O PV anunciou hoje que fará no dia 17, em São Paulo, a convenção para definir a posição do partido no segundo turno da eleição presidencial. Participarão dessa plenária cerca de 90 pessoas, entre elas cinco representantes do Movimento Marina Silva, cinco colaboradores do plano de governo, cinco delegados religiosos - integrantes de entidades cristãs -, candidatos da legenda que disputaram os pleitos estaduais, a executiva nacional da sigla e a coordenação da campanha da senadora Marina Silva (PV-AC), além de deputados eleitos da agremiação.
O presidente do Diretório Estadual do partido em São Paulo, Maurício Brusadin, adiantou hoje que a postura da minoria da legenda será respeitada e que cada militante terá o direito de ter um ponto de vista contrário ao que será definido. "Isso vale também para Marina", afirmou Brusadin. Amanhã, um grupo formado por 21 cooperadores da campanha se reunirá para definir os dez itens da plataforma de Marina que serão sugeridos aos candidatos a presidente Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
"Vamos ver o quanto eles se comprometem com essas causas, mas também não vamos lidar com isso com a faca na garganta (de Dilma e Serra)." O presidente do Diretório Estadual do PV de São Paulo afirmou que a negociação com petistas e tucanos será baseada no programa a ser apresentado a eles e que está fora de cogitação a discussão de cargos. "Não nos interessa ocupar cargo", avisou.
Brusadin admitiu que existem divergências na sigla sobre qual rumo tomar. "A campanha de Marina é uma diversidade. É difícil dizer que tenha uma tendência porque há uma variedade de cores: há os verdes-verdes (os que pregam a neutralidade), os verdes-vermelhos e os verdes-azuis." De acordo com ele, os entendimentos não podem partir do princípio de acordos da agremiação com o PSDB ou o PT feitos no passado porque o resultado das urnas deu uma nova situação política ao PV. "Hoje, o PV é outro partido. São 20 milhões de votos."
Gabeira
Em defesa do candidato derrotado a governador do Rio Fernando Gabeira (PV), Brusadin disse que a posição dele é um caso excepcional porque a candidatura foi viabilizada com o apoio do PSDB. "A posição dele tem a ver com a aliança estratégica dele. Alguns abriram o voto antes porque não tivemos a agilidade para segurá-los." |
Nenhum comentário:
Postar um comentário