jogo, mostrar sua genialidade, não pode mais se esmerar em campo nem mostrar tudo o que sabe. Está a seis meses da Copa, e uma simples contusão pode tirá-lo do Mundial, como já aconteceu com muitos craques brasileiros.

Piza não dá nenhum sinal de que tenha percebido isso. Ainda bem que Dunga nunca deu ouvidos à Geni-Press e com certeza vai continuar convocando Robinho, mesmo que o jogador não venha a brilhar no Santos. Dunga sabe que Robinho é essencial à Seleção, na busca pelo Hexa, e que o jogador precisa se poupar agora no Santos para poder render o máximo na Copa.

Vamos agora à exclusiva de Livio Oricchio com Felipe Massa. Na mesma página em que está o artigo de Piza, temos, no alto, essa entrevista de Oricchio. Em nenhum momento, o jornalista levanta o que o fã da Fórmula 1 no Brasil começa a descobrir: que a Fórmula 1 é uma farsa e que a carreira de Felipe já acabou na categoria.

Até os idiotas sabem que Fernando Alonso chegou à equipe para ser o número um, não tem conversa. E que a Ferrari vai fazer convergirem todas as atenções para o piloto espanhol (já o está fazendo: Massa vem testando e preparando a nova Ferrari na pré-temporada para entregá-la prontinha, de mão-beijada, a Alonso, que assim pode melhorar facilmente o tempo do brasileiro, como aconteceu nos treinos de hoje; e isto é apenas o começo).

O problema é que Oricchio não pode nem sequer levantar o assunto. O Grupo Globo, para o qual Oricchio também trabalha, detém os direitos de transmissão dos grandes prêmios e não pode ficar mostrando a categoria como farsa nem pondo em xeque a idoneidade do Mundial. Já imaginou o que a Globo vai perder de audiência se sair por aí dizendo que a Fórmula 1 é uma farsa, que brasileiro nenhum tem vez e que Massa não ganhará mais nada na categoria? Aí é que todo mundo salta de vez para a Fórmula Indy, que anda caindo nas graças até do presidente Lula.
 Tom Capri.

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