MARINA

Má li esse poema umas dez vezes. Foi a coisa mais bonita que já fiz. Andei trocando umas palavras, corrigindo vou mandar de novo prá vc montar um slide vou mandar imprimir e mando p/ vc pelo correio MARINA No ambiente amplo Paredes brancas, Iluminado por uma Réstia de luz Qu’escapava esguia Por cortina balouçante, Uma marina deslumbrante, Com mares azuis, tal Olhos de uma diva. O píer branco qual Espumas das ondas O conjunto enfeitando. Barcos que partiam E chegavam Se quem ia ou voltava Não sei se ria Ou só chorava. Ah! como amava Esta marina que, De amor minha Vida povoava 22.03.09 LUIZ BOSCO SARDINHA MACHADO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ QUEM SOU EU MARINA SILVEIRA- PROFESSORA, TECNÓLOGA AMBIENTAL E ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

domingo, 26 de junho de 2011

O CALDEIRÃO DO OBAMA

Keynes foto Divulgação

TRÊS ANOS DE CRISE



Três anos após a crise americana das hipotecas., que acabou contaminando a economia global, percebe-se nitidamente que a estratégia utilizada pelo presidente Obama de socorrer os grandes conglomerados e bancos especialmente, com polpudos aportes financeiros, está muito longe de ter sido uma solução definitiva, mas apenas um mero paliativo, sujeito a repiques, que se e quando vierem, serão avassaladores e de conseqüências de difícil previsão.


Estatizar dívidas de particulares, causadas por má ou até fraudulenta gestão, está longe de ser a chave para deslindar qualquer problema. O Tesouro seja ele americano ou do Sri Lanka, trabalha com limites contábeis muito estreitos, que não podem ser alargados impunemente, como fez o sr.Obama, aumentando sobremaneira o déficit público.

Em julho os americanos terão que negociar papagaios da ordem de um trilhão e quatrocentos bilhões de dólares, quase o equivalente à dívida pública brasileira, esta tocada para frente à custa da armadilha dos juros altos.

Armadilha  mortal, que não pode ser usada pelo presidente americano, pois o déficit público atingiu quatorze trilhões de dólares, estando perigosamente próximo do legalmente aceitável.

Obama apostou na política de que é possível perder os dedos, sem perder os anéis. Será viável? Leia a análise feita em artigo escrito em 2.009  agora reprisado por sua atualidade.

REINVENTANDO A RODA DA ECONOMIA

            A grande dificuldade que o mundo atravessa não só no aspecto econômico, mas também no social e político é justamente a ausência de imaginação criadora, que traga soluções que fujam dos padrões tradicionais.

            A queda do muro de Berlim e do império soviético, sem dúvida uma revolução no bom sentido, teve um aspecto negativo, que levará muito tempo para ser superado, qual seja o do sufocamento de novas idéias, que representariam novas soluções para velhos problemas. A divisão entre Leste e Oeste produzia uma saudável competição de parte-a-parte, responsável pelo surgimento de novas filosofias econômico-políticas e grandes avanços tecnológicos, de que a conquista espacial é um exemplo.

            Que saudades da guerra fria!

            Uma prova de que a imaginação criadora anda em falta, na crise atual a maioria dos economistas e teóricos agora são keynesianos (John Maynard Keynes, pensador inglês que a rigor defendia o intervencionismo estatal na regulação do mercado, num meio termo entre o capitalismo e o marxismo como teoria econômica) defensores intransigentes da intervenção do Estado na economia, principalmente para salvar os grandes conglomerados e os bancos.

Muitos dos que hoje se dizem keynesianos há bem pouco tempo atrás eram neo-liberais de carteirinha, que defendiam um Estado mínimo e a crise se deve muito a eles.

          Se o Estado tivesse cumprido seu papel de indutor e regulador do sistema financeiro, as subprimes das hipotecas imobiliárias não teriam existido.

          A intervenção estatal teria que ser no antes e não agora no depois. Como estão fazendo Estados Unidos, Canadá e quase toda Europa, socorrendo bancos, comércio e indústria com monstruosos aportes financeiros, estão colaborando para realimentar a crise.

             Complexo, não. Expliquemos. A estratégia até agora adotada, aparentemente keynesiana, é na sua essência neo-liberal, pois realimenta os dragões da especulação.
            Quando um governo anuncia corte na taxa de juros, quando intervém na economia com pacotes salvadores, que beneficiam bancos, comércio e indústria, estas medidas tem fôlego curto, pois apenas financiam o consumo, descuidando dos consumidores, que para os neo-liberais são apenas números estatísticos.

            A roda da economia, com seu eixo já excessivamente gasto, continua girando para o mesmo lado. Se a cada número anunciado de corte nas taxas básicas de juros, o governo seguisse os discípulos de Keynes e decretasse um aumento proporcional na remuneração da poupança interna, talvez, então, tivéssemos consumidores ávidos em gastar e clientes bancários com muito para movimentar.

            E estaria reinventada a roda.

                                                                       terça-feira, 03 de fevereiro de 2.009.     

Luiz Bosco Sardinha

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