MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quinta-feira, 20 de maio de 2010

COLUNA DO SARDINHA - A ERA DELLE 3


A democracia ainda não chegou à Economia brasileira e se depender dos últimos governos – FHC e Lula – dificilmente chegará.

O primeiro FHC promoveu uma mal planejada privatização, que transferiu aos particulares, monopólios que antes pertenciam ao Estado e que agora ficaram sujeitos aos humores e misericórdia de empresários, a maioria estrangeiros, cujo escopo invariavelmente é o lucro – e se for fácil, melhor ainda.

Setores estratégicos como energia, comunicações e mineração foram privatizados em bloco, permitindo que pequenos grupos se apoderassem de setores vitais da economia, ferindo até a soberania do país.

Lula, ao contrário do prometido em campanha, concentrou ainda mais o poder econômico nas mãos de tais grupos, permitindo fusões – como a da BrasilTelecom/OI – estimulando com financiamentos do BNDES a formação de conglomerados com a finalidade única de fortalecer monopólios.

Para o lado que olharmos, impera a mais negra ditadura que se conhece a ditadura econômica, que subjuga à força do capital os menos favorecidos.

Principalmente, após a Segunda Guerra, o Estado apoderou-se dos meios de produção e da economia como um todo. Tudo gravitava em torno do Estado que controlava desde a Bolsa de Valores até os índices mais inusitados como natalidade e mortalidade de nascituros, por exemplo. Quem não se lembra da inflação do chuchu do Mario Henrique Simonsen e mais recentemente no governo Lula da proibição do IPEA de publicar projeções de índices futuros?

Só para relembrar: o governo divulga através de seus órgãos entre outros índices, a inflação, os juros (taxa SELIC), o cálculo do Produto Interno Bruto e até a cotação do dólar. Não queremos dizer com isso, que tais institutos que promovem tais levantamentos, não gozem de confiabilidade, mas pelas experiências passadas, a tentação política de manipular tais dados é muito forte.

O embaixador Rubens Ricupero, ministro do governo Itamar ficou célebre pela declaração “in off” na Rede Globo e que por descuido foi ao ar, mais ou menos assim: o que é bom (para o governo) a gente divulga e o que não presta a gente esconde...

Isto valeu para o ministro, o cargo. Mas, quantas vezes isto não ocorreu na história política do Brasil? Isto se deve em grande parte à falta de democracia na economia brasileira, onde o centralismo é a regra.

O governo Lula agravou tal fato e vai transmitir o poder ao novo presidente um Brasil mais “amarrado” ainda.

Além do Estado continuar “mandando” nos dados, importantes e cruciais para o desempenho da economia como um todo, pequenos grupos continuarão a impor ao país políticas que interessam apenas a eles, entravando a distribuição de riqueza e o desenvolvimento como um todo.

- A “estatal” Petrobras que recentemente adquiriu a Usina Santa Elisa de açúcar e álcool (!) vai continuar monopolizando o setor de combustíveis da produção à distribuição;

- cinco ou seis empreiteiras continuarão ditando regras para o setor de distribuição de energia elétrica e beneficiárias de contratos milionários para construção de hidrelétricas e com multas astronômicas para sua rescisão.

O mesmo irá repetir-se no setor de química fina, comunicações, mineração e muitas outras, deixando o novo governo, seja lá quem for o presidente, atados de mãos e pés e sem muitas opções.

Lula se vai, mas garantimos que será sempre lembrado, pois deixará um esquema amarradinho pelo menos até dois mil e vinte, que não permitirá que dele se esqueçam.

Luiz Bosco Sardinha Machado

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