MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quarta-feira, 3 de março de 2010

AH! JUCA KFOURI!!!!!! AH! "LINHA DE PASSE"



Veja também quais os principais problemas que os clubes e a Seleção enfrentam hoje, do ponto de vista técnico.

Nunca escondi que sou fã de Juca Kfouri e também do Linha de Passe, uma das melhores mesas-redondas de futebol da televisão brasileira. Mas isto não significa que nunca tropecem. Às vezes, pisam feio na bola, como no Linha de Passe de ontem. Além de tudo, o programa demonstra que continua não percebendo certas coisas óbvias do futebol, o que é imperdoável numa mesa-redonda com fama de ser séria e digna de elogios.

Ontem, por exemplo, fiquei pasmo quando vi Juca Kfouri defendendo a ação do craque santista Neymar, de puro anti-jogo, no clássico contra o Corinthians. Gosto demais do futebol de Neymar, burro será Dunga se não levá-lo para a Copa. E não perco mais um jogo sequer do Santos, que hoje tem o melhor futebol do País e está encantando. Mas o gesto de Neymar foi digno de cartão vermelho. E não pode ser louvado por ninguém, quanto mais por comentarista de peso.

Está na regra. Todo time tem direito a se apressar em cobrar falta ou recolocar a bola em jogo, para que tudo flua mais rapidamente. Em algumas faltas, não precisa nem esperar apito do juiz. Foi o que tentou fazer o zagueiro Chicão, do Corinthians, no clássico. Correu para recolocar rapidamente a bola em jogo, mas foi impedido por aquela gracinha de Neymar, que aplicou nele um chapéu, depois apanhou a bola e foi entregá-la ao juiz. Em qualquer lugar do mundo, jogador que faz isso (atrasa o adversário na recolocação da bola em jogo) é punido com cartão amarelo e até vermelho. É puro anti-jogo. Tanto mais porque o Corinthians estava num momento ruim, na partida. Já vi jogador fazer isso, tomar empurrão de adversário que se sentiu prejudicado, e o juiz expulsar quem fez a gracinha e não dar nem cartão amarelo para quem empurrou.

Juca Kfouri não só louvou a atitude do garoto Neymar, como aconselhou o mundo do futebol a seguir o exemplo dele. E comparou equivocadamente o gesto à embaixadinha de Edílson, o que é bem diferente. Eu também não tenho nada contra este tipo de ação, porque a bola está em jogo e é lícito irritar e desmoralizar o adversário com a bola em jogo. Sou adepto da velha catimba. Mas da catimba inteligente, não da ingênua e equivocada como a de Neymar. O jogador poderia ter sido expulso e derrubado o Santos.

Mas perdoo Juca. É comentarista corintiano como eu. Precisa estar sempre se mostrando isento. Só que às vezes exagera. O Corinthians foi prejudicado com aquela gracinha de Neymar, que até já se desculpou. Se Neymar tivesse tomado um vermelho, o resultado do jogo com certeza teria sido outro. O juiz, um banana segundo a crônica esportiva, foi muito manso com Neymar, naquele momento, e rigoroso com Chicão: os dois levaram amarelo. O amarelo de Chicão, ainda por cima, poderia tê-lo levado mais facilmente à expulsão, depois, o que teria sido um desastre maior ainda.

Mas percebi mais furos no Linha de Passe de ontem, o que me entristeceu. Apesar de contar com alguns dos melhores comentaristas do País, a mesa-redonda continua não alcançando nem entendendo alguns dos principais fundamentos do futebol. Se não, vejamos.

Por exemplo, como corintiano, o que mais me envergonhou no clássico com o Santos foi que, no campo, o Corinthians fez de tudo para mostrar à torcida que o Peixe ganhava injustamente, por erros do juiz e outros que tais. O Timão tomou baile dos moleques da Vila, mas deixou o gramado como se não fosse o Santos que tivesse dado show, e sim o Timão que tivesse sido prejudicado e perdido. Isto acabou não sendo devidamente abordado no programa. Pior que isso, nenhum dos comentaristas do Linha de Passe demonstra entender ainda o que de mais importante, do ponto de vista técnico, está rolando no futebol brasileiro e, em especial, na Seleção.

Na quinta passada, bem antes do clássico da Vila, eu havia dito a Rodrigão Aun (amigo, joga society comigo nas quadras da Atlética, na Marginal do Tietê) que Mano Menezes estava me saindo um blefe (posso estar exagerando aqui, PVC já me chamou atenção para isso). Que quem havia montado aquele timaço de 2009 fora Antônio Carlos. E que a diretoria do Timão tinha errado feio ao dispensar aqueles jogadores. Como dispensara também Antônio Carlos, ficara sem nenhuma referência para boas contratações.

Aí, aconteceu de a diretoria passar a contratar com a ajuda de Mano, errando nos critérios (o mesmo erro que comete até hoje o São Paulo). E o que vimos foi a montagem de um time velho não só na idade dos jogadores, mas no esquema de jogo. Ninguém do Linha de Passe demonstra ter entendido isso aiiiiiiiiiiiiinda! Ninguém entre eles percebeu, por exemplo, que o Corinthians e o São Paulo --- e também a Seleção --- continuam insistindo naquelas velhas fórmulas e clichês que até já caíram em desuso, pois jogam hoje um futebol burocrático, envelhecido e obsoleto.

Já é até óbvio: hoje, quem dá bola é o Santos. Tem um time sem atacantes paradões e sem especialistas, e é bastante jovem. Todos defendem, armam, atacam e podem finalizar, como pede o futebol moderno. É aquele toque de bola rápido e ousado e aquela juventude com fôlego de sobra para o que der e vier. E que habilidade!

Num time armado assim, sempre a aparece o futebol-arte brasileiro que tanto encantou o mundo, mas que andava meio sumido. Assim, o Santos não precisa nem de Robinho para jogar bem. Deveria ser copiado e imitado por todos os clubes. Principalmente pela Seleção. Está encantando não porque tem craques como Robinho e Neymar, mas principalmente porque joga um futebol moderno, solidário e de passes rápidos, comandado por um maestro, Dorival Jr., em que facilmente aparece o verdadeiro futebol-arte bem mesclado com o futebol-força europeu.

Mas o que estamos vendo, fora o Santos, é o oposto disso. O São Paulo começa a se acertar, ao perceber que Fernandinho pode ser a grande solução para o “Problema-Washington”. O Corinthians não vai longe no ano do Centenário se nada for feito para mudar esse seu futebol velho e burocrático. Ronaldão, parado lá na frente é sem mobilidade, é menos um na maioria das vezes.

Se quer e precisa jogar com Ronaldão plantado lá na frente, então que chame de volta os jovens de 2009, de André Santos a Douglas, ou crie uma situação parecida para compensar a alta média de idade. Se ficar como está, o Timão não levanta nenhum título em 2010. Um comentarista chegou a dizer, durante o clássico na Vila, que parecia um jogo entre casados e solteiros.

Mano e Ronaldão até já começaram a brigar. É triste, mas não espero mais nada do meu querido Corinthians este ano. E a Seleção, aviso já, vai fracassar na África do Sul se não chamar Ronaldinho Gaúcho nem Neymar e se não mudar esse esquema de jogo já manjado e nada criativo de Dunga. Pior é que, mesmo jogando de uma forma assim obsoleta, a Seleção poderá levantar o Mundial da África do Sul: não há nenhuma seleção que se destaque, na atualidade do futebol.

Mais triste ainda é ver que nem programas como Linha de Passe sequer farejaram isso ainda.
, Tom Capri.

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