Da Redação com IOL/PT
Quando o presidente Lula sancionou as alterações na Lei Geral das Telecomunicações as entidades de defesa do consumidor torceram o nariz.
A Lei antiga não permitia as fusões e incorporações entre as empresas de telefonia para evitar a criação de monopólios num setor estratégico e sensível para o consumidor.
As alterações que foram feitas nitidamente para beneficiar a Brasil/Telecom, acusada de injetar capital numa pequena empresa de um filho do presidente Lula, permitiu que Oi ampliasse a sua participação no mercado nacional, sem no entanto excluir a Portugal/Telecom entre seus acionistas.
Como a venda da PT incluiu a participação acionária na Oi, a gigante espanhola vai ampliar ainda mais sua atuação em terras brasileiras, permitindo a imposição de regras lesivas ao consumidor brasileiro, que já paga as tarifas mais altas do mundo.
E assim, o mundo gira e o Brasil se afunda, como diz Romario Oliveira.
Veja abaixo a matéria do IOL/PT
Futuro da PT no Brasil deve passar pela Oi. Conheça a empresa
Da Redação com IOL/PTBrasileira é «uma máquina de fazer dinheiro» e um «gigante» do sector. Mas PT não deve conseguir mais do que uma posição minoritária
A operadora Oi é apontada pelos analistas como a mais provável parceira da PT no Brasil, agora que o acordo para a venda da posição na Vivo está confirmado. Nós damos-lhe a conhecer esta empresa.
O termo usado frequentemente para a descrever é «gigante». Com mais de 62 milhões de utilizadores em todos os estados brasileiros, é a maior empresa brasileira de telecomunicações, pioneira na prestação de serviços convergentes, com actuação em telefones (fixa e móvel), Internet e TV a cabo. Os analistas não lhe poupam elogios e já lhe chamaram «uma máquina de fazer dinheiro».
O termo usado frequentemente para a descrever é «gigante». Com mais de 62 milhões de utilizadores em todos os estados brasileiros, é a maior empresa brasileira de telecomunicações, pioneira na prestação de serviços convergentes, com actuação em telefones (fixa e móvel), Internet e TV a cabo. Os analistas não lhe poupam elogios e já lhe chamaram «uma máquina de fazer dinheiro».
No ano passado, o número de utilizadores da operadora ascendeu a um total de 61,9 milhões, um aumento de 10,6% face a 2008.
Em 2009, adquiriu a Brasil Telecom, outra empresa de telefonia fixa, por 4,8 mil milhões de reais (1,85 mil milhões de euros ao câmbio da época), o que elevou a sua dívida para 21,9 mil milhões de reais (9,7 mil milhões de euros, ao câmbio actual), no fim de Dezembro de 2009.
A Oi (ao lado da Vivo, detida em partes iguais pela PT e Telefónica, a mexicana Claro e a italiana TIM) está presente em todo o Brasil com serviços de telemóvel.
A Oi é detida pela holding Telemar Participações, controlada a 100 por cento por grupos brasileiros, como a Andrade Gutierrez, La Fonte, fundos de pensão de empresas estatais e o banco estatal BNDES, maior accionista com 25%.
Os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Económica Federal (Funcef), e o BNDES, a instituição financeira de fomento do Governo brasileiro, detêm pouco mais de 49% do capital da Oi.
No mês passado, os controladores da operadora brasileira fizeram um acordo contra uma possível ofensiva de grupos estrangeiros para adquirir seu controlo, o que pode travar eventuais aspirações da PT a controlar a empresa.
O Governo brasileiro mostrou-se por várias vezes favorável a uma união entre a Oi e a operadora portuguesa, mas a brasileira deixou bem claro que a PT é bem vinda, mas apenas com uma posição minoritária.
Na verdade, apenas um accionista da Oi, o Grupo Jereissati, que detém 19,3% do capital da operadora, estará contra a presença da Portugal Telecom na empresa brasileira.
- N.R. No Brasil, o setor de telefonia estará com a transação altamente monopolizado, fato este permitido pelo governo Lula, que alterou a Lei Geral de Comunicações. O CADE deverá posicionar-se a respeito.
- A OI, unica empresa com capital nacional estava em negociações com o governo para a construção e lançamento do primeiro satélite brasileiro de comunicações, com a nova realidade acredita-se que o projeto será deixado de lado.
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