MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O EFEITO TIRIRICA


No – 178 – COLUNA DO SARDINHA


Aprendemos a admirar e a respeitar  o comediante Tiririca e a dar-lhe créditos suficientes para tornar-se um palhaço/deputado, coisa bem melhor do que um deputado/palhaço.

Não desceremos a comentários recheados de falsa cultura sociológica, para dizer que o artista é fruto de uma época e outras baboseiras, ficando apenas nas palavras do próprio palhaço, que bem definiu a lógica que norteia a atual política brasileira.

Num rasgo de humor debochado, Tiririca prontificou-se a submeter-se a um exame de alfabetização, conforme exigido pelo Ministério Público, desde que “o presidente Lula corrigisse sua prova”.

No mar de mediocridade que caracterizaram-se as eleições que encerram-se no domingo, um pouco de humor fino, irreverente e inteligente como o tal, serve para quebrar a mesmice daquela que está sendo chamada de  a”pior eleição da história”.

A verdadeira tiririca como o leitor/eleitor sabe é uma gramínea, considerada erva daninha, que se reproduz por rizomas ou batatas, que aprofundam-se  no solo, tornando o seu combate extremamente difícil. Mercê disto, a planta se alastra, competindo e sufocando as plantas benéficas, tornando muitas vezes o terreno impróprio para qualquer cultura.

A mediocridade como foi vista nas eleições atuais, como a tiririca em campo fértil, alastrou-se de uma forma, sufocante por todos os níveis em disputa. De deputado estadual a presidente da república, o quê se viu foi uma ausência preocupante de objetivos mais sérios e de uma discussão efetiva dos problemas que já começam aflorar no horizonte verde-amarelo.

Um deles, que nos parece essencialmente grave, é a equação da questão da sobrevalorização do real frente ao dólar, que está sendo equivocadamente estimulada pelo próprio governo e que provoca verdadeiro rombo nas contas públicas.

Outro nó górdio a ser desatado é a questão do déficit público. Nesses oitos anos o governo, no jargão bancário, sacou a descoberto contra o Tesouro Nacional, confiando talvez na vitalidade de nossas exportações e que é ironicamente neutralizada pelo câmbio artificial, praticado pelo próprio governo, que perigosamente repete a situação encontrada às vésperas da crise de 2.008. Quem serão as novas vítimas das ACC’s (Antecipação de Contratos de Câmbio)? Sadia,Petrobras, Votorantim, Aurora, Itau?

Por mais que o governo atual negue e pinte de cor-de-rosa o horizonte financeiro, o próximo presidente vai se ver, inexoravelmente, a braços com um necessário ajuste fiscal, que será tanto mais rigoroso, à medida que o tempo passar. Empurrar com a barriga tem lá seus limites e seu custo.

O mercado financeiro sinaliza perigosamente, para o que o nos espera, ao fixar os juros do cheque especial como um dos mais altos da década. Saberia o dito mercado algo que não sabemos, ou estaria ele impregnado com o efeito tiririca, que turva de mediocridade seus cérebros pensantes?

No deserto de idéias que se tornaram as eleições 2.010, o palhaço Tiririca é a alternativa  de rir-se  para não chorar.

Luiz Bosco Sardinha,advogado e jornalista

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