MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

FORUM CARAJÁS

O BANDITISMO EMPRESARIAL DAS MONOCULTURAS DE SOJA E DE EUCALIPTO NO BAIXO PARNAIBA MARANHENSE



O que eles têm a ver com aquela área? De fato, aquela área pertence à comunidade de Passagem do Gado, município de Barreirinhas. Ainda por cima, o Instituto de Terras do Maranhão empurrava a comunidade para um acordo com o produtor de soja. No acordo incluir-se-ia o documento definitivo da área de mais de quatro mil hectares e o aluguel de um trator que gradearia uma parte dessa área. O acordo previa a venda de mais de dois mil hectares de Chapada para o senhor Leandro Costa Soares.
O que eles têm a ver com aquela área? A área que o senhor Leandro Costa Soares insistia em desmatar para o plantio de soja ficava à beira do rio Preguiças. Segundo moradores do Pau Serrado, alguém pesquisara aquele trecho e encontrara potencial para a soja.  O senhor Leandro auxiliado por tratores e tratoristas iria desmatar mais de quinhentos hectares onde se alagam milhares e milhares de bacurizeiros. 
 
O que eles têm a ver com aquela área? Eles moram no povoado do Pau Serrado ,municipio de Santa Quitéria, e participam do curso de Manejo de Bacurizais no Pólo Coceira.  Em sua comunidade, espertaram-se para a luta da terra quando viram que a Suzano comprara mais de mil hectares da mão do ex-presidente da associação do Pau Serrado. Nesse processo de compra e de venda de terras na Chapada, a Suzano vem se dando de bem a custa de não sei quantos ingênuos ou não tão ingênuos quanto se pensa. O ex-presidente nem consultou a comunidade, não abriu nenhum processo administrativo no Iterma e vendeu quinhentos hectares para a empresa que na hora de desmatar abraçou ao todo mil hectares.
O que eles têm a ver com aquela área? Os moradores de Pau Serrado e do Sucuruju decidiram por defenderem os bacurizeiros e o rio Preguiças no enfrentamento contra o senhor Leandro e seus tratores. 
 
“Ele lembra o Luan Santana”, vaticinou o menino Leonardo depois de tantas reuniões com o tal Leandro no Pau Serrado. Com a recordação, poderia se especular o quanto a música sertaneja e a indústria cultural de maneira geral anestesiam a percepção da população quanto ao seu cotidiano.
 O que eles têm a ver com aquela área?  Do lado do plantador de soja, ficou a comunidade de Passagem do Gado que se armou e do outro lado do rio Preguiças atirava em direção à comunidade de Pau Serrado. O aparato policial da cidade de Barreirinhas se deslocara para a região com a função de intimidar os moradores. Do lado da comunidade do Pau Serrado, ficaram as comunidades do Sucuruju e do Pólo Coceira, em Santa Quitéria, e de São Raimundo, em Urbano Santos. 
 
O que eles têm a ver com aquela área? A comunidade de Passagem do Gado declinou de sua área em favor do plantador de soja. Por outro lado, a comunidade de Pau Serrado aceitou o desafio de preservar essa área como ela sempre foi para todos daquela região: uma área coletiva de extrativismo e de roça da agricultura familiar.
 
Mayron Régis

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