MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quinta-feira, 3 de março de 2011

No - 189 – COLUNA DO SARDINHA


COMPANHEIROS DE VIAGEM

 

A Grecia antiga é considerada o berço da civilização ocidental por sua organização social e política. Em quase em todos os campos que olharmos veremos traços da cultura grega a influenciar o dito mundo moderno. No Direito, p.ex. o “Ius Civilis” grego foi inicialmente adotado pelos romanos e posteriormente por grande parte dos países. No nosso país o Direito Civil, que rege as relações interpessoais tem traços indeléveis da cultura helênica.


Cultura esta, que tinha uma característica peculiar. Somente os gregos gosavam dos direitos que a cidadania lhes conferia, estes considerados verdadeiramente cidadãos (civilis). Estrangeiros e escravos, não.

Ao lado das regras escritas ou não, que davam direitos e deveres aos helenicos perante as cortes de justiça, outras havia, não escritas, para permitir o convivio dos cidadãos em suas relações sociais e que eram características deles cidadãos, cujo conjunto denominava-se simplesmente por civilidade, que de uma maneira geral e genérica, mas ao mesmo tempo abrangente, é chamada de educação.

Se a civilidade era a maneira e a forma de organizar-se as relações pessoais na sociedade grega, no âmbito institucional e político o Estado adquiria contornos pela vontade do povo, que exercia plenamente a cidadania, que não se esgotava no direito de  escolher e de ser escolhido para administrar a sociedade, mas na obrigação de respeitar-se os bens e haveres públicos que em ultima análise, são de todos.

Na Grecia antiga tinha-se a perfeita noção de que os homens eram companheiros de uma longa viagem que estendia-se pela vida à fora, que pela sua duração exigia regras duradouras para permitir a convivência.

Não havendo tais regras, onde a anarquia imperasse, haveria a degradação sócio-política, com a corrupção dos costumes campeando solta e o homem tornar-se-ia o verdadeiro lobo do próprio homem, sem respeito às individualidades, aos limites impostos pelo direito e ao patrimônio público (de todos) e privado.

Na sociedade atual, não só na brasileira em particular, tais valores legados há mais de milênio estão sendo olvidados e afastados. A educação social e política perdeu sua força, não há mais repeito pela coisa pública e individual. O lixo que entope nossas casas e mentes compartilhamos igualmente com todos. Porém, as riquezas, não.

Tal movimento tem-se sentido nos ultimos vinte anos. Não há mais respeito pelo alheio. A norma é: cada um por si e Deus por ninguém e dane-se o resto. Amizade, companheirismo, respeito e amor ao próximo, educação, civilidade e cidadania são peças de ficção.

O futuro dirá qual será a consequência disto e certamente não será das melhores.


Luiz Bosco Sardinha, advogado e jornalista


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