MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

terça-feira, 17 de maio de 2011

SOS SANEAMENTO BÁSICO, PRESIDENTE DILMA

Um apelo especial à Srª Presidente Dilma







Em seu artigo “O trem-bala do Rio Kwai” na revista Veja, o articulista Maílson da Nóbrega, economista do Banco do Brasil e ex-Ministro da Fazenda, aborda o polêmico projeto do TAV e faz uma analogia com o filme “A ponte do Rio Kwai” (1957) ao falar da obsessão do Governo Federal em realizá-lo, obstante as experientes vozes em contrário (vejam os links, abaixo).

O articulista cita em seu artigo que os custos do trem bala podem passar dos R$ 50 bilhões e apresenta consideráveis argumentos de Marcos Mendes, consultor do Senado e profundo conhecedor de finanças públicas:

Ele lembra que o trem bala é para passageiros. Não poderá ser usado para cargas, a não ser pequenas encomendas. Dada a precária situação da nossa infraestrutura, a obra tem escassa justificativa.
Parece haver muitos outros investimentos de retorno econômico e social mais elevado, que deveriam ser considerados prioritariamente', diz ele. Por exemplo, com 9,6 bilhões de reais seria possível solucionar o problema de abastecimento de água nas 256 cidades que concentram quase a metade da população do país. Mendes desmonta todos os argumentos em favor do projeto. O próprio estudo de viabilidade encomendado pelo governo indica que 60% do tráfego de passageiros será no eixo São Paulo Campinas-São José dos Campos. O trecho Rio-São Paulo ficará com apenas 18% das viagens.


Dilma pesquisa sobre o TAV

Nosso apelo para a Presidente Dilma, que é uma pessoa esclarecida, estudada, experiente, que embora tenha participado como Ministra do Governo anterior, não é “o pai (ou mãe) da criança", neste megalômano projeto do TAV, que não é dada a verborragias e promessas impossíveis, para ser destacada na imprensa internacional. Sendo uma governante que conhece profundamente os problemas sociais de seu país e que acima de tudo, ao lançar o “PAC DA POBREZA” ou oPrograma de Erradicação da Pobreza Extrema, mostra que está preocupa com a miséria que assola o país, tomamos a liberdade de sugerir:


Ao invés de gastar R$ 50 bilhões ou mais no desnecessário Trem Bala, porque não usar esse dinheiro para:

solucionar o problema de abastecimento de água nas 256 cidades que concentram quase a metade da população do país;

solucionar a falta de água no semiárido brasileiro, construindo UM MILHÃO DE CISTERNAS, há muito prometido pelo Governo Federal;

investir com seriedade nas obras do PAC 2, nas cidades que há décadas estão esperando a construção de seus serviços de afastamento e tratamento de esgotosque hoje são jogados “in natura” nos cursos d’ água das bacias hidrográficas;

promover a revitalização completa de nossos principais rios, que embora usados para despejos de esgotos (urbanos e industriais), sem tratamento, também têm suas águas captadas para abastecimento das cidades, funcionamento das indústrias, irrigação agrícola, criação de peixes e camarões, transportes e até mesmo lazer;

ampliar a rede hidroviária brasileira que é muito pequena, apesar da imensa malha hídrica brasileira. O Brasil é o terceiro país do mundo em extensão fluvial e, no entanto, o transporte por rios representa apenas 1% da matriz (FGV), assim, possibilitaria grande economia e fluidez no transporte de grãos, de cana-de-açúcar, de etanol, minérios, etc., além de preservar nossas precárias rodovias.

Precisa ser levado em conta também, Srª Presidente,  que as grandes capitais brasileiras São Paulo e Rio de Janeiro (e várias outras) enfrentam seríssimos problemas de abastecimento de água que importam de outras bacias hidrográficas e que em função do grande crescimento de suas cidades e seus parques industriais, em breve não poderão continuar cedendo o volume de água que cedem hoje. 

Assim, a RMSP com seus 19 milhões de habitantes (que hoje importa 33 m3/s da Bacia PCJ e que já está fazendo falta na região),  estuda buscar água para seu abastecimento na Represa de Barra Bonita (280 Km) ou no Vale do Rio Ribeira de Iguape (270 Km, bombeada serra acima), considerando que a idéia de uma 2ª Transposição no Rio Paraíba do Sul encontra forte oposição de todo o Vale do Paraíba Paulista e Fluminense, pois suas cidades em franco crescimento necessitam de suas águas para abastecimento urbano,  indústrias e irrigação.

A cidade do Rio de Janeiro e 09 cidades da RMRJ, bem como cidades fluminenses retiram do Rio Paraíba do Sul 146 m3/s (54% da vazão natural média do rio no local - Atlas/ANA),  para o Sistema Guandu, por essa razão os parlamentares do RJ já se organizam contra a 2ª transposição das suas águas, para atender a capital paulista.

Além destas importantes capitais temos sérios problemas de escassez de água em Manaus (AM), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Macapá (AP) e outras, pois apenas seis das 27 capitais atendem à totalidade de sua população com abastecimento de água, isso para não falar de grandes metrópoles brasileiras (não capitais) que também enfrentam o mesmo problema. Logicamente, todas essas cidades vão precisar urgentemente de grandes investimentos do Governo Federal, para ajudá-las nos sistemas de  abastecimentos e recuperação da enorme  perda de água, que hoje enfrentam (cerca de 45%).

Temos certeza, Srª Presidente Dilma, que sua administração passará para a história com muito maior glória ao solucionar nossos sérios e graves problemas de miséria, doenças e falta de saneamento básico do que investir tanto dinheiro para construir a linha do trem bala entre Campinas-São Paulo- Rio de Janeiro, atendendo uma limitada população de médio e alto poder aquisitivos (“as elites”)  num polêmico e condenado projeto, que poderá se transformar num grande mico internacional.


Prof. Jarmuth Andrade
Físico e Ambientalista

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