Recentemente, os quatro principais canais de televisão pautaram quase que simultâneamente, matéria sobre os preços abusivos dos combustíveis praticados pelos postos de gasolina, que acenam para a possibilidade de chegarem a três reais, pondo em risco qualquer planejamento financeiro que se faça em todos os niveis e pressionando a inflação.
O que destacou-se nas reportagens foi a falta de “solução” para a questão e a ausência de apontar-se o “responsável” para ela, numa demonstração de estarmos diante de um fato consumado e que as reportagens serviriam apenas para aplainar eventuais protestos que vão surgir e que se surgirem serão apenas superficiais, já massageadas pela força da mídia. Mais uma vez teremos que sujeitar-nos aos pequenos grupos que dominam a economia brasileira, impondo regras e sobretudo preços.
O Partido dos Trabalhadores, que em sua criação trazia propostas inovadoras e até revolucionárias, no Poder e na prática não entendeu que as leis mais elementares da economia não podem ser revogadas e desafiadas sem maiores consequências. Como faz no caso do petróleo.
Nos regimes capitalistas, socialistas, comunistas e quaisquer outros “istas”, palavras como livre mercado, monopólios, oligopólios e outras em igual sentido, encontradas nos mais elementares compêndios de Economia, continuam valendo e tendo a mesma força, ainda que o PT insista em contrário.
Quando se fala em combustíveis, não há como evitar uma torcida de nariz, ao se lembrar que é o Estado que detém o monopólio do fornecimento e de cerca de sessenta por cento da distribuição em todo país e o faz através de uma estatal, a Petrobras, que como qualquer empresa privada do mundo impõe preços abusivos para um produto de qualidade sofrível.
Segundo o ex-presidente Lula, em recente declaração, não é fácil controlar a empresa. Uma estranha declaração de quem passou oito anos alimentando um “dragão” com dinheiro do Tesouro nacional e que lhe retribuia sustentando o governo com propaganda ufanística e era até instrumento de política fiscal, quando este necessitava aumentar a arrecadação.
Com Dilma a situação não melhorou e até piorou. Não poderia ser diferente, conselheira da Petrobras, de onde saiu para ser candidata à presidência, Dilma é o que a “estatal” (assim, com aspas mesmo) mais queria.
O recente bate-boca entre o ministro da Fazenda e o presidente da Petrobras, onde este ultimo fez pouco da autoridade do outro, dizendo que os combustíveis iriam subir, não importando se puxassem a inflação junto, apenas mostra quem de fato manda neste país.
Conclui-se que realmente a estrela do PT brilha para muito poucos, especialmente para os monopólios econômicos que existem, para servir a uma casta que chegou ao poder e para a qual o Partido é mero instrumento para garantir os seus cargos. Isto, em bom português significa totalitarismo econômico encontrável nas melhores (Piores) ditaduras do mundo.
Luiz Bosco Sardinha Machado, advogado e jornalista
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OPINIÃO DOS LEITORES
Caro colunista,
Muito interessante suas colocações....estariamos definitivamente com a ditadura politica oficializada????
Sds,
Gilmar.
Muito interessante suas colocações....estariamos definitivamente com a ditadura politica oficializada????
Sds,
Gilmar.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Excelente.
Excelente.
Custodio P. Sampaio Jr.
North Miami Beach – FL – USA
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OBRIGADO SARDINHA ! ! !
MUITO BOM.
VOU ENCAMINHAR...
ABRAÇOS
LUIZ CARLOS
TERESÓPOLIS - RJ
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Muito obrigado
Hmelo
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Sr. Sardinha,
Acompanho há tempos suas colunas no Boletim e gosto muito. A desta semana ficou especial. Um absurdo o que estamos assistindo no atual governo federal... pior do que o outro.
Na realidade, como o senhor disse, acho que estamos pagando o preço pela estabilidade mascarada do último governo Lula.
O presidente da Petrobras e o Ministro batem boca na mídia e a hierarquia vai pro espaço.
O aumento dos combustíveis está aí e aqueles otários, como eu, que apostaram no carro flex estão à míngua.
Vivam os brasileiros otários...
Abraços e parabéns
Felipe – Palmas-TO
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Agradecimentos a todos os que prestigiam esta COLUNA, que tem em vocês a razão para existir.
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