MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ECONOMIA E MEIO AMBIENTE


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL É POSSÍVEL?

Ricardo Rose

O conceito de desenvolvimento sustentável estabelece que "devemos crescer sem colocar em risco as mesmas possibilidades para as gerações futuras". Em outras palavras, devemos nos desenvolver econômica e socialmente de tal maneira, que não coloquemos em risco as chances das gerações futuras poderem fazer o mesmo. A afirmação é bastante justa, já que pretende garantir possibilidades de alcançar o bem estar a todas as gerações.
O bem estar é comumente associado ao crescimento econômico; cresce a economia, crescem as vendas, a arrecadação e o emprego. Tudo baseado no aumento do consumo, que por sua vez é resultado do aumento da produção industrial - uso de recursos como matéria prima e energia - cada vez maior. Da maneira como nosso sistema econômico está estruturado, o aumento do bem estar, do crescimento, quer dizer consumo crescente de recursos naturais e dos impactos ao meio ambiente.

Desta forma temos um dilema: para melhorar o bem estar precisamos crescer, aumentar a exploração dos recursos naturais para produzir mais, gerar número crescente de empregos e propiciar mais consumo. Este processo, no entanto, vai gradualmente dilapidando os recursos - água limpa, solos férteis, minerais, recursos marinhos, entre outros -, reduzindo seu estoque para as gerações futuras. 

A situação que descrevemos não é algo que irá acontecer em um futuro longínquo. É fato que nosso sistema econômico, mesmo com as crescentes diferenças entre ricos e pobres, está utilizando mais recursos do que a natureza pode gerar. Estamos exaurindo a capacidade de depuração dos rios, descarregando grandes quantidades de esgoto em suas águas. A pesca predatória nos mares de todo o mundo tem reduzido os cardumes de peixes comestíveis rapidamente. A atmosfera de toda a Terra está cada vez mais impregnada de gases poluentes, o que está aumentando a temperatura média dos oceanos e da terra. Somem-se a isso os impactos provocados pelo desflorestamento em várias partes do globo, pela contaminação de solos com produtos tóxicos (químicos e eletrônicos), pela destruição das espécies e vários outras agressões a que estão sujeitos os ecossistemas. Isto sem falar que por volta de 2050 a Terra deverá ter uma polução de nove bilhões de pessoas, querendo viver decentemente.

Qual a opção que temos? Segundo alguns economistas, precisamos reduzir gradualmente a demanda por matérias primas, reutilizando e reciclando materiais e produtos. Mas isto seria apenas uma pequena providência. Precisamos diminuir nosso consumo de energia, melhorando a eficiência de toda a parafernália elétrica e eletrônica, base de nossa sociedade tecnológica. Na agricultura é necessário utilizar menores quantidades de produtos químicos e aplicar técnicas de conservação do solo. Todas as nossas máquinas precisam ser mais eficientes e consumir combustíveis renováveis. 

Não é o caso de voltarmos ao passado, abrindo mão de toda a tecnologia que temos, já que isso seria impossível. Trata-se de reduzir nossa "pegada ecológica", ou seja, o impacto de nossas atividades sobre os recursos da natureza. Será um processo longo durante o qual - se conseguirmos fazê-lo - teremos que rever nossos conceitos de crescimento, desenvolvimento e melhoria do bem estar.           

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