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As reformas estruturais são indispensáveis para que as exportações brasileiras ganhem novo dinamismo
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As reformas estruturais são indispensáveis para que as exportações brasileiras ganhem novo dinamismo
Fonte:[ revistafator.com.br]
As reformas estruturais são indispensáveis para que as exportações brasileiras ganhem novo dinamismo nos próximos anos. A avaliação é do vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A entidade divulgou no dia 16 de dezembro (quinta-feira),a previsão da balança comercial para 2011.
“Não existem medidas de curto prazo que sejam tomadas e resolvam. Os nossos problemas são estruturais. A famosa reforma tributária, que é indispensável, melhoria da infraestrutura, redução do custo financeiro, da carga tributária e da burocracia”, disse em entrevista à Agência Brasil.
Castro também defende que, ao mesmo tempo, deverão ser feitos investimentos em inovação e melhoria da competitividade. “Porque todos esses fatores atingem os produtos manufaturados, indiretamente beneficiando as commodities [produtos agrícolas e minerais negociados no mercado internacional]”.
A previsão da balança comercial da AEB para 2011 destaca o aumento do superávit comercial de US$ 17,374 bilhões, este ano, e de US$ 26,100 bilhões para 2011. O aumento projetado para as exportações, que deverão sair do patamar de US$ 199,724 bilhões para cerca de US$ 226 bilhões no próximo ano, se deve à manutenção do elevado nível de cotação das commodities.
Castro observou que as importações também deverão crescer no ano que vem, subindo de US$ 182,360 bilhões para US$ 199,690 bilhões. “Mas, elas crescem já com a expectativa de ter um crescimento reduzido por conta das recentes mudanças que o governo tem adotado”. Entre elas, citou a exigência de pagamento mínimo de cartão de crédito, cortes no Orçamento da União e aumento dos depósitos compulsórios dos bancos. “Esses fatores todos afetam a demanda, mesmo que a taxa de câmbio seja favorável. Por isso, as importações crescem menos percentualmente do que as exportações e há o aumento do superávit comercial”.
O quadro das exportações, contudo, deve continuar o mesmo em 2011. Ou seja, o Brasil seguirá exportando mais produtos primários do que de alto valor agregado, estimou. “Tanto é que o aumento nas exportações de 13,1% no ano que vem decorre, basicamente, do aumento de preços das commodities, tendo como destaque o minério de ferro”.
Castro também avaliou que com a atual taxa de câmbio, no curto prazo o Brasil não tem condições de ingressar no rol dos países exportadores de produtos de elevado valor agregado. “Pelo menos nos próximos cinco anos. Porque qualquer medida que se tome hoje teria um tempo de maturação para ser aplicada. Antes de cinco anos, nós não reverteremos esse quadro. Continuamos sendo um país exportador de produtos primários”. O vice-presidente da AEB assegurou, inclusive, que o Brasil está assistindo à volta da “reprimalização” das exportações.| Alana Gandra/ABr
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