A ERA DELLE 2
No decorrer dos tempos o homem foi medido pela capacidade de produzir bens, serviços e valores. Compreendendo-se nestes últimos, não só os valores materiais, como também os éticos, morais e espirituais.
Perigosamente, o século XXI está sendo marcado pelo consumismo desenfreado e o objetivo maior passou a ser a acumulação de valores puramente materiais que o dinheiro permite comprar. Isto trouxe um achatamento na renda do cidadãos, que aumentou o fosso existente entre os mais ricos e os mais pobres. Isso é fácil de ser entendido se pensarmos que o mercado é correntemente dividido em formal, informal e invisível.
O mercado formal e informal aparecem nas estatísticas oficiais e servem como modelos para determinar, por exemplo, o cálculo do Produto Interno Bruto, da renda per capita, do Índice de Desenvolvimento Humano e assim por diante.
Por isto o mesmo os governos em geral, sem visão do conjunto da obra, emprestam grande valor apenas aos mercados formais e informais, no que são acompanhados pelos organismos internacionais como a ONU e o FMI.
Já ao mercado invisível não se confere grande importância, o que é um grande equívoco. Há anos atrás economistas diziam que a produção de bens e serviços pelo mercado invisível equivaleria ao Produto Interno Bruto, só não aparecendo nas estatísticas por não transitarem pelas vias normais do mercado e onde o dinheiro nem sempre é a moeda de troca. No mercado invisível impera a ordem de que “a necessidade é sempre a mãe da invenção”.
Seria interessante ter números, ainda que relativos, para saber-se quanto movimentava o mercado invisível antes da era Lula e depois Delle. Isto porquê, após eleito o petista apressou-se em criar programas assistencialistas (tipo Bolsa Família), que preocuparam-se em distribuir dinheiro a torto e a direito, sem exigir contrapartida dos beneficiários, que acomodaram-se e contentaram-se com os caraminguás que lhes são destinados.
Em outras palavras, ilude-se o beneficiário de tais programas, dando-lhes alguns vintém que não suprem as suas necessidades, mas que abortam o seu poder de invenção. Um exemplo bem simples: Tião tinha um emprego formal, que não lhe rendia o suficiente para viver com seus “n” filhos.
Complementava sua renda com uma horta, criava galinhas, prestava serviços para os vizinhos, enfim “se virava”. No mercado invisível faturava mais do que no mercado formal.
Com o advento dos diversos programas assistencialistas, Tião parou de “inventar” e também de trabalhar e produzir mais e também passou a ganhar menos. Só que pelas estatísticas do governo, formalmente, a renda de Tião aumentou, graças ao Bolsa não-sei-o-quê e assim ele passou a fazer parte dos tem que poder de consumir bens geralmente desnecessários.
Assim, como Tião milhões de brasileiros abdicaram da capacidade de criar e produzir, graças aos programas assistencialistas governamentais, o que deve ter provocado um rombo nas contas do mercado invisível e uma queda sensível na qualidade de vida do povo em geral.
Casos como o das costureiras do Ceará, cerca de duzentos e cinqüenta, que foram capacitadas pelo SEBRAE em convênio com as indústrias do setor e que não aceitaram o emprego formal, pois perderiam a Bolsa Família, são críveis e incríveis e espelham a mentalidade que o governo incumbiu-se de implantar no povo mais humilde.
Não trabalhe, não produza que o governo supre é a ordem. Estamos com isso criando uma horda de indiferentes, que não conhecem a cultura do trabalho, cujas conseqüências futuras ninguém pode prever. Seguramente, não serão as melhores.
O futuro governo, que virá depois da Era Delle, terá que administrar esta incrível herança maldita, que trará para o país problemas de toda ordem, tanto econômico-financeiros como até criminais e policiais.
Luiz Bosco Sardinha Machado
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Um comentário:
Simplesmente sem padrão essa matéria. Uma total falta de respeito com o nosso país. O PT sempre foi a salvação e continuará sendo, os que não pensam assim, tem memória curta, pois, basta lembrar dos governos anteriores, que erá uma m. só. Respeitem a vontade popular, a vóz do povo é a vóz de Deus. Aceitem isso.
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