Em homenagem ao 22 de abril, dia do descobrimento de nossa pátria amada salve, salve! resolvemos fazer uma projeção do futuro deste país.
Tão a gosto dos petistas vamos dividir este país em duas eras: Antes de Lula (A. Delê) e Depois dele (D. Delê). Mas aos apressadinhos recomendamos calma. Isto porquê não iremos fazer comparação entre este governo e o de FHC, portanto o ADelê não vai interessar muito, afinal ambos tem mais pontos em comum do que divergentes.
Apenas para exemplificar: FHC criou o Plano Real (na verdade, não foi ele, mas sim, Itamar Franco, sendo seu ministro da Fazenda, Ciro Gomes), Lula criou o país virtual dentro de um Plano Irreal.
Mas isto não interessa, o passado pertence à História.
Há pouco menos de oito meses da entrega da rapadura do poder, já está mais do que na hora de fazermos um apanhado sucinto ainda que muito modesto do que será o legado de Lula e o futuro que nos espera.
Assim, pegamos aleatoriamente alguns temas que iremos analisar, totalmente despidos de paixões, para pelo menos vislumbrar o que nos espera a partir de 2.011 e como o futuro presidente irá receber este país.
Comecemos pela Economia, pois o bolso é o órgão mais sensível do homem.
Carregando um imenso déficit público, que deve beirar a casa do um trilhão e oitocentos bilhões de dólares, o governo Lula, quando se viu liberto das garras do FMI, afrouxou a política fiscal em vigor e a partir de dezembro de 2.008, abandonou as rígidas metas de obtenção de superávit primário, necessárias para o pagamento dos juros da dívida e começou a sacar a descoberto. E o pior, idealizou projetos, despesas e isenções de impostos, que irão prolongar-se pela década toda, complicando em demasia a vida de seus sucessores.
O déficit público é tal e qual uma armadilha e uma bomba de efeito retardado, que o governo vai empurrando com a barriga, refinanciando-o com o saldo da balança comercial, que a médio prazo agrava ainda mais o déficit, com a entrada de capital especulativo, ou ainda com o refinanciamento puro e simples à taxa SELIC e também com a captação de recursos, que o governo havia abandonado e agora retoma, por nítidas imposições eleitorais.
A situação por enquanto está tranqüila, mas o mercado está de olho na Grécia, também em Portugal e porque não, Argentina. Qualquer deslize, as fontes podem secar e o governo ver-se-á a braços com uma revisão de expectativas, que podem espantar a aparente tranqüilidade.
No entanto, o que está preocupando os analistas é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Criado para fomentar a indústria e o comércio em projetos específicos, o Banco tinha no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) sua fonte de recursos.
O governo Lula alterou os estatutos do Banco, revisando as áreas em que poderia atuar e as fontes de financiamento, abrindo os cofres do Tesouro Nacional aos financiamentos de muito longo prazo para projetos de demorada maturação.
Assim, o Banco financiou socorro à Petrobras, no início da crise econômica, hidrelétricas do Madeira e mais recentemente, anunciou linhas de crédito para a controvertida Usina de Belo Monte.
O Banco deixou de ser social, passando a ser essencialmente financeiro, estando com seu orçamento comprometido para os próximos dez anos, deixando a indústria, principalmente a pequena, sem uma das principais fontes para sua expansão e pior que isso, comprometeu o Tesouro Nacional.
O quadro que desenha-se para o próximo governo, é dos mais negros, principalmente lembrando-se que teremos a complicação de uma Copa do Mundo em 2.014 que exigirá milionários investimentos e absurdas isenções de impostos exigidas pela FIFA.
A era D.Delê vai encontrar um país comprometido até o ultimo fio de cabelo, que vai exigir do futuro presidente, seja lá quem for, muito mais do que um mero e improvável “milagre econômico”, difícil de acontecer.
Luiz Bosco Sardinha Machado, jornalista, MTE 58114/SP
Um comentário:
Já teve seu momento de fama.
Quando você falar sobre dados completos, apresente fontes fiáveis, pois assim não fica parecendo um dos "abiguinhos" do José Serra, mestres em discursos vazios e sem sentido, como ele.
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