O MICO ANDOU A SOLTA
30.12.2.010
Nos últimos trezentos e sessenta e cinco dias viemos colecionando micos. Foram tantos que além de perdermos as contas, ficamos sem saber qual o maior e se ainda já terminaram, pois ainda temos um dia pela frente.
O episódio do italiano Cesare Battista, cuja extradição era exigida pela Itália, que entendia ser ele criminoso comum e cujo asilo “político” foi concedido no apagar das luzes deste dezembro, quando a maioria está atolada num consumeirismo desenfreado, não tendo tempo para raciocinar, é um exemplo de como os micos ainda não acabaram.
De Cesare Battista deve-se dizer que o governo Lula é uma verdadeira ação entre cupinchas, que levou ao extremo o dito popular: ”quem tem padrinho não morre pagão”, pois o italiano é cliente do escritório de Luiz Eduardo Greenhalgh, o cumpahero advogado do PT.
Mas esse, por certo não foi o maior mico de 2.010, no campo da política tivemos o verdadeiro perdão presidencial, que trouxe para o governo Dilma os execrados e banidos do poder, os cumpanhero do mensalão. Zé Dirceu, Palocci e quetais voltam com força total, agora na companhia de Cesare Batista. “Siamo tutti bona genti”.
Na esfera dos micos o meio ambiente não poderia estar ausente, com a Usina de Belo Monte despontando em primeiro lugar. Obra-prima do corporativismo tupiniquim a hidrelétrica veio a contemplar as empreiteiras, que ganharam destaque no governo Lula, como beneficiárias de monopólios que impõe preços e condições para a prestação de serviços não encontrados em qualquer país do mundo.
Em segundo, estaria por certo o novo Código Florestal, expoente do corporativismo que só beneficia o agronegócio e prejudica o Brasil como um todo.
O mico também está presente na dívida pública que mais do que dobrou nesses oito anos de Lula, ultrapassando o um trilhão e meio de reais. O impressionante deste “micão” é que esta montanha de dinheiro, de dívida, que está sendo empurrada com a barriga para o futuro, simplesmente escorreu pelo ralo, não sendo usada sequer para custear uma obra à altura.
Neste lamentável rol de absurdos, que é muito maior do que a grandeza do país pode suportar, o esporte não poderia ficar de fora.
A seleção de Dunga e seu vexame sul-africano a comprovar que só lances de mídia não fazem um grande time e nem um grande governo.
E o Sport Clube Corinthians Paulista que comemorando os cem anos, institui o ano do “sem”, sem títulos e sem nada.
Não seria preciso dizer que, quem pagará a conta de tanta micagem, será no fim o povo, sempre condescendente com os desmandos que nos abalam.
Luiz Bosco Sardinha
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