MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

quarta-feira, 27 de abril de 2011

NO PAÍS DA FANTASIA

Brasil fantasioso 

Do Instituto Millenium

Lamentavelmente, os políticos interessados no trem-bala não têm a percepção das reais necessidades brasileiras, de atender às fontes produtoras de riquezas nacionais e aos problemas sociais, e só se preocupam com a vitrine da propaganda política governamental em cima de um projeto dispendioso.

A construção do trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio de Janeiro vai apenas atender à elite brasileira e não ao sistema de transporte de massa nacional, e servirá para mostrar ao exterior, durante a realização, no Brasil, da Copa do Mundo de Futebol de 2014, e das Olimpíadas, de 2016, no Rio de Janeiro, a imagem de um Brasil progressista não verdadeiro.
Aqui, o dinheiro sobra para investimentos faraônicos, mas falta para resolver os problemas de nossa casa Brasil, onde não se fortalece primeiro com infraestrutura básica de apoio a produção de riquezas, como muito bem expôs a senadora Kátia Abreu: “Com metade desse dinheiro, poderíamos ampliar e modernizar os portos de Porto Velho, Santarém, Belém e Itaqui, no Norte, e de Pecém, Suape e Salvador, no Nordeste. Sobraria ainda dinheiro para adequar as rodovias que alimentarão essas rotas, como a Cuiabá-Santarém, e concluir as hidrovias do Madeira e do Tocantins.”
Temos uma malha rodoviária federal, estadual e municipal em estado precário, com prejuízos sensíveis aos produtores, aos empresários de transportes em geral e aos cidadãos por este país afora que ficam privados de terem boas estradas para resolverem as suas vidas. Não se direciona recursos para educação e cultura como determina a Constituição. Não se tem um sistema digno de atendimento público de saúde. O governo peca por não saber selecionar as prioridades nacionais.
E a senadora Kátia Abreu acerta na mosca ao dizer: “Os governos não podem tudo. Principalmente, não podem tudo ao mesmo tempo. Por isso, são medidos na história pela qualidade das escolhas que fazem”. Um país que não faz o dever de casa não pode querer arrotar Primeiro Mundo. Com efeito, o país carece de projetos necessários, discutidos, definidos, de médio e de longo prazo, para serem cumpridos por todos os governos. Não adianta quantidade de projetos, precisamos de poucos, mas de qualidade (pauca sed, bona).
A Medida Provisória 511 é um desrespeito ao Art. 62 da Constituição Federal. Mas o PT e base de apoio se especializaram em defender irregularidades, talvez, escudados nas sabedorias do “grande jurista honoris causa” Lula da Silva, que peitou o TCU com obras irregulares do PAC. O PT está deixando ao jovens brasileiros e estudantes de Direito um legado negativo de desobediência constitucional.
O Senador Eduardo Suplicy (PT-SP), ao fazer um breve e infeliz comentário em plenário sobre as declarações de um ex-atleta que ficou deslumbrado com o trem-bala japonês, mostrou certo delírio de quem não está preocupado com os graves problemas sociais brasileiros. Diferente do Brasil, o Japão primeiro solidificou a sua infraestrutura básica para só depois edificar programas de transporte de alta velocidade. A cultura japonesa não é a do desperdício. Lá as etapas não são atropeladas.
Aqui no Brasil há necessidades muito mais urgentes. Trens de menores velocidades, mas de qualidades, servindo o país em todo o quadrante, sem desperdício de dinheiro público, poderiam atender à massa nacional, desafogando as estradas de rodagem. Muitos metrôs poderiam ser construídos, o transporte fluvial dinamizado etc., mas prefere-se apostar na falsa imagem progressista de um governo irresponsável e apoiado por outros políticos também irresponsáveis.
O senador Suplicy e a senadora Marta Suplicy estão fora da realidade nacional, pertencem à alta escala da elite brasileira e “pensam grande” não para o fortalecimento brasileiro, mas para atender a segmentos sociais elitizados. Gostaria que eles explicassem como um trabalhador de salário mínimo poderá ter condição financeira de utilizar um meio de transporte cotidiano de alta velocidade? Jamais!
Os políticos têm que parar com essa demagogia de enganar o povo com obras que dilapidam o Erário. Deveriam preocupar-se em resolver primeiro as nossas necessidades básicas e não contribuírem com um falso desenvolvimento que contrasta com a realidade brasileira. Ainda hoje, em várias regiões do Brasil, cidadãos vivem em completo estado precário de pobreza. Dia desses, uma emissora de televisão, num programa rural, mostrou no interior do Maranhão famílias completamente esquecidas pela classe abastada política, que deseja o trem-bala, “vivendo” em sub-habitações de palha e chão batido, onde uma mãe em prantos, envergonhada com o seu ambiente miserável, chorava porque o casebre era alugado, o acordo iria vencer e não tinha onde ficar com a sua família. Isso dói o coração de qualquer cidadão que tenha um pouco de sentimento e de caráter, e o pior, deixa-nos indignado ao pagar alta carga tributária, sem retorno de serviços públicos de qualidade, para bancar salário extravagante de políticos que não cuidam dos reais problemas sociais brasileiros.
Que políticos são esses, enganadores do povo, que só olham os lados de seus interesses ou de grupos que representam, e continuam dilapidando o Erário com projetos fantasmagóricos, que não atendem às necessidades prementes do povo brasileiro?

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