Dívida externa brasileira sobe US$ 10,2 bi em julho
Com Jornal Indústria & Comércio
A dívida externa total brasileira estimada para julho deste ano somou US$235 bilhões, com elevação de US$10,2 bilhões em relação à posição estimada para o mês anterior, segundo nota divulgada hoje pelo Banco Central (BC). No mesmo período, a dívida de longo prazo totalizou US$185,7 bilhões, com acréscimo de US$2,7 bilhões, e a de curto prazo atingiu US$49,6 bilhões, com ampliação de US$7,5 bilhões, na mesma base de comparação.
"Os principais fluxos que afetaram o estoque da dívida externa de longo prazo foram ingressos líquidos de títulos, US$970 milhões, e de buyers, US$719 milhões. Houve, ainda, incremento de US$1,1 bilhão derivado de variação por paridade", segundo a autoridade monetária. Quanto à dívida externa de curto prazo, o acréscimo observado "deveu-se ao aumento de US$5,1 bilhões nas obrigações em moedas estrangeiras dos bancos comerciais e à elevação de US$2,4 bilhões no saldo dos empréstimos diretos em moeda".
DÉFICIT
O déficit em transações correntes registrado em julho, de US$ 4,499 bilhões, foi o maior para o período da série histórica do BC iniciada em 1947. O resultado negativo do acumulado até julho, de US$ 28,261 bilhões, também é o maior para o período.
Em 12 meses encerrados em julho, o déficit em conta-corrente em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 2,24%, o mais alto desde setembro de 2002 (2,57%).
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o resultado do mês passado superou a projeção do BC para o período (US$ 3,7 bilhões) porque o superávit comercial ficou “pior” do que o esperado. De acordo com Lopes, a atividade mais aquecida leva ao aumento das importações em ritmo mais forte do que o das exportações.
Lopes também explicou que o déficit em conta-corrente também é influenciado pelo aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior, que acumulou US$ 16,769 bilhões nos sete meses do ano, contra US$ 12,583 bilhões.
Outro fator que tem pesado nos resultados das transações correntes é o aumento das viagens de brasileiros ao exterior.
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