MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A SERVIÇO DE UMA CLIENTELA





Fomos para a Audiência Pública de Assis (SP) que iria discutir um novo Código Florestal, desconfiados de que estaríamos diante de uma farsa, pois a cidade do interior de São Paulo, junto com Ribeirão Preto é uma das catedrais do agro-negócio e baluarte dos canavieiros, que tem no presidente Lula o garoto-propaganda número um.
Entretanto, uma dúvida nos assaltava, a cidade do norte do Estado, também reduto dos canavieiros havia sido categórica em sua repulsa a esta aventura mudancista.


Em Assis, faixas, cartazes e camisetas, secundadas por uma distribuição de farto material de propaganda distribuído pela CIVAP (promotora do evento), pela FAESP (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), pela OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e Sindicato Rural patronal, davam o tom do que seria o evento.
 Isto tudo somado à presença de uma claque organizada de deputados estaduais, prefeitos e vereadores da região, a maioria simpatizante da monocultura da cana-de açúcar, quando não senhores de engenho, dava aos deputados federais da Comissão Especial da Câmara criada para ouvir a população, a garantia de que seriam as estrelas e que poderiam ser até ovacionados, como realmente ocorreu em alguns momentos.
A ausência de grupos organizados de ambientalistas, como Greenpeace, SOS Mata Atlântica e dezenas de outros que estiveram em Ribeirão Preto no dia 29, deixou o campo livre para a manifestação abusada dos parlamentares, que para gaudio dos ruralistas falavam a língua que eles queriam ouvir.
Interessante foi escutar Aldo Rebelo (PCdoB/SP) ex-presidente da União Nacional dos Estudantes, que durante o regime militar refugiou-se no exterior, defender os interesses dos latifúndios e dos senhores de engenho, aqueles mesmos que representavam o “imperialismo” americano e oprimia os camponeses da América na época da ditadura de 1.964.
Como os tempos mudam! Mas, ao invés de evoluirmos, estamos regredindo aos tempos de antes de ’64.
Uma Comissão isenta e que tivesse em mente ouvir realmente o povo, deveria ir amassar barro e ver “in loco” o que restou de nossas matas e de nossos cursos d’água e iria concluir que mesmo com um Código Florestal “ultrapassado”, draconiano e que precisaria ser revogado, o setor sucro-alcooleiro desmatou livremente neste país, literalmente enterrando em valetas grande parte de nossa bio-diversidade e paralelamente assoreou córregos, rios e banhados e poluiu suas águas com pesticidas e o vinhoto que a chuva carrega.
Se aprovado este novo Código e a mentalidade que rege o governo Lula em matéria ambiental se estender por mais algum tempo, isto aqui corre o risco de literalmente transformar-se em um deserto, onde não será possível produzir nem cana nos moldes atuais.
O que hoje parece representar um ganho para os ruralistas com o acréscimo de terras destinadas anteriormente á natureza, amanhã representará um pesado ônus, não só para os produtores, mas e principalmente para o Estado, obrigado a atender as demandas, principalmente de saúde e água potável da sociedade.
Num deserto principalmente, de homens e idéias ganha quem fala mais alto e grita primeiro. Seria de bom alvitre, anotar o nome destes parlamentares que estão a serviço do agro-negócio e verificar na prestação de contas de campanha, que destino tomaram as doações do setor, permitidas por nossa esdrúxula legislação eleitoral.
Luiz Bosco Sardinha Machado

Fotos Luiz Leme
(Ribeirão Preto 29/01/2.010)

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